O Amor

O Amor
O Amor
Ó homem! Procura, a teu redor, as chagas a tratar, os males a curar, as aflições a consolar! Alarga as inteligências; reconduz os corações desgarrados; associa as forças e as almas! Trabalha para construir a elevada cidade de paz e de harmonia que será a cidade do amor, a cidade de Deus! Esclarece, reergue, purifica! E que importa, se rirem de ti? Que importa, se a ingratidão e a maldade aparecerem
em teu caminho? Aquele que ama não recua diante de tão pouco. Mesmo que só colha espinhos e sarças, prossegue sua obra, porque seu dever é aquele. Ele sabe que a abnegação nos engrandece.

E, além disso, o sacrifício também traz suas alegrias; feito com amor, ele transforma lágrimas em sorrisos; faz nascer, em nós, alegrias que o egoísta e o mau desconhecem. Para quem sabe amar, as coisas mais banais ganham interesse: tudo parece iluminar-se; mil sensações novas despertam nele.


São necessários, à sabedoria e à Ciência, longos esforços, uma lenta e penosa ascensão, para conduzir-nos às altitudes do pensamento, que o amor e o sacrifício alcançam com um só salto, rapidamente. Com seu entusiasmo, conquistam a paciência, a coragem, a benevolência, todas as virtudes enérgicas e suaves. O amor refina a inteligência, alarga o coração, e é com a soma do amor acumulado em nós que podemos medir o caminho que percorremos, em direção a Deus.



Autor: Léon Denis
Do livro: O Problema do Ser e do Destino

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