Festim Mediúnico |
A sessão mediúnica pode ser considerada como oportunidade bendita para um festim, consoante a narrativa do Evangelho (Lucas, cap. XIV, v. 12 a 15).
Não tem por objetivo atender os esfaimados, que se vinculam aos organizadores pelos liames da consanguinidade.
É dirigida àqueles que se extraviaram no caminho e padecem fome.
Muitas vezes, quando se lhes abrem as portas, anunciadores da festividade vão convidar os conhecidos, e estes, dominados pela repulsa e vanglória, rechaçam-nos, investindo com violência contra a atividade libertadora.
E, conforme o ensinamento de Jesus, repetem-se as ocorrências em relação aos que vão convidar aqueles que deveriam participar do banquete.
Por fim, quando chega o instante azado para a oferenda do pão, eis que o dono da festa propõe que se convidem os mendigos, os esquecidos, os esfarrapados... E eles chegam, apresentando a patética dos seus padecimentos e a tragédia das suas frustrações.
São-lhes servidos os acepipes mais especiais, em forma da palavra luarizante e dos conceitos libertadores. O pão do espírito, da afeição, do amor fraternal, é-lhes oferecido na bandeja resplandecente da caridade, a fi m de que, nutridos, despertem para os deveres que lhes dizem respeito.
O pensamento de Jesus tem atualidade em nossa convivência mediúnica.
De alguma forma, somos todos nós, desencarnados e encarnados, que mourejamos no festim do Senhor, os aflitos do caminho, que os Seus mensageiros acolhem no breve momento do intercâmbio, para depois despachar-nos na direção da vida a fim de que possamos cantar as Boas-Novas, agradecidos ao repasto que nos libertou da agonia.
Autor: João Cléofas
Do Livro: Suave Luz nas Sombras
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