Onde estão eles?

Onde estão eles?
Onde estão eles?
O movimento de contradita aos fenômenos mediúnícos de Hydesville, que precederam o lançamento da Doutrina Espírita, através da França, começou nos Estados Unidos, por intermédio de púlpitos e jornais, que se precipitaram, furiosos, contra a ideia da sobrevivência. Entretanto, uma das primeiras refutações organizadas de que se tem notícia partiu de três autoridades da Universidade de Búfalo, na América do Norte, em 1851, que publicaram curioso trabalho, no qual pretendiam demonstrar que os ruídos, em presença das irmãs Fox, eram motivados por estalos das articulações dos joelhos.

Nada conseguiram. Os “raps” e as mesas girantes espalharamse pelo mundo.

Em plena atoarda de prós e contras, erros e acertos, Allan Kardec editou “O Livro dos Espíritos”, em 1857, levantando as bases da Doutrina Espírita, devidamente codificada.


E, desde então, agigantaram-se os golpes sobre a Nova Revelação que veio repor os ensinamentos do Cristo no lugar justo.

Proliferaram, em torno dela, perseguição e sarcasmo. A imprensa sensacionalista articulou noticiários inverídicos.

O materialismo acadêmico zurziu-lhe as manifestações a marteladas de zombaria.

Igrejas tradicionais opuseram-lhe campanhas de descrédito.

O clero de várias religiões tentou sufocar-lhe os princípios.

Experimentadores armaram-lhe ciladas.

Comentaristas sofismaram-lhe os ensinos.

Detratores divulgaram calúnias, escarnecendo-lhe as atividades.

Penas remuneradas endereçaram-lhe críticas contundentes.

Falsas confi ssões foram arrancadas a médiuns enfermos ou afastados das obrigações assumidas.

Fraudes múltiplas foram inventadas e praticadas, no intuito de se lhe desmoralizarem afirmações e serviços.

Contudo, ninguém gravou os nomes de quantos apedrejaram ou tencionaram diminuir a Doutrina Espírita em mais de um século de conferências, panfletos, reportagens, escândalos, injúrias, sermões, afrontas, inquéritos e abusos contra ela. Onde estão eles?

Ao invés disso, encontramos Cristo e Kardec sempre mais unidos na construção doutrinária, do Espiritismo: quanto mais combatidos, mais lidos; quanto mais supostamente rebaixados, mais altos, e, quanto mais agredidos pelas conveniências humanas, mais ansiosamente procurados para solucionar as necessidades do raciocínio e os problemas do coração.

Procuremos, assim, multiplicar as obras de fraternidade e amor!



Autor: Lameira de Andrade
Do livro: Seareiros de Volta

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