Quando celebrarmos o dia das crianças, levando-lhes guloseimas e brinquedos, roupas e distrações, recordemos, com fé, a necessidade de repetirmos com o Mestre, inflamados de terno amor: “Deixai vir a mim os pequeninos. Deles é o reino dos céus.”
Certamente, todos se voltam para a criança, como cidadã do futuro, amparando-lhe a saúde e encaminhando-a aos bancos escolares para que se torne criatura educada e instruída, sonho de todos os pais, sonho dos adolescentes.
Todavia, para nós outros, é preciso também guiar-lhe os passos nas sendas do amor, ofertando-lhe a verdade crística, solicitando sua atenção para as sempiternas luzes.
Hoje, regressam ao mundo espíritos que, mais evoluídos, buscam os recursos do Cristianismo Redivivo para vencerem as lutas e os débitos do passado. Evoluídos nas ciências terrestres, adaptados à instrução que se lhes apresenta em formosos programas, necessitam, porém, da Luz Divina, da ciência do espírito.
Imortais, como nós mesmos, estendem-nos as mãos, envolvidos em suave confiança, ansiosos de paz, de progresso. Não mais desejam recair nas falhas que os precipitaram em atrozes sofrimentos. Voltam-se para
os cristãos declarados, afeitos às lições do Excelso Messias. Desejam encontrar o caminho da evolução que perderam no passado distante.
Cumpre-nos recebê-los e repetir com Jesus: “Vinde a mim as criancinhas”, e, ao abraçá-las, transmitir-lhes não só o amor que nos invade o coração, mas a promessa solene de ampará-las e guiá-las nas sendas da redenção, através da Doutrina do Consolador.
Sorriso da vida, alegria dos lares, crianças hoje, homens amanhã, espíritos imortais, lírios que enflorescem a Terra, perfumando-a, procuremos doar às nossas crianças a luz do Cristianismo, transmitindo-lhes conscienciosamente as sublimadas orientações do Senhor e Mestre.
Dever glorioso, preparação do nosso próprio futuro, amparemos a criança, auxiliando-a a libertar-se dos elos do passado, das cruéis cadeias do egoísmo e da vaidade, ensinando-lhes a amar e sublimar- se nos caminhos sagrados das Leis Divinas.
Auxiliemos nossas crianças e, voltados para o Alto, supliquemos ao Pai inspiração e coragem para cumprirmos com denodo nossos deveres, entregando-nos a ele para sempre.
Autor: Bezerra de Menezes
Do Livro: Garimpeiros do Além
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