Justiça, Solidariedade, Responsabilidade

Justiça, Solidariedade, Responsabilidade
Justiça, Solidariedade, Responsabilidade
Essas observações novas vêm ainda fortalecer os laços que nos unem aos membros da grande família das almas. Encarnados ou desencarnados, todas as almas são irmãs. Criadas por seu pai comum que é Deus, perseguem destinos análogos. Todos os espíritos se devem um mútuo socorro. Alternadamente, protegidos e protetores, entreajudam-se na sua marcha e, através de serviços prestados, de provas suportadas em comum, fazem eclodir em si esses sentimentos de fraternidade e de amor que são uma das condições da vida superior, uma das formas da vida feliz.

Os laços que nos prendem a nossos irmãos do Espaço nos unem mais estreitamente ainda aos habitantes da Terra. Todos os homens, do mais selvagem ao mais civilizado, são espíritos semelhantes a nós, pela origem e pelos fins. No seu conjunto, constituem uma sociedade, em que todos os membros são solidários, onde cada um, trabalhando pelo seu progresso pessoal, deve participar do progresso e do bem de todos. A lei de justiça, sendo apenas a resultante dos atos, o encadeamento dos efeitos e das causas explica porque tantos males afligem à Humanidade.


A História da Terra não é mais que uma urdidura de assassínios e de iniquidades. Ora, todos esses séculos ensanguentados, todas essas existências de desordem reúnem-se no presente como afluentes no leito de um rio. Os espíritos que compõem a sociedade atual são os homens de outrora, que retornaram para sofrer as consequências de suas vidas anteriores, com as responsabilidades que arrastam. Formada de tais elementos, como a Humanidade poderia viver feliz? As gerações são solidárias através dos tempos: a embriaguez de suas paixões os envolve e os seguem até a depuração completa. Essa consideração nos faz sentir, mais vivamente ainda, a necessidade de melhorar o meio social, esclarecendo nossos semelhantes sobre a causa de nossos males comuns, criando em torno de nós, através de esforços coletivos, uma atmosfera mais sã e mais pura.

O homem deve, enfim, aprender a medir o alcance de seus atos, a extensão de suas responsabilidades, a sacudir essa indiferença que cava o abismo das misérias sociais e envenena, moralmente, essa Terra onde ser-lhe-á necessário renascer, talvez, muitas vezes ainda. É preciso que um sopro renovador passe sobre os povos e neles acenda essas convicções de onde saem as vontades firmes, inabaláveis. Importa que todos o saibam, enfim: o reino do mal não é eterno, a justiça não é uma palavra vã; só ela governa os mundos e, sob seu parâmetro poderoso, todas as almas se curvam na vida futura, todas as resistências, todas as rebeliões terminam.



Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte

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