Justiça e Responsabilidade

Justiça e responsabilidade
A lei dos renascimentos, dissemos, rege a vida universal. Com alguma atenção, poderíamos ler em toda a Natureza, como num livro, o mistério da morte e da ressurreição.

As estações sucedem-se no seu ritmo imponente. O inverno é o sono das coisas; a primavera é o acordar; o dia alterna com a noite; ao descanso segue-se a atividade; o espírito ascende às regiões superiores para tornar a descer e continuar com forças novas a tarefa interrompida.



As transformações da planta e do animal não são menos significativas. A planta morre para renascer, cada vez que volta a seiva; tudo murcha para reflorir. A larva, a crisálida e a borboleta são outros tantos exemplos que reproduzem, com mais ou menos fidelidade, as fases alternadas da vida imortal.

Como seria, pois, possível que só o homem ficasse fora do alcance desta lei? Quando tudo está ligado por laços numeroso e fortes, como admitir que nossa vida seja como
um ponto atirado, sem ligação, para os turbilhões do tempo e do Espaço? Nada antes, nada depois! Não. O homem, como todas as coisas, está sujeito à lei eterna. Tudo o que tem vivido reviverá em outras formas para evoluir e aperfeiçoar-se. A Natureza não nos dá a morte senão para dar-nos a vida. Já, em consequência da renovação
periódica das moléculas do nosso corpo, que as correntes vitais trazem e dispersam, pela assimilação e desassimilação cotidianas, habitamos um sem-número de invólucros
diferentes numa única vida. Não é lógico admitir que continuaremos a habitar outros no futuro?

Autor:Léon Denis
Do livro: O Problema do Ser do Destino e da Dor

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