Pouco a pouco

Pouco a pouco
Pouco a pouco
“Se o Espiritismo deve, assim como está anunciado, ocasionar a transformação da Humanidade, isso não pode ocorrer senão pelo melhoramento das massas, o qual não chegará, gradualmente e pouco a pouco, senão pelo melhoramento dos indivíduos.” (O Livro dos Médiuns. Cap. XXIX. Segunda Parte, item 350.)



Realmente, a tarefa do médium na Doutrina Espírita está revestida de significativa importância na obra de espiritualização da Humanidade, sob a égide do Cristo.

Fazendo-se intérprete dos espíritos, o médium pode cooperar no despertamento das almas adormecidas, conscientizando-as quanto à finalidade da vida no corpo denso.

Entretanto, nenhum médium deve ignorar que a evolução espiritual dos homens não acontecerá de improviso.

Há dois mil anos, o Evangelho trabalha, pacientemente,  na edificação do reino divino sobre a Terra.

Lentamente, as ideias das pessoas se modificam...


A violência não consta dos planos divinos.

Toda transformação real acontece de dentro para fora.

Por isto, Jesus disse que o reino de Deus não viria com aparências exteriores.

Antes que o médium anseie transformar a Humanidade através dos fenômenos que produza, procure renovar a si mesmo, aproveitando ele próprio, primeiro, as lições de que se faça intérprete para terceiros.

Operando a sua renovação à luz do Evangelho redivivo, o seu exemplo de vida, mais do que a mediunidade
de que seja portador, influenciará positivamente os que observem o “fenômeno” de sua transformação...

Melhorando-se, o médium, conclamará, sem palavras, à melhoria, quantos existam ao seu derredor, e, consequentemente, a pouco e pouco, há de melhorar, em silêncio, a Humanidade como um todo (...)

A palavra que não for sancionada pelo exemplo se dispersará aos sopros do vento, mas a palavra vivificada pela ação ecoará sempre sobre todos os caminhos, fazendo-se ouvir mesmo depois que emudeceram os lábios que proferiram...

Ao invés, pois, de angustiar-se pela conversão da Humanidade aos princípios espíritas, que o médium se aflija pela sua adesão integral aos postulados do Consolador, entregando-se sem condições e sem mais demora aos braços do Divino Amigo (...)

Ainda quando agraciado pelo dom da mediunidade, se o médium não tem caridade, ou seja, se ele não se prevalece dessa condição para melhorar a si mesmo, isso de pouco lhe valerá perante a vida imortal.

Depois de ter conquistado territorialmente o mundo, para tanto levando quase vinte séculos, o Evangelho agora parte para a conquista territorial dos corações... Quantos séculos gastará em tal empreendimento, quiçá muito mais difícil?!

Não desanimemos, entretanto. Uma alma que se entrega ao Cristo atrairá centenas de outras almas, como
Ele próprio nos disse: “Quando eu for levantado da cruz, atrairei todos a mim”...



Autor: Odilon Fernandes
Do Livro: Mediunidade e Evangelho.

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