Os Homens de Gênio

Os Homens de Gênio
Os Homens de Gênio
Os médiuns de nosso tempo, com muita frequência, são desprezados, desdenhados, perseguidos. Mas se, com o olhar, abarcardes a vasta perspectiva da História, a mediunidade, sob seus diversos nomes, vos aparecerá como o que houve de mais importante no mundo. Quase todos os privilegiados: profetas, videntes, missionários, mensageiros de amor, de verdade, de justiça, quase todos foram médiuns, nesse sentido de que se comunicaram com o invisível, com o Infinito.

Poderíamos dizer, que sob muitos pontos de vista, o gênio é uma das formas da mediunidade. Os homens de gênio são inspirados, no sentido transcendental e fatídico dessa palavra; eles são os intermediários e os mensageiros do pensamento superior. Sua missão é desejada. É através deles que Deus conversa com o mundo; é através deles que chama e atrai para si a Humanidade. Suas obras são fanais que ele acende na longa estrada dos séculos.

Devemos, por isso, considerá-los como simples instrumentos, e não têm eles direito algum à nossa admiração? Tal não é o nosso pensamento. O gênio é, antes de tudo, uma aquisição do passado, o
resultado de pacientes estudos seculares, de uma lenta e dolorosa iniciação; estes desenvolveram, no ser, aptidões imensas, uma sensibilidade profunda que o predispõe às elevadas influências. Deus reserva a luz unicamente àquele que, durante longo tempo, a procurou, a desejou, a pediu.

Schlegel, falando dos gênios, faz essa pergunta:

“São verdadeiramente homens, esses homens?”

Sim, são homens, por tudo o que eles têm de terrestre, pelas suas paixões, suas fraquezas. Sofrem todas as misérias da carne, as enfermidades, as necessidades, os desejos materiais. Mas, no que são mais do que homens, o que neles faz o gênio é o acúmulo das riquezas do pensamento, essa lenta elaboração da inteligência e do sentimento, através das vidas inumeráveis, tudo isso fecundado pelo influxo, pela inspiração do Alto, pela comunhão constante com os mundos superiores. O gênio, sob suas mil formas, é uma colaboração com o invisível, uma assunção da alma humana para Deus.



Autor: Léon Denis
Do Livro: No Invisível

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