Semeadura e Colheita |
Queridos companheiros, Jesus Cristo esteja conosco, agora e sempre!
Ouvimos falar, hoje e bastante, das chamadas penas temporais. Tal assunto pode desencadear a ideia de que Deus institua punição para os homens que façam o mal ou para aqueles que não andem corretamente no caminho do bem. Vemos, na atualidade, as inúmeras dificuldades por que passa uma parte do mundo terreno e ficamos cada um a perguntar a si mesmo: Onde a paz? Onde o crime? Onde a dor? Onde a verdade? Se percebermos exatamente o que a Doutrina Espírita traz para nós, veremos que as consequências de todos os nossos atos nos chegarão numa vida ou noutra, mas chegarão; não ficarão ocultas e ninguém deixará de sofrer tais consequências em época apropriada.
Quando falarmos em penas, lembremo-nos: em realidade, não existe um castigo divino; existe uma ofensa à Lei e esta, por sua vez, age sobre nós de modo a corrigir-nos do mal que fizemos. Assim, aqueles que passam pelas provações, pelo horror da guerra, pela tristeza de ver seus bens perdidos, não tenham dúvidas: são os que ontem fizeram passar essas penas, que criaram essas dificuldades. Se sofremos, é por culpa do passado, e se fazemos sofrer, certamente no futuro iremos descontar esta dívida para com a Natureza.
Agora, pensemos mais um pouco. Avancemos na pergunta que se segue à questão das penas. E aquele que não concorda com os desatinos com que se defronta? E os que lutam pelo equilíbrio, pela paz, pela segurança; os que fazem todo o esforço possível para que sejam abrandadas as dores e os sofrimentos das inúmeras criaturas da Terra? O que acontece com eles?
Estes não terão perdido o seu tempo, nem as suas tarefas, nem os seus esforços, porque eles próprios, melhorados, fizeram com que de seus corações saíssem as melhores forças vibracionais; eles estarão exteriorizando todo o bem que existe em si próprios. Se suas ideias não foram aceitas, se suas preces não foram entendidas, não foram suficientes, não pensem que seu tempo tenha sido perdido. Não; esses seres contribuíram com o que possuem de melhor e por isso também farão jus àquele apoio da Lei; serão beneficiados com mais paz, terão suas forças redobradas, seus esforços também serão reconhecidos um dia e eles serão considerados os homens da paz.
Não nos aflijamos, portanto, com os que fazem o mal. Não nos perturbemos quando aqueles que fazem o bem não forem reconhecidos. A seu tempo, a Lei de Deus recolhe todos os atos e por esta mesma Lei sofremos a reação de cada ato: a dor será dor, o bem será bem. Será que isto restabelece a pena de talião? Não; não restabelece, porque esta pena de talião certamente será modificada pelos próprios atos e pelas intenções. Não nos esqueçamos das intenções; elas são importantes para percebermos aquilo que Deus nos cobra. Busquemos, assim, o reino de Deus, como nos falou o grande Mestre Jesus.
Busquemos o reino de Deus, em primeiro lugar, e as recompensas chegarão até nós. Façamos o bem onde estivermos, e o bem nos procurará sempre e nos ajudará a vencer as dificuldades da vida.
Que, ao término desta sessão, todos sintam-se fortalecidos e amparados, sustentados no bem! Que, ao retornar às suas casas, sintam-se dispostos a prosseguir sempre pelo progresso, pela paz, buscando a luz!
Que Deus a todos nós ajude e abençoe, agora e sempre!
O abraço do Hermann a todos os corações presentes. Paz!
Autor: Hermann
Do livro: Palavras do Coração, vol. 3.
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