Somos presas fáceis do egoísmo

Somos presas fáceis do egoísmo
Somos presas fáceis do egoísmo







Ser egoísta é quando se direciona o olhar primeiramente para si mesmo, sendo o próprio interesse o grande alvo para onde o ser se dirige, e em busca de uma decisão sobre isto ou aquilo, avalia somente onde pode ganhar a seguir.

O indivíduo que é egoísta não pensa nos resultados que colherá no futuro. Não há futuro, seus desejos são para já!

Se o ser humano se deixar coordenar pelo egoísmo, não terá condições de fazer auto avaliação, muito menos promover autoconhecimento. As dificuldades são imensas devido as oportunidades que busca alcançar de forma imediata.

A espiritualidade consultada em “O Evangelho segundo o Espiritismo” alerta que o egoísmo é a negação da caridade e, por isso, maior obstáculo ao progresso moral. E sendo a negação da caridade é o causador de todas as misérias do mundo terreno; a felicidade dos homens só será possível quando o egoísmo for eliminado do seu coração.

Para combater o egoísmo que há em nós, é preciso muita coragem para sairmos da zona de conforto, que nos mantém ali, acomodados, sem pensar nas mudanças que nos cabe.

E como devemos proceder?

Quanto criaturas imperfeitas, os seres humanos têm inúmeras dificuldades, necessitam portanto vivenciar as situações de conformidade com sua própria visão de vida e se comportar de forma atenta às leis de Deus, mas não é nada fácil fazer esse parâmetro, por isso é indispensável olhar para seu íntimo e exercitar o governo de si mesmo, criando as possibilidades de desenvolvimento das virtudes, buscando o fortalecimento nas ações pelo bem comum. Essa reforma íntima torna o ser mais sensível aos sofrimentos do próximo e é nisso que se constitui a aplicação ao combate do egoísmo.

Quando desenvolvemos os sentimentos mais nobres, e nos habilitamos à fraternidade e à caridade tudo se desenvolve com maior facilidade, porque nos envolvemos com o que vai no íntimo, e com um olhar empático direcionado ao outro. Vamos exercendo um conhecimento de nós mesmos e a alegria de sentir aquele bem nos estimula a desenvolver mais e mais.

O ser egoísta não consegue cultivar essas ações no bem, tudo bobagem e sem sentido em sua vida, porque não tem interesse nos outros.

Para promoção da destruição do egoísmo em nós é preciso se esforçar muito, identificar que esse sentimento mora ali, e desejar se desvencilhar dele, precisa de ajuda de terceiros para que o processo de autoconhecimento se instale e aos poucos vá trocando as atitudes antes só para si, em pequenas ações voltadas àqueles que o rodeiam.

Como exemplificou Jesus, a prática da caridade desinteressada será um passo inicial para se desprender do egoísmo.

Implantando a gratidão no cotidiano e aprendendo a pensar no bem-estar geral, naturalmente o egoísmo será abandonado e a percepção do apoio que nos chega de forma incondicional, nos fará entusiasmados a cumprir a nossa meta de aperfeiçoamento moral.

Em A Revista Espírita, dezembro de 1860, verificamos a situação de um espírito que sofre no além, devido a guarida que deu quando em vida ao egoísmo, e graças a ele tudo obteve de material, se sentido até plenamente feliz, mas após o passamento amarga um sofrimento indizível, à medida que o conhecimento da eternidade se desenvolve nela, maldizendo as horas culpadas, horas de egoísmo e de esquecimento em que, desconhecendo toda caridade, todo devotamento, só pensava em seu bem-estar!

O que fica de lição para nós sobre o tema é o aprendizado de que a caridade é o único antídoto dessa lepra da Humanidade, que é o egoísmo.



 Autora: Magdala Alves

Livro: Estudo baseado no Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XI - Item 12.

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