Questões Sociais e a Lei Moral

Questões Sociais e a Lei Moral
Questões Sociais e a Lei Moral
Tal é o remédio que o ensino dos espíritos traz aos males da sociedade. Se algumas parcelas da verdade, ocultas sob dogmas obscuros, puderam no passado suscitar tantas ações generosas, o que não se pode esperar dessa concepção da vida e do mundo, apoiada sobre os fatos? Através dela o homem sentir-se-á religado a todos os seres, destinado como eles a elevarem-se através do progresso para a perfeição, sob a ação de leis sábias e profundas.

Um tal ideal vivificará as almas, conduzi-las-á pela fé até o entusiasmo, e provocará de toda a parte obras de devotamento, de solidariedade, de amor que, contribuindo para a edificação de uma sociedade nova, ultrapassarão os atos mais sublimes da Antiguidade.

A questão social não abarca somente as relações das classes entre si; ela concerne também à mulher de todas as classes, à mulher, essa grande sacrificada, à qual seria justo dar, com o exercício de seus direitos naturais, uma situação digna dela, se quisermos ver a família mais forte, com mais moral e mais unida. A mulher é a alma do lar; é ela que representa os elementos de doçura e de paz na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se pudesse fazer ouvir sua voz no conselho dos povos, se sua parte de influência pudesse se fazer sentir, veríamos logo desaparecer o flagelo da guerra.


A filosofia dos espíritos, ensinando que o corpo é uma forma de empréstimo e que o princípio da vida está na alma, estabelece a igualdade do homem e da mulher do ponto de vista dos méritos e dos direitos. Os espíritos reservam para a mulher uma grande parte nas suas reuniões e seus trabalhos. Ela aí ocupa mesmo uma situação preponderante, pois é ela que fornece os melhores médiuns, a delicadeza de seu sistema nervoso, tornando-a mais apta para preencher esse papel.

Os espíritos afirmam que encarnando-se de preferência no sexo feminino, a alma eleva-se mais rapidamente de vidas em vidas para a perfeição. É que a mulher adquire mais facilmente essas virtudes soberanas: a paciência, a doçura, a bondade. Se a razão parece dominar no homem, nela, o coração é mais vasto e mais profundo.



Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte

Um comentário:

  1. Leon Denis sempre atual. Parece comentários desse seculo. Muito bom.

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