Na construção do futuro

Na construção do futuro
Na construção do futuro
“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo...” – JESUS – JOÃO, 18: 36. “Todo cristão, pois, firmemente crê na vida futura, mas a ideia que muitos fazem dela é ainda vaga, incompleta e por isso mesmo, falsa em diversos pontos. Para grande número de pessoas, não há, a tal respeito, mais do que uma crença, balda de certeza absoluta, donde as dúvidas e mesmo a incredulidade. O Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em vários outros, o ensino do Cristo, fazendo-o, quando os homens já se mostram maduros bastante para apreenderem a verdade.” - Cap. II, 3.


Esperavas pelos irmãos do caminho a fim de te entregares à construção da Terra melhor e quedas-te, muitas vezes, em amargoso desalento porque tardem a vir.

Observa, porém, a estrada longa da evolução, para que o entendimento, te pacifique.

Milhares deles são corações de pensamento verde que te rogam apoio e outros muitos seguem trilha adiante, inibidos por névoas interiores que desconhecem.

Repara os que se renderam às lágrimas excessivas.

Choraram tanto que turvaram os olhos não mais divisando os companheiros infinitamente mais desditosos a lhes suplicarem auxílio nas vascas da aflição.


Contempla os que passam.

Vaidosos sem saberem utilizar, construtivamente, os favores da fortuna.

Habituaram-se tanto às enganosas vantagens da moeda abundante que perderam o senso íntimo.

Enumera os que se embriagam de poder transitório.

Abusaram tanto da autoridade que caíram na exaltação da paranoia sem darem conta disso.

Relaciona os que asseveram amar, transformando a afetividade no egoísmo envolvente.

Apaixonaram-se tanto por criaturas e coisas, cultivando exigências, que deliram positivamente sem perceber.

Anota os que avançam, hipnotizados pelas dignidades que receberam do mundo.

Fascinaram-se tanto pelas honras exteriores que olvidaram os semelhantes a quem lhes compete o dever de servir.

Nenhum deles atrasou por maldade. Foram vítimas da ilusão que, frequentemente, se agiganta qual imenso nevoeiro na periferia da vida, mas regressarão depois à verdade triunfante para atenderem às tarefas que realizas.

Para todos eles que ainda não conseguiram chegar à grande renovação é compreensível o adiamento do trabalho a fazer.

Entretanto, nada nos justificará desânimo ou deserção na Obra do Cristo, porque embora estejamos consideravelmente distantes da sublimação necessária, transportamos conosco o raciocínio lúcido e libertado no sustento da fé.



Autor: Emmanuel
Do Livro: Livro da Esperança

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