Médiuns Inspirados

Médiuns Insperiados
Médiuns Insperiados
“Toda pessoa que recebe, seja no estado normal, seja no estado de êxtase, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas ideias preconcebidas, pode ser incluída na categoria dos médiuns inspirados (...)” (Cap. XV — Segunda Parte — item 182)



A inspiração está, por assim dizer, na base de todo ato mediúnico de caráter intelectual.

O médium inspirado pode ter ou não ter consciência do fenômeno que se encontra intermediando.

A inspiração precede a intuição.

A intuição provoca um envolvimento mais profundo do que a inspiração; é como se fosse um lampejo súbito, uma ideia que brotasse de forma espontânea e inesperada...

A inspiração, segundo bem colocou Kardec, é um envolvimento suave, quando “a intervenção de uma potência oculta é ainda bem menos sensível, porque, nos inspirados, é ainda mais difícil distinguir o pensamento próprio do que é sugerido”.


Os médiuns inspirados quase sempre são arrebatados por ideias e emoções que os sensibilizam de maneira singular; se são oradores, tomados por inflamada eloquência, emocionam plateias imensas que se sentem tocadas pelo magnetismo do seu verbo...

Os espíritos buscam aproximar-se daqueles que executam no mundo o trabalho que eles próprios executavam, quando encarnados. Assim é que um cirurgião desencarnado, por exemplo, procurará, quando lhe for permitido, aproximar-se de um outro e auxiliá-lo em sua tarefa na Terra, transmitindo-lhe os seus conhecimentos e adquirindo novas experiências.

A morte, ao contrário do que parece, amplia a solidariedade entre os homens, porque o que não se fez na condição de espírito encarnado, deve-se fazer na condição de desencarnado. Esta é a Lei do Progresso. (...)

Que se evite, portanto, a precipitação e que se tenha, sobretudo, certeza de que a inspiração que lhe está sendo dada parte dos espíritos amigos, e não dos levianos que vivem à espreita de uma invigilância para se insinuarem de forma negativa.

Se alguma ideia te surge aparentemente do nada, submeta-a ao crivo da razão, observando se a sua concretização será para o bem de todos, e não apenas para o teu próprio. Ainda prevalecendo-nos da sublime inspiração de Kardec, “na dúvida, abstém-tem”: ou seja, se duvidas da originalidade benéfica de uma ideia, não te afoites em colocá-la em prática; deixa o tempo correr e, sempre no clima da oração, certifica-te de que a inspiração recebida provém das fontes do Mais Alto.



Autor: Odilon Fernandes
Do Livro: Mediunidade e Evangelho

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