Suicídio Moral




Vários são os mecanismos que desencadeiam o autocídio. Multiplicam-se desde aqueles de natureza moral aos terríveis sofrimentos que defluem de enfermidades degenerativas e dolorosas, passando pelos dramas existenciais e torpezas do comportamento, aflições econômicas e sociais... Entre outros, os transtornos psicológicos em forma de depressão respondem por altas cifras de desencarnações pelo suicídio.

Há, no entanto, uma forma insidiosa e traiçoeira de autodestruição do corpo somático, que não passa de instrumento indireto para atingir o mesmo fim.

Esse cruel adversário da vida é o cultivo de ideias mórbidas e perturbadoras, que se instalam como pessimismo ou culpa, desestruturando o ser nos seus objetivos elevados.

Inicialmente surgem como pensamentos infelizes, que prosseguem fixando-se e alienando o indivíduo que foge ao convívio saudável com outras pessoas, transformando-se em conflitos destrutivos que terminam de maneira penosa, injustificável.

A vida física é oportunidade sublime para o crescimento íntimo e a auto iluminação, que não pode ser exposta a esses fatores de desagregação e perda.

Da mesma forma, o hábito doentio de entregar-se aos vícios, sejam quais forem, desde aqueles que criam dependência química ou os que se fazem compromissos morais devastadores, culminando no esfacelamento das forças com o consequente fenômeno da desencarnação.

O corpo é instrumento da Vida com finalidades específicas, que deve ser preservado a qualquer preço. A partir dos hábitos saudáveis de higiene até aos do trabalho dignificante em favor da sua manutenção, a fim de mantê-lo em equilíbrio conforme os costumes da sociedade, apresenta-se a necessidade de oferecer-lhe auxílio para os equipamentos que o compõem, por meio dos contributos morais que melhormente o preservam.

Sem as disciplinas hábeis que conservam as funções de que se constitui, facilmente degenera e sucumbe.

Sob o condicionamento e sujeição de drogas desgastantes ou vapores mentais tóxicos, a sua maquinaria desajusta-se e interrompe a marcha. (...)

Preserva o teu corpo, preparando-o para servir-te de domicílio pelo período mais largo, a fim de que, ao desencarnares, não te dês conta que te encontras entre aqueles que chegaram à Pátria espiritual antes da hora, pelo nefando instrumento do suicídio indireto.



Do livro: Diretrizes para o Êxito. LEAL
Psicografia: Divaldo P. Franco
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