A Personalidade Integral

A Personalidade Integral
A Personalidade Integral
O espírito deve ser cultivado assim como a terra; toda riqueza futura depende do trabalho presente, e mais do que bens terrestres ele vos dará a gloriosa elevação. (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, item 8, último parágrafo.)

Há em nós uma espécie de reservatório de águas subterrâneas, de onde, em certas horas, jorra e sobe à superfície uma corrente rápida e efervescente. (Léon Denis. O Problema do Ser e do Destino, cap. 4.)


Homem, és fruto de tuas experiências milenares. Trabalhador de ti mesmo, deves aprender a lutar pelo teu progresso; pela tua divinização.

Ora. Pede a Jesus, tua sublime meta, teu divino alvo, que te ampare o forte desejo de caminhar para o fim de ti mesmo: tua evolução.

Evoluirás através do conhecimento das verdades humanas, primeiramente, vindo a seguir o aprendizado das coisas divinas; mas para que isso aconteça, realmente, precisas conhecer-te.

A Vida Moral

A Vida Moral
A Vida Moral
Todo ser humano traz, gravado em si, na sua consciência, na sua razão, os rudimentos da lei moral. Essa lei recebe, nesse mundo mesmo, um começo de sanção. Uma boa ação proporciona ao seu autor uma satisfação íntima, uma espécie de dilatação, de desabrochar da alma; nossas faltas, ao contrário, trazem, frequentemente, como consequência, mágoa e remorsos. Entretanto, essa sanção, tão variável segundo os indivíduos, é muito vaga, muito insuficiente do ponto de vista da justiça absoluta. É por isso que as religiões colocavam na vida futura, nas penas e recompensas que nos reserva, a sanção capital dos nossos atos. Ora, seus dados, carecendo de base positiva, são colocados em dúvida pelo maior número. Depois de ter exercido uma influência séria sobre as sociedades da Idade Média, não são mais sufi cientes, de agora em diante, para afastar o homem das vias da sensualidade.

Antes do drama do Gólgota, Jesus anunciara aos homens um outro consolador, o Espírito de Verdade, que devia restabelecer e completar seu ensinamento. Esse Espírito de Verdade veio e falou à Terra; por toda parte fez ouvir sua voz.

O Irmão

O Irmão
O Irmão
“A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa, não trata com leviandade, não
se ensoberbece.” — Paulo. (I Coríntios, 13:4.)

Quem dá para mostrar-se é vaidoso.

Quem dá para torcer o pensamento dos outros, dobrando-o aos pontos de vista que lhe são peculiares, é tirano.

Quem dá para livrar-se do sofredor é displicente.

Quem dá para exibir títulos efêmeros é tolo.

Quem dá para receber com vantagens é ambicioso.

Quem dá para humilhar é companheiro das obras malignas.

Quem dá para sondar a extensão do mal é desconfiado.

Como se trajam os espíritos

Durante as numerosas ocasiões em que, como vidente, temos observado entidades desencarnadas, quer em nosso estado normal, quer quando nos há sido possível penetrar o mundo invisível, levada em corpo espiritual (perispírito) pelos Guias e Instrutores que nos deferem essa honra, grande número de Espíritos temos visto, e até com eles convivido, se deste modo nos podemos expressar, de variada gradação moral e intelectual, e apenas uma vez nos recordamos de ter percebido um inteiramente desnudo. Contrariamente, o que temos presenciado nos confere o direito de categoricamente afirmar que — sim! Os Espíritos se trajam e modificam a aparência das vestes que usam conforme lhes apraz, exclusão feita de alguns muito inferiores e criminosos, geralmente obsessores da mais ínfima espécie, cuja mente não possui vibrações à altura de efetuar a admirável “operação plástica” requerida.

Aborto delituoso

Aborto delituoso
Aborto delituoso
Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião.

Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais...

Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância...

Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinquência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.

Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza...

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.

Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios fi lhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.

Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!

Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fi m de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.



Autor: Emmanuel
Do livro: Religião dos Espíritos

Variações sobre a Caridade

Variações sobre a Caridade
Variações sobre a Caridade
Caridade que anuncia os próprios méritos é serviço ameaçado pela vaidade.

Caridade que auxilia para furtar-se às obrigações do trabalho é inclinação à preguiça.

Caridade que se expressa para dominar o pensamento e a conduta dos outros é tirania de espírito.

Caridade que ampara com o objetivo de mostrar-se superior é fruto isolado em espinheiro do orgulho.

Caridade que pede remuneração é fonte poluída pelo fel da exigência.

Caridade que dá para receber é bondade com propósitos subalternos.

Caridade limitada aos familiares e amigos é tisnada de paixão.

Caridade que socorre e não perdoa é uma porta de ouro para a introdução à crueldade.

Caridade com repetidas lamentações é caminho para o desânimo.

Psicofonia e Transfiguração

Psicofonia e Transfiguração
Psicofonia e Transfiguração
“Uma jovem de uns quinze anos desfrutava de singular faculdade de se transfigurar, quer, dizer, tomar, em certos momentos dados, todas as aparências de certas pessoas mortas (...)” (Cap. VII – Segunda Parte – item 122.)


De todas as faculdades medianímicas, a que mais se presta ao fenômeno da transfiguração é, sem dúvida, a de psicofonia ou incorporação. Não estamos nos referindo à transfiguração anímica, qual a que ocorreu com o próprio Cristo no monte Tabor. Referimo-nos à verdadeira metamorfose por qual passa o corpo do médium quando mergulhado em transe profundo.

A faculdade de transfiguração, entretanto, é rara; rara porque há necessidade que o espírito como que “domine” o medianeiro, sobrepondo-se ao seu corpo espiritual, ou então, quase que num processo de hipnose, o induza a assumir a sua própria forma. Não é fácil traduzir isso em palavras.

A Licantropia não pode ser considerada uma transfiguração mediúnica genuína. Os espíritos quando assumem por uma ação  da própria vontade, ou da vontade de terceiros, estão sobre um processo de sugestão anímica, não importa que seja uma forma sublime, a de uma estrela por exemplo, ou de ordem inferior...

Se levarmos em conta que o fato é autêntio, quando Jesus foi batizado às margens do Rio Jordão, o Espírito Santo que desceu sobre Ele transfigurou-se numa pomba, símbolo da pureza e da candura; na festa de Pentecostes, os Espíritos que mediunizaram os apóstolos transfiguraram-se em flamas, levando-os a falar em diversos idiomas...

O Livro dos Espíritos

O Livro dos Espíritos
O Livro dos Espíritos
“Fenômenos estranhos às leis da ciência comum manifestam-se de todas as partes e revelam em sua causa a ação de uma vontade livre e inteligente. A razão diz que um efeito inteligente deve ter como causa um poder inteligente, e os fatos têm provado que esse poder pode entrar em contato com os homens através de sinais materiais.” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, 1. ed. Celd. Prolegômenos, 1o e 2o §§.)



Muitas vezes, os homens buscam a solução para os seus problemas pelos caminhos mais difíceis, mais complexos e mais demorados. Isso se deve, principalmente, ao desconhecimento, ao fato de lhes faltar as orientações precisas que a Doutrina Espírita concede.

Existem também aqueles que evitam tomar conhecimento das verdades espíritas, porque elas não são oriundas dos núcleos de pensamentos religiosos a que pertencem. Isso causa transtornos em suas mentes e promove uma inquietação muito grande nesses espíritos, justamente porque, ante a evidência dos fenômenos
e das notícias vindas do mundo espiritual, não se podem negar esses movimentos mediúnicos, que se chocam com as suas convicções. Assim sendo, preferem eles manter-se acrisolados naquilo em que acreditam, esquecendo-se de que o mundo é um constante vir a ser.

Roteiro Seguro

Roteiro Seguro
Roteiro Seguro
“Eu estou convosco, e meu apóstolo vos ensina (...) preparai-vos, cativos da vida, para um dia vos lançardes, livres e felizes, no seio daquele que vos criou(...)” (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 3.ed. CELD. Cap. VI, item 6.)

Meus irmãos.

Os espíritos aqui presentes pedem que se fale, em nome de todos eles, sobre a divulgação de O Evangelho Segundo o Espiritismo, cujo aniversário de lançamento ocorre neste mês de abril.

Para nós, do mundo espiritual, estudar este livro é o mesmo que nos prepararmos para a convivência com os espíritos que sofrem, ao mesmo tempo que pretendem encaminhar-se para as lutas reencarnatórias.

A vida, complexa para quase todos os homens, pede um roteiro, um rumo, para que aqueles que sofrem, seguindo-o, encontrem o melhor caminho na direção do bem.

Devidamente inspirado, Allan Kardec sentiu que nas máximas cristãs, apoiadas nas mensagens do mundo invisível, poderia ele organizar um roteiro que orientasse o homem da Terra para o exame de suas dores, em seus momentos de angústia. Cultivando esse roteiro, o homem chegará ao limite de suas provas amparado por uma força positiva e sempre agindo em consonância com a pureza do Evangelho, com o bem, com a verdade.

A Alma e os Diferentes Estados do Sono

A Alma e os Diferentes Estados do Sono
A Alma e os Diferentes Estados do Sono
O que é, então, o sono?

É simplesmente a saída, o desprendimento da alma, com relação ao corpo.

Dizem que “o sono é irmão da morte”. Estas palavras exprimem uma verdade profunda. Aprisionada à carne durante o estado de vigília, a alma recupera, no sono, sua liberdade relativa, temporária e, simultaneamente, a utilização de seus poderes ocultos. A morte será sua libertação completa, definitiva.

Nos próprios sonhos, vemos entrarem em ação os sentidos da alma, estes sentidos psíquicos, dos quais os do corpo são a reduzida manifestação exterior. À medida que as percepções do exterior se enfraquecem e se apagam, com os olhos fechados e os ouvidos cerrados, outros meios mais poderosos despertam das profundezas do ser. Vemos, ouvimos, com o auxílio dos sentidos internos. Imagens, formas, cenas distantes desenrolam-se sucessivamente; ocorrem encontros entre personagens vivos ou mortos. Esta ação, frequentemente incoerente e confusa no sono natural, torna-se precisa e cresce com o desprendimento da alma no sono provocado, no transe sonambúlico e no êxtase.

Sejamos gratos a Léon Denis

Sejamos gratos a Léon Denis
Sejamos gratos a Léon Denis
O Espírito fica sempre feliz com a lembrança que dele se tenha. (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, questão 311.)

O Pensamento é criador. Gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, a cada dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida, presente e futura. (Léon Denis. O Problema do Ser e do Destino, cap. 24.)

Estamos, nesse meio para final de semana, envolvidos, igualmente a vocês, no andamento do Encontro que é estabelecido e que nos dá um grande prazer porque, ao conversarmos, mostrando para todos alguns pensamentos, palavras, escritos do nosso Denis, estamos, na verdade, passando um sentimento que todos nós temos já alicerçado em nossos corações por esse nosso querido mestre.

Diante desta assertiva, podemos dizer a vocês que não está sendo fácil. Por que não está sendo fácil? Não só porque pinçar algo que seja aproveitado de plena capacidade pelo público já em si seja difícil, mas também porque tudo o que se lê, o que se estuda, o que se vê de Denis é aproveitável, é grandioso e nos traz grandes e grandes lembranças.

Apoio ao Encarnante

Apoio ao Encarnante
Apoio ao Encarnante
“O Espírito sabe que reencarnará, como o homem sabe que morrerá; porém, como este, disso só tem consciência no último momento, quando chega o tempo apropriado; então, neste instante supremo, a perturbação se apodera dele, como no homem que está em agonia, e essa perturbação persiste até que a nova existência esteja nitidamente constituída.” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, 2.ed. CELD. Questão 340, comentário.)

Quando o coração do espírito, no mundo dos espíritos, sente que está na hora do retorno, inicia-se um processo de angústia muito grande, tornando-se, o decorrer do processo reencarnatório, uma situação de muita tristeza por parte daqueles que retornam.

Refiro-me, evidentemente, aos que retornam com vistas ao pagamento de dívidas, ou àqueles que são conduzidos compulsoriamente para uma vida de lutas e sofrimentos.

A angústia decorrente da expectativa faz com que o espírito se amedronte, e um grande esforço por parte de seus amigos faz-se necessário, estimulando-o à resistência. Nesse estímulo à resistência, desenvolve-se uma verdadeira batalha para que não haja medo e não haja nenhuma atitude que prejudique o retorno daquele ser.

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