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Depois da morte |
A situação do espírito, depois da morte, é consequência direta de suas propensões, para a matéria ou para os bens da inteligência e do sentimento. Se os pendores sexuais dominam, forçosamente, o ser se imobiliza nos planos inferiores, que são os mais densos, os mais grosseiros. Se se alimenta de pensamentos belos e puros, eleva-se em direção a esferas que tenham relação com a própria natureza de seus pensamentos.
Swedenborg disse, com razão: “O céu está no lugar em que o homem pôs seu coração”.
Todavia, o encaminhamento não é imediato, nem a transição é súbita. Se o olho humano não pode passar bruscamente da escuridão a uma luz viva, o mesmo ocorre com a alma. A morte faz-nos entrar num estado transitório, espécie de prolongamento da vida física e prelúdio da vida espiritual. É o estado de perturbação de que falamos, estado mais ou menos prolongado, segundo a natureza espessa ou etérea do perispírito do defunto.
Livre do fardo material que a oprimia, a alma se encontra, ainda, envolvida pela rede dos pensamentos e das
imagens: sensações, paixões, emoções, geradas por ela, no curso de suas vidas terrestres. Ela terá que familiarizar- se com sua situação nova, tomar consciência de seu estado, antes de ser levada ao ambiente cósmico para o qual está preparada, conforme seu grau de luz e de densidade.
Primeiramente, para a maioria, tudo causa espanto nesse Além, onde as coisas diferem essencialmente do meio terrestre. A lei de gravidade é menos rígida. As muralhas não são mais obstáculos. A alma pode atravessá-las e elevar-se no ar. No entanto, alguns entraves, que ela não pode definir, ainda a retêm. Tudo a enche de temor, de hesitação; mas, seus amigos do Alto velam por ela e guiam seus primeiros impulsos.
Do Livro: O Problema do Ser e do Destino.
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