Benção do Sol 2


Benção do sol
“... Nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, nos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados”. Paulo (Hebreus, 12:15)
        
É razoável estejamos sempre cautelosos a fi m de não estendermos o mal ao caminho alheio. Os outros colhem os frutos de nossas ações a oferecem-nos, de volta, as reações consequentes.

Daí, o cuidado instintivo em não ferirmos a própria consciência, seja policiando atitudes ou selecionando palavras, para que vivamos em paz à frente dos semelhantes, assegurando tranquilidade a nós mesmos.

A hora derradeira


A hora derradeira
Deixando sua morada corporal, o espírito que a dor e o sacrifício purificaram vê sua existência passada recuar, afastar-se pouco a pouco com suas amarguras e suas ilusões, depois vê dissipar-se como as brumas que na aurora rastejam sobre o solo e desvanecem diante do clarão do dia. O espírito encontra-se, então, na incerteza entre duas sensações, a das coisas materiais que se apagam e a da nova vida que se desenha diante dele. Essa vida, ele já a entrevê, como através de um véu; cheia de um encantamento misterioso, temível e desejada ao mesmo tempo. Logo a luz cresce, não mais essa luz solar que nos é conhecida, mas uma luz difusa, espalhada em toda parte. Progressivamente, ela o inunda, penetra-o, e, com ela, um sentimento de felicidade, uma mistura de força, de juventude, de serenidade. O espírito mergulha-se nessa onda reparadora. Despoja-se aí das suas incertezas e de seus temores. Depois seu olhar desprende-se da Terra, dos seres chorosos que envolvem seu leito mortuário, e se volta para as alturas. Entrevê os céus imensos e outros seres amados, amigos de antigamente, mais jovens, mais vivos, mais belos, que vêm recebê-lo, guiá-lo no seio dos espaços. Com eles, lança-se e sobe até as regiões etéreas que seu grau de depuração permite-lhe atingir. Lá, sua perturbação termina, faculdades novas nele despertam, seu destino feliz começa.

Tudo é graduado

Tudo é graduado
Tudo é graduado na vida espiritual. A cada grau de evolução do ser em direção à sabedoria, à luz, à santidade, corresponde um estado mais perfeito da recepção de seus sentidos, de seus meios de percepção. Tornando-se cada vez mais transparente, diáfano, o corpo fluídico dá livre passagem às radiações da alma. Daí, uma aptidão maior para saborear, para compreender os esplendores infinitos; daí, uma lembrança mais ampla do passado, uma familiarização crescente com os seres e as coisas dos planos superiores, até que a alma, em sua progressão, tenha atingido as supremas altitudes.

Quando chega a essas alturas, o espírito venceu toda paixão, toda tendência ao mal; está liberado para sempre do jugo material e da lei dos renascimentos. É a entrada defi nitiva nos reinos divinos, de onde não mais descerá ao círculo das gerações, a não ser voluntariamente e para aí cumprir missões sublimes. 

O que é o Espiritismo?


O que é o Espiritismo
À dezoito de abril de 1857 Allan Kardec leva à público a primeira edição de "O Livro dos Espíritos", que mais tarde, em sua versão final (atual), passaria a conter 1019 perguntas numeradas, totalizando, quando consideramos as subperguntas, 1213 questões, com temário amplo e diversificado, respondidas de forma muito clara e objetiva pelos Espíritos responsáveis por trazer ao mundo novas interpretações das verdades eternas e universais.
Mas é necessário constatar e diríamos, admirar, a importância do trabalho de Kardec, que a princípio, segundo seus biógrafos, organizou cadernos e cadernos de questões já levadas aos Espíritos em reuniões familiares diversas, anteriores a 1855, ano em que ele próprio, mais de perto, pode questionar às entidades superiores sobre a Vida e a morte; o Universo e Deus; o Futuro e o nada; o Mundo imaterial enfim.
Realizando um levantamento mais atencioso, percebemos que ao menos um quinto do livro é de autoria do próprio Allan Kardec, o que dá à ele uma participação efetiva na condução dos raciocínios que se faziam tão novos no borbulhante século das luzes. Se por um lado a Doutrina Espírita deve ser compreendida como o Ensino dos Espíritos superiores, sem a figura de um revelador divino encarnado, não é menos verdade que a capacidade de aliar técnicas para melhor aproveitamento desses ensinos estava toda definida no perfil do emérito educador lionês. Kardec soube extrair dos ensinos espasmódicos dos Espíritos, um bojo uno, homogêneo, que filtrado pela universalidade dos ensinos, trouxe à lume um harmonioso conjunto, com pensamento definido, possuidor de início, meio e fim, conclusivo, objetivo, como dissemos.

Na partilha do bem


Na partilha do bem
Não te detenhas a reclamar, quando a oportunidade te faculta repartir. 

Muitos estimarão a largueza da praça, deitando cáustico verbal sobre aqueles que se elevaram à responsabilidade da evidência pública ou fabulando negativamente em torno das ocorrências do dia, sem perceber que poderiam converter o próprio tempo em amparo aos semelhantes. 

Caminharás, porém, no dever de servir. 

Compreenderás que uma hora vazia é valor depredado na edificação do bem coletivo, tanto quanto o pão desperdiçado é furto indireto à mesa daqueles irmãos que enfrentam a ameaça da fome. 

Reconhecerás que a obrigação de repartir é lei universal para todas as criaturas. 

Reparte o sol os benefícios de suas forças, reparte a fonte os donativos de suas águas. 

Divide igualmente os teus recursos, quaisquer que eles sejam, para multiplicar a felicidade comum. 

Deus, o grande Pai


Deus, o grande Pai
“Que o vosso coração não se perturbe. Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai (...).” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. III, item 1.) 


O texto inicial nos lembra Deus e sua presença imanente em toda a Terra, em todos os seres. 

Quando, nos dias de hoje, a sociedade terrena busca o equilíbrio e a solução para os seus problemas, muitos olham em derredor e nos seus falsos líderes não encontram a solução nem a resposta para as suas inquietações, restando-lhes buscar, então, humilhados, cansados, a Deus, o grande Pai. Isso, que deveriam fazer desde o início das suas lutas, só o fazem depois de algum sofrimento. 

A evangelização espírita juvenil para adolescentes infratores da lei


Justiça










Por Alessandra Maletzki Ramasine

Somos evangelizadores da infância e juventude. Semeadores de um novo tempo. Tempo de paz, de diálogo, de harmonia e afeto entre todos os cidadãos planetários, testemunhas da transição irrevogável que já se iniciou em nosso orbe. E a Doutrina Espírita, celeiro de oportunidades para essa reconstrução, nos convoca a um convívio diferenciado, estabelecido integralmente pelo respeito à diversidade da natureza espiritual de cada ser, contemplando especialmente, o tempo de despertar de cada criatura. A espiritualidade, incansavelmente, atua para que essas etapas sejam todas cumpridas a termo, sem prejuízo a grande lei de evolução. O legado dessa transformação deverá ser preservado e os nossos jovens deverão tornar-se os potenciais líderes de novas práticas, responsáveis pelo estabelecimento e manutenção de uma ética universal.

União do Espírito com a Matéria
















Pelo Espírito Víctor

Valendo-nos da máxima de O Livro dos Espíritos diremos: "...que tudo se encadeia, desde o átomo primitivo até ao arcanjo, que também começou por ser átomo."

No início, no vosso mundo terreno, tudo começa mesmo no átomo e há uma certa diferença não muito clara do que é matéria e do que é princípio espiritual; o próprio movimento presente nos corpúsculos atômicos já é, por si só, ensaio do princípio espiritual nos campos das primeiras individualizações, e o que apenas parece força de atração e repulsão, no fundo é vida que se inicia.

Não há ainda para nós, espíritos ligados à Terra, todo o conhecimento dos mecanismos que estão presentes neste começo de "individualização", se assim podemos dizer, pois na nossa apreciação o que podemos ver  são os efeitos disso tudo...

Dores e Decepções


Dores e decepções









Por Alexandre Bentes

Não será preciso um olhar muito apurado para observar o sofrimento à nossa volta. A dor se alastra visitando lares, escolas, hospitais, caminha pelas ruas, frequenta condomínios de luxo, não se intimida com festas ou datas solenes..., um breve olhar e nos certificaremos de que está em toda a parte. No entanto, qual será, sob o ponto de vista espírita, a desgraça real? A perda de um ente querido? O desemprego? Uma doença grave? A miséria? As privações?

Nossa mente se inquieta frente à dor e é fato que esta, de modo geral, nos incomoda, e dela buscamos nos afastar ou, na medida do possível, permanecer em semelhante condição o menor tempo possível. Diante dela, no entanto, revelamos muito do que somos ou conquistamos enquanto espíritos. Será bastante proveitoso refletirmos sob a nossa postura diante do sofrimento no exercício do conhecimento de si mesmo.

Que coração bate em seu peito?


Coração no peito


Por Neubert Danilo da Silva Rojas

Um hambúrguer pode ser uma iguaria com sabor atraente, mas dificilmente seria receitado como componente de uma dieta saudável.

O mesmo se dá com a vaidade, que preenchendo sem completar, iluminando com o brilho que cega, acompanha bem de perto o jovem que, confuso por desconhecer suas aptidões e características, lhe dá ouvidos. Assim, por se encontrar em meio às incríveis oscilações da sua idade e atormentado constantemente pelo temor de ser excluído em seu grupo social, esse jovem, sem uma boa orientação, opta por valores e comportamentos muito distantes dos quais ele realmente ele poderia ser, mas que são compatíveis com a sua bagagem de espírito milenar.

O Órfão


Por Dirce Oliveira


O Órfão
Porque ainda existem tantas crianças abandonadas?

Muitos de nós, ainda temos nas sensações corpóreas uma fonte de pseudo prazer, surgindo desses encontros fortuitos uma gestação sem nenhum preparo para a chegada do filho, um espírito que chamamos para estar ao nosso lado. Nas difíceis condições de prover os bens materiais também encontraremos outro motivo, e assim teremos tantos outros fatores a serem listados.... Aos quais não devemos julgar sob hipótese nenhuma, pois através da doutrina espírita, passamos a entender que esse importantíssimo momento, implica muitos débitos do passado. Por isso diante do abandono de seus pais, milhares de crianças tornam-se órfãos já na mais tenra idade, vivendo desprovidas daqueles que lhe deram a vida, e que contudo não conseguiram seguir adiante na elevada tarefa da maternidade ou da paternidade.

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