Tudo é graduado na vida espiritual. A cada grau de evolução do ser em direção à sabedoria, à luz, à santidade, corresponde um estado mais perfeito da recepção de seus sentidos, de seus meios de percepção. Tornando-se cada
vez mais transparente, diáfano, o corpo fluídico dá livre passagem às radiações da alma. Daí, uma aptidão maior para saborear, para compreender os esplendores infinitos; daí, uma lembrança mais ampla do passado, uma familiarização crescente com os seres e as coisas dos planos superiores, até que a alma, em sua progressão, tenha atingido as supremas altitudes.
Quando chega a essas alturas, o espírito venceu toda paixão, toda tendência ao mal; está liberado para sempre do jugo material e da lei dos renascimentos. É a entrada defi nitiva nos reinos divinos, de onde não mais descerá ao círculo das gerações, a não ser voluntariamente e para aí cumprir missões sublimes.
Nestes cimos, a existência é uma perpétua festa da inteligência e do coração. É a comunhão estreita no amor com todos aqueles que nos foram caros e percorreram conosco o ciclo das transmigrações e das provas. Acrescentai a isto a visão constante da eterna Beleza, uma penetração profunda nos mistérios e nas leis do Universo, e tereis uma pálida ideia das alegrias reservadas a todos os que, por seus méritos e seus esforços, chegaram aos céus superiores.
Autor: Léon Denis
Do livro: O Problema do Ser e do Destino
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