Introspecção e Reencarnação

Introspecção e Reencarnação
Introspecção e Reencarnação
O estudo da reencarnação não interessa unicamente ao exame do passado, às demonstrações do renascimento da alma na ascensão evolutiva; fala, mais profundamente, ao reequilíbrio de nós mesmos.

Não precisamos exumar personalidades que já desapareceram na ronda inflexível do tempo, a fim de nos certificarmos quanto à realidade dos princípios reencarnacionistas.

Recorramos à introspecção.

Pausemos na atividade cotidiana de quando em quando para observar-nos, no âmago do ser, e constataremos a expressão multiface de nosso espírito.

Aí, na solidão do plano íntimo, em análise correta e desapaixonada, surpreendemo-nos tais quais somos e, confrontando os impulsos que nos caracterizam a índole com os conhecimentos superiores que vamos adquirindo, esbarramos, de chofre, com as individualidades que temos vivido em muitas existências.


Depois de semelhante autoauscultação, vejamos o próprio comportamento na vida exterior.

Encontraremos, então, o traço dominante de nossa natureza múltipla no trato com pessoas e situações pelas reações que elas nos causam.

O que mais nos assombra é o desnível do nosso senso de amor e justiça, de vez que há circunstâncias em que pleiteamos tolerância e desculpa, quando por dentro estamos plenamente convencidos de que somos responsáveis e puníveis por faltas graves e, há criaturas que nos merecem o máximo apreço, sem que sintamos por elas nada mais que aversão e vice-versa.

Determinemos, por nós mesmos, as oportunidades que falamos disso ou daquilo, escondendo cautelosamente a opinião verdadeira que alimentamos no assunto, atentemos à nossa arte de despistar quando os nossos interesses estejam em jogo e verificaremos que a cortesia, em certas ocasiões, não passa de capa atraente que nos guarnece a astúcia, no encalço de certos fins.

Não nos propomos ao comentário no intuito de arrasar-nos ou deprimir-nos. Longe disso, sugerimos o tema com o objetivo de fomentar a pesquisa clara e benéfica da reencarnação, em nós mesmos, sem
necessidade de quaisquer recursos às revelações outras, ao modo da pessoa que acende uma luz para conhecer os escaninhos da própria casa.

Estudemos a lei dos renascimentos na vida física, dentro de nós.

Não nos poupemos, diante da verdade para que a verdade nos corrija.

Não basta que o discípulo tenha um mestre digno para senhorear disciplina determinada. É necessário que ele se informe quanto às lições e se aplique a elas.



Autor:André Luiz
Do livro: Sol nas Almas

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