Na ação de pedir

Na ação de pedir
Na ação de pedir
Em matéria de rogativa, lembremo-nos de que o Senhor adverte:

— Buscai e achareis.

E acrescenta em outra passagem:

— Batei e abrir-se-vos-á.

Naturalmente que o imperativo “buscai” não se refere ao menor esforço, em cujas malhas encontramos o próprio furto a fantasiar-se de inteligência.

Notificava-nos o Cristo que para encontrar o que desejamos é imprescindível diligenciar o melhor, através do reto cumprimento de nossas obrigações.

Decerto, igualmente, quando nos disse “batei”, não se reportava à insistência com que mãos preguiçosas costumam espancar a porta de vidas nobres sem tempo para perder.


Induzia-nos o eterno amigo a perseverar no desempenho das tarefas que o mundo nos assinala, muitas vezes, chorando e sofrendo, mas firmes em nossos postos de luta digna para que o destino, com a bênção da lei, nos abra novos caminhos à ascensão e à felicidade.

Em suma, no texto, reconhecemos que o trabalho respeitável deve preceder-nos quaisquer rogos, não apenas à frente dos anjos, mas também diante dos homens, de vez que o serviço é a justa credencial que nos valoriza o verbo.

Pedir, sem retaguarda de ação a endossar-nos o anseio, seria o mesmo que tentar construir sem base ou demandar sem direito.

Saibamos, hoje e sempre e seja onde for, trabalhar na extensão do bem, conquistando naqueles que nos partilham a marcha, a bênção da simpatia e a força da confiança.

Todo empréstimo em câmbio de responsabilidades essenciais, reclama crédito e garantia.

Por isso mesmo, a própria experiência da vida rotulou a conversação brilhante mas inútil, por simples demagogia e abraçou no culto do bem a luz que dissipa a sombra, abolindo os sofrimentos da penúria e as chagas da ignorância.



Autor: Emmanuel
Do Livro: Seguindo Juntos

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