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A vontade de aliviar |
A vontade de aliviar, de curar, nós dissemos, empresta ao fluido magnético propriedades curativas. O remédio para os nossos males está em nós. Um homem bom e são pode agir sobre os seres débeis e sofredores, regenerá-los pelo sopro, pela imposição das mãos e até por objetos impregnados com sua energia. Age-se, com mais frequência, por meio de gestos, chamados passes, rápidos ou lentos, longitudinais ou transversais, conforme o efeito, calmante ou excitante, que se quer produzir sobre os doentes. Esse tratamento deve ser seguido com regularidade, e as sessões renovadas, todos os dias, até a cura completa.
Pode-se também, pela automagnetização, tratar-se a si mesmo, liberando, com o auxílio de passes ou fricções, os órgãos enfraquecidos e impregnando-os com correntes de força que escapam das mãos.
A fé ardente, a vontade, a prece, a evocação das potências superiores, sustentam o operador e o sensitivo. Quando ambos estão unidos pelo pensamento e pelo coração, a ação curativa é mais intensa.
A exaltação da fé, que provoca uma espécie de dilatação do ser psíquico e o torna mais acessível aos influxos do Alto, permite admitir e explicar certas curas extraordinárias realizadas nos lugares de peregrinações e santuários religiosos. Esses casos de curas são numerosos e apoiados em testemunhos muito importantes para que se possa colocá-los todos em dúvida. Eles não são especiais para esta ou aquela religião: encontram-se, indistintamente, nos meios os mais diversos: católicos, gregos, muçulmanos, hindus.
Desembaraçado de qualquer disposição teatral, de qualquer móvel interesseiro, praticado com um objetivo de caridade, o magnetismo torna-se a medicina dos humildes e dos crentes, do pai de família, da mãe para seus filhos, de todos aqueles que sabem amar. Sua aplicação está ao alcance dos mais simples. Ela exige apenas a confiança em si, a fé no infinito poder que faz irradiar por toda a parte a força e a vida. Como o Cristo e os apóstolos, como os santos, os profetas e os magos, cada um de nós pode impor as mãos e curar, se tivermos amor aos semelhantes e a ardente vontade de os aliviar.
Autor: Léon Denis
Do Livro: No Invisível
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