Autenticidade dos Evangelhos


Autenticidade dos Evangelhos
Um grande trabalho seria necessário para separar o verdadeiro pensamento do Cristo dos elementos estranhos contidos nos evangelhos, trabalho possível, embora árduo, para os inspirados, guiados por uma intuição segura, porém tarefa impossível para aqueles que só as próprias faculdades os dirigem nesse labirinto, onde as ficções se misturam às realidades, o profano ao sacro, a verdade ao erro. 

Em todos os séculos, certos homens, impelidos por uma força superior, consagraram-se a essa tarefa, procurando libertar o supremo pensamento das sombras acumuladas em torno dele. 


Sustentados, esclarecidos por essa centelha divina que brilha somente de uma forma intermitente para os homens, mas cujo foco não se apaga jamais, eles suportaram todas as acusações, todos os suplícios, para afirmar o que pensavam ser a verdade. Tais foram os apóstolos da Reforma. Eles morreram labutando, e, do seio do espaço, ainda sustentam e inspiram aqueles que lutam pela emancipação das almas. Graças a tantos esforços, a noite começa a se dissipar nas almas diante da aurora de uma revelação mais poderosa. 

Com a ajuda dos conhecimentos trazidos por essa nova revelação, ao mesmo tempo científica e filosófica, já espalhada no mundo inteiro sob o nome de Espiritismo ou Espiritualismo Moderno, é que procuraremos livrar a doutrina de Jesus das sombras com que o trabalho dos séculos a envolveu. Chegaremos assim a concluir que essa doutrina e a dos espíritos são idênticas, que o espiritismo é simplesmente o retorno ao cristianismo primitivo, sob formas mais precisas, com um cortejo grandioso de provas experimentais que tornará impossível todo monopólio ulterior, todo retorno das causas que desnaturaram o pensamento do Cristo. 


Autor: Léon Denis
Do Livro: Cristianismo e Espiritismo.

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