A Consciência. O Sentido Íntimo

A Consciência. O Sentido Íntimo
A Consciência. O Sentido Íntimo
Abaixo da superfície do eu, superfície agitada pelos desejos, pelas esperanças e pelos temores, fica o santuário onde reina a Consciência Integral, calma, pacífica, serena, o princípio da Sabedoria e da Razão, das quais a maioria dos homens só toma conhecimento através de surdas impulsões ou vagos reflexos entrevistos.

Todo o segredo da felicidade, da perfeição está na identificação, na fusão em nós desses dois planos ou focos psíquicos. A causa de todos os nossos males, de todas as nossas misérias morais está na sua oposição.

Na Critique de la Raison Pure, o grande filósofo Koenigsberg demonstrou que a razão humana, isto é, aquela razão de superfície de que falamos, nada podia, por si só, apreender nem provar, sobre aquilo que diz respeito às realidades do mundo transcendental, às origens da vida, ao espírito, à alma, a Deus. Esta argumentação leva, lógica e necessariamente, à conclusão de que existe em nós um princípio, uma razão mais profunda que, graças à revelação interior, inicia-nos nas verdades e nas leis do mundo espiritual.


William James reconhece isto, nestes termos: “O Eu consciente está unido a um Eu maior, do qual recebe o aporte. E, mais adiante: Os prolongamentos do Eu consciente estendem-se bem além do mundo da sensação e da razão. Na medida em que nossas tendências para o ideal têm sua origem nesse Além, lá estamos mais profundamente enraizados do que no mundo visível.



Autor: Léon Denis
Do livro: O Problema do Ser e do Destino

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