Tarefas humildes

Anseias, em verdade, pela grande sublimação.

Anotaste a biografia dos paladinos da solidariedade e ambicionas comungar-lhes a experiência.

Choraste, sob forte emoção, ao conhecer-lhes a vida, nos lances mais duros, e quiseras igualmente desprender o coração de todos os laços inferiores.

Recordas Vicente de Paulo, o herói da beneficência, olvidando possibilidades de dominação política, a fim de proteger os necessitados.

Pensas em Florence Nightingale, a mulher admirável que esteve quase um século entre os homens, dedicando-se aos feridos e aos doentes, sem quaisquer intenções subalternas.

Refletes em Damião, o apóstolo que se esqueceu da própria mocidade, para entregar-se ao conforto dos nossos irmãos enfermos de Molokai.

Meditas em Gandhi, o missionário da não-violência, que renunciou a todos os previlégios, a fim de ajudar a libertação do povo.

Sabes que todos os campeões da fraternidade no mundo nunca se acomodaram à expectação improdutiva. Em razão disso, estimarias seguir-lhes, imediatamente, o rastro luminoso; entretanto, trazes ainda a alma presa a pequeninas obrigações que não podes menosprezar... Não te amofines, porém, diante delas.

Todas as dificuldades e todos os dissabores do caminho terrestre são provas e medidas da tua capacidade moral para a Estrada Gloriosa.

Chão relvoso é começo da floresta.

Humanidade é sementeira de angelitude.

Penetremos o bem verdadeiro para o bem verdadeiro penetre em nós.

É indispensável que o espírito aprenda a ser grande nas tarefas humildes, para que saiba ser humilde nas grandes tarefas.

Na relatividade dos conceitos humanos, ninguém, na Terra, pode ser bom para todos; contudo, ninguém existe que não possa iniciar-se, desde já, na virtude, sendo bom para alguém.

Emmanuel

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