O sentido de Deus em nossas vidas

Deus tem um sentido na sua vida?














Conta-se que ...

Um grupo de cientistas estava decidindo qual deles iria encontrar com Deus e dizer que eles não precisavam mais dele. Finalmente um dos cientistas apresentou-se como voluntário e foi dizer a Deus que Ele não era mais necessário...

Assim, ao encontrar Deus, o cientista diz a ele:

- Deus, sabe como é, um punhado de nós tem estado pensando neste assunto e eu vim dizer que, o Senhor não é mais necessário.

Quero dizer, nós temos elaborado grandes teorias e ideias, nós clonamos uma ovelha e logo, logo, iremos clonar humanos.

Como o Senhor pode ver, nós realmente não precisamos do Senhor. Deus balança a cabeça, compreensivamente e diz:

- Bom, sem ressentimentos. Mas, antes, vamos fazer um concurso. O que você acha?

O cientista diz: - Para mim, tudo bem. Que tipo de concurso?

- Um concurso de fazer homem!! - Deus responde.

- Legal! Sem problemas! - Exclama o cientista. Ele rapidamente se adianta pegando um punhado de barro e diz:

- Vamos lá, estou pronto!

E Deus diz:

- Não assim! Você tem que criar seu próprio barro!!!

O conto acima nos faz refletir que a maior dificuldade do ser humano é aceitar o comando de um ser superior que cria constantemente e comanda o universo imenso. E esse orgulho pode deixá-lo alheio às belezas divinas.

Para refletir sobre o tema questiono: Como deve ser nosso comportamento diante dessa questão de Deus?

Na obra “O grande Enigma” Léon Denis declara que: “Acima dos problemas da vida e do destino, ergue-se a questão de Deus.”

Logo, Deus é “indispensável à nossa vida”.

No entanto muitos de nós se comporta como se Ele não fosse absolutamente necessário.

Será que podemos dizer que essa necessidade precisa ser vista com naturalidade, já que somos seres que dependem de apoio, orientação, cuidados, que enquanto encarnados, necessitamos desde cedo de um pai e uma mãe, ou um responsável que cuide, logo, nada mais justo que aquele que nos criou com inúmeros potenciais, seja buscado.

Quando Jesus nos ensina sobre esse Deus de amorosidade, bem diferente daquele que até então ensinado, era um déspota, pronto a castigar, muitos corações sensibilizaram-se por causa do sentimento de orfandade.

Na obra “O Grande Enigma” encontramos também a seguinte fala: “(...) o Bem, o Verdadeiro, o Belo, nos escapam em sua essência, porque são de natureza divina. Nossa própria inteligência é para nós incompreensível, precisamente porque encerra uma partícula divina que a dota de faculdades augustas.”

A dificuldade para perceber Deus, aceitar Deus, é muito comum, e só nas horas do desespero, da crise clamar por Ele, ou então, em dias tão sombrios, como os atuais, enaltecer em seu nome sentimentos nada nobres ou estimular crimes.

Em O Livro dos Espíritos, vamos encontrar respostas às perguntas 10 e 11, onde os espíritos nos fazem refletir sobre a nossa falta de compreensão da natureza íntima de Deus, dada a nossa imperfeição; falta-nos a percepção avançada do sentido do ser superior que chamamos Deus. E só à medida que nos desvincularmos do mal e nos aperfeiçoarmos, poderemos ver e compreender.

Dizemos que Deus é onipotente, onisciente, onipresente, e tudo o mais, mas as próprias limitações que possuímos nos impedem de entender exatamente o que significam tais atributos.

Recorrendo novamente a Léon Denis, que nos concita a estudarmos as leis naturais, a observarmos a beleza que inspira os artistas, que olhemos atentos para tudo o que há, o que nos acontece, e então a ideia de um ser superior, necessário e perfeito, fonte do bem, do belo e verdadeiro nos permita identificar a lei, a justiça e a razão suprema.

Ele pergunta e responde:

Deus é incognoscível, ou pode ser conhecido?

A resposta é fácil: Deus é incognoscível em sua essência, em suas íntimas profundezas; mas revela-se por toda a sua obra, no grande livro aberto aos nossos olhos e no fundo de nós mesmos.

Insiste-se, ainda disseste, que o fim essencial da vida, de todas as nossas vidas, era entrar, cada vez mais, na comunhão universal, para melhor amar e melhor servir a Deus em seus desígnios.”

Nos falta o sentido para compreender Deus, como vimos acima, mas todo espírito evolui e vai percebendo à custa do seu próprio esforço em conquistar progressos, a grandiosidade divina.

Através a história ouvimos falar sobre a busca de Deus ser a razão de todas as religiões. Porque o ser humano não encontrando o sentido do viver, na vida material, foi buscar em Deus a segurança, a certeza, a confiança no futuro.

Todas as pesquisas, todos os trabalhos da ciência contemporânea, concorrem para demonstrar a ação das leis naturais, que uma Lei suprema liga, abraça, para constituir a universal harmonia. Por essa lei, uma Inteligência soberana se revela à razão mesma das coisas, razão consciente, unidade universal para onde convergem, ligando-se e fundindo-se, todas as relações, aonde todos os seres vêm haurir a força, a luz e a vida (...)

O universo é gerenciado por leis, não há acaso, desordem, tudo é harmônico e ordenado; é a demonstração de que há uma inteligência superior no comando.

Raciocinamos sobre isso, mas não temos a certeza, porque não promovemos essa vivência, tão preocupados em obter coisas materiais, mas se estamos a evoluir, o aprendizado sobre a grandiosidade desse ser divino chegará. Dizem os guias amigos que entre eles a ideia de Deus é permanente, porque eles vêm tudo o que existe em seu derredor e sabem que não foi criado por eles. Assim eles ficam com uma visão da onipresença de Deus e de sua onipotência. Outros assinalam que pelo fato de verem tantas coisas ocorrerem, nos mundos em que vivem, segundo suas experiências e do que há em o Universo como um todo, que eles percebem a onisciência de Deus.

O que precisamos então instituir em nosso cotidiano para dar sentido às nossas vidas?

Viver o agora, com o olhar nas leis divinas que nos guiam para além, garantirá o próprio aperfeiçoamento, focando no íntimo, onde tudo reside.

A cada atitude, a cada experiência, mergulhamos nesse universo interno e descobrimos a força que nos move e idealizamos novos projetos de vida, e não precisa ser nada grandioso, pois é a cada atitude em prol de um irmão, um pensamento elevado, um favorecimento a outrem, o nosso comportamento diante da dor de quem está ao lado. Tudo que idealizarmos vai contagiar outros e formará uma corrente de bem-estar que perceberemos o sentido de Deus em nós.

Vivamos plenamente o hoje, com vistas à nossa missão, internalizando todo o bem possível, para carregarmos em nossa bagagem o que nos servirá eternamente.

Valorize a vida agora e reúna suas ideias e ideais nos menores projetos que sirvam ao bem comum, porque a vida continua sempre.

Deus é amor; foi por amor que criou os seres, para associá-los a suas alegrias, à sua obra. O amor é um sacrifício; nele, Deus hauriu a vida, para dá-las às almas.” 



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