A Melancolia

A Melancolia
A Melancolia
Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

O sentimento habitual do melancólico é o da tristeza profunda ante qualquer situação que o domine, que o prenda às sensações da Terra.

O melancólico, quase sempre, nos seus estados de torpor espiritual, não se recorda de Deus, não pensa nos seus guias espirituais e ignora que existe, além daqui, uma vida bem mais profunda e com maior condição de paz, de equilíbrio e de felicidade, como não se encontra na Terra. Pode-se dizer que os atacados de melancolia temporariamente se esquecem de Deus e da felicidade de espírito.

Como devemos agir quando nos sentimos desse modo? Como equilibrar a emoção, que às vezes é muito forte, a ponto de derribar a nossa alma?


Deve-se, como já se disse, primeiramente lembrar de Deus, da vida espiritual, daquilo que temos que fazer em torno da espiritualização.

Muitos alegarão que conhecem essa necessidade, mas a dificuldade existe, e justamente no campo da impossibilidade de superar, ainda que temporariamente, o sentimento de desvalia. Ora, meus irmãos, aí é que reside a tarefa maior, o esforço que cabe a todo espírito desenvolver. Se fosse fácil lutar contra a melancolia, as criaturas, num simples passar de um dia para outro, superariam as dificuldades; mas por ser difícil é que cabe o esforço pessoal, intransferível, o esforço para ultrapassar o mal que está na criatura, a sua sensação de desvalia.

Desenvolver coragem moral, observar-se para superar os próprios sentimentos menores, habituar-se à oração, ter como lema a coragem e a decisão, convencer-se de que há em si um valor tão forte que ultrapassa qualquer outra maneira de viver, valor este que se traduz por “viver em paz”, superar as dificuldades que provocam as sensações menores, tudo isso faz parte do arsenal que o espírito imortal precisa desenvolver em seu íntimo. Nesse desenvolvimento de valores, que não se esqueça a lição de imortalidade: viveremos sempre, eis tudo!

Na vida cotidiana, quando os pequenos senões nos tornem incapazes de manter a capacidade de luta, ainda assim, procuremos Jesus; saiamos em busca desse Mestre generoso que pregou o amor aos inimigos, a paz aos corações e o sentimento de bondade interior. Lembremo-nos das suas palavras no Sermão da Montanha: “Olhai os lírios dos campos; não tecem nem fiam, entretanto Deus os ajudará”.

Que os melancólicos, ou os deprimidos, como se queira chamá-los, saibam que valem mais do que os lírios dos campos: todos são espíritos imortais! Deus os abençoará, não só hoje como sempre, sustentando-os nas lutas diárias, esperando tão somente que digam: “Meu Deus, ajudai-me”!

Que Deus a todos nós ajude e abençoe! Que as criaturas se recordem das sessões de estudos desta e de outras casas onde, diariamente, dezenas, milhares de espíritos descem à Terra, sustentando a capacidade de luta dos que aqui estão degredados temporariamente. Ninguém está só. Amigos espirituais confortam, consolam, seguem à frente da imensa caravana que deseja acertar. Segue à frente Jesus, segue à frente de todos aqueles que lutam por ter paz. Que as criaturas se recordem disto: ninguém está só!

Que Deus, que Jesus nos abençoem e nos deem a sua paz!

Balthazar, pela graça infinita de Deus.

Paz!


Autor: Balthazar
Do livro: Pela Graça Infinita de Deus, vol. 1.

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