O Médium e os bons espíritos |
Os bons espíritos, aqueles que se encontram em serviço junto à Humanidade terrestre, não têm tempo a perder. Eles não são assim tão numerosos quanto se pensa e, por isto, não devemos abusar de seu tempo, como se estivessem sempre à nossa disposição.
Os médiuns precisam estar conscientes disto, para que não creiam que possam chamá-los à vontade, indisciplinados no exercício da própria mediunidade.
É certo que na Terra enxameiam espíritos, mas a imensa maioria são espíritos de condição evolutiva semelhante à dos homens e pouco tem a lhes acrescentar.
Quando os bons espíritos se aproximam de um médium, seja ele novato ou experiente, é porque pretendem
desenvolver com ele um trabalho sério, um trabalho útil à coletividade.
Enganam-se os médiuns principiantes, quando imaginam que os espíritos superiores não têm horários a serem obedecidos em suas atividades junto aos homens, e enganam-se também, quando supõem que eles não tenham outras ocupações no mundo espiritual.
Espíritos de elevada hierarquia não podem estar diuturnamente ao lado dos médiuns, exercitando-os. Essa tarefa é confiada a espíritos conscientes do que fazem, mas ainda em aprendizado.
Se os médiuns desejam a companhia dos bons espíritos e o seu aval nas tarefas que executam, é evidente que carecem abraçar a mediunidade de forma responsável, doando-se em serviço aos semelhantes.
Médiuns inconstantes não devem contar com o constante desvelo dos benfeitores da vida maior.
Médiuns inseguros, que não sabem o que querem ou o que fazer com a própria mediunidade, não conseguirão atrair a simpatia dos bons espíritos.
Médiuns indisciplinados e vacilantes na fé não terão o direito de reclamar o vigilante amparo dos amigos espirituais.
O professor não pode deixar o aluno interessado em aprender por aquele que se mostra relapso em suas obrigações.
A presença dos bons espíritos ao lado de um médium, portanto, não deve ser interpretada como um privilégio ou um merecimento; ao contrário, deve ser entendida como um acréscimo de responsabilidade e um chamamento ao dever.
Autor: Odilon Fernandes
Do Livro: Somos Todos Médiuns
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