Memória Além-Túmulo

Memória Além-Túmulo
Memória Além-Túmulo
Automaticamente, por força da lógica, elege o homem na contabilidade uma das forças de base ao próximo caminho.

Contas maiores legalizam as relações do comércio, e contas menores regulamentam o equilíbrio do lar.

Débitos pagos melhoram as credenciais de qualquer cidadão, enquanto que os compromissos menosprezados desprestigiam a ficha de qualquer um.

Assim também, para lá do sepulcro, surge o registro contábil da memória como elemento de aferição do nosso próprio valor.

A faculdade de recordar é o agente que nos premia ou nos pune, ante os acertos e os desacertos da rota.

Dessa forma, se os atos louváveis são recursos da alma, as ações infelizes se erguem, além do túmulo, por fantasmas de remorso e aflição no mundo da consciência.


Crimes perpetrados, faltas cometidas, erros deliberados, palavras delituosas e omissões lamentáveis esperam-nos a lembrança, impondo-nos, em reflexos dolorosos, o efeito de nossas quedas e o resultado de nossos desregramentos, quando os sentidos da esfera física não mais nos acalentam as ilusões.

Não olvides, assim, que, além da morte, a vida nos aguarda em perpetuidade de grandeza e de luz, e que, nessas mesmas dimensões de glorificação e beleza, a memória imperecível é sempre o espelho que nos retrata o passado, a fim de que a sombra, reinante em nós, se dissolva, nas lições do presente, impelindo-nos a seguir, desenleados da treva, no encalço da perfeição com que nos acena o futuro.



Autor: Emmanuel
Do livro: Religião dos Espíritos

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