Nós e eles



Nós e eles
Não justifiques a falta de cooperação à obra da fraternidade, alegando que a Assistência Social é serviço do Governo.

Sem dúvida alguma, o problema é de nós todos.

Sabemos, através das revelações mediúnicas que afirmam a reencarnação, que o desajustado de hoje é o iníquo de ontem e que a infelicidade de agora é imposição de reajustamento do passado.

Todavia, não ignoramos que a enfermidade que disciplina, quando sem amparo moral, transforma-se em lição que revolta...

A necessidade que corrige, se não é esclarecida, faz-se miséria que corrompe...

A dor que educa, sem compreensão, transmuda-se em alucinação que envilece...

No corpo



No corpo
Há quem menospreze o corpo, alegando com isso honorificar a alma; no entanto, isso é o mesmo que combater a escola, sob o estranho pretexto de beneficiar o aprendiz.

Leve observação, porém, nos fará lembrar a importância da vida física.

Diz-se, muitas vezes, que o corpo é adversário do espírito; contudo, é no corpo que dispomos daquele bendito anestésico do esquecimento temporário, com que a cirurgia da vida, nos hospitais do tempo, nos suprime as chagas morais instaladas por nós mesmos, no campo íntimo; nele reencontramos os desafetos de passadas reencarnações, nas teias da consanguinidade ou nas obrigações do grupo de serviço para a quitação necessária de nossos débitos perante a lei que nos governa os destinos; com ele, entesouramos, pouco a pouco, os valores da evolução e 

Na esfera do Cristo



Na esfera do Cristo
Não foi fácil a tua decisão!

No momento singular da definição, tinhas percorrido as múltiplas vias do discernimento, pautando a escolha no mais elevado critério de seleção.

Examinaste, paulatinamente, as avenidas largas do conforto, onde se exibem os modelos da ilusão, vestindo indumentárias do prazer, convidativas, agradáveis.

Perlustraste as veredas longas e ajardinadas do encantamento e te deixaste ficar um pouco à sombra do arvoredo, contemplando as águas da fonte canora que seduzem muitos, e ali, por distração, gastam tempo e oportunidade.(...) 

Não te foi fácil escolher!...

Livre-Arbítrio



Livre-Arbítrio
A questão do livre-arbítrio é uma das que mais tem preocupado os filósofos e os teólogos. Conciliar a vontade, a liberdade do homem com o jogo das leis naturais e a vontade divina, pareceu tanto mais difícil quanto a fatalidade cega parecia pesar, aos olhos de um grande número, sobre o destino humano. O ensino dos espíritos elucidou o problema. A fatalidade aparente, que semeia de males o caminho da vida, é apenas a consequência do nosso passado, o efeito retornando para a causa; é o cumprimento do programa aceito por nós antes de renascermos, segundo os conselhos de nossos guias espirituais, para o nosso grande bem e nossa elevação.

Nas camadas inferiores da criação, o ser ainda se ignora. Só o instinto e a necessidade o conduzem, e é somente nos tipos mais evoluídos que aparecem, como uma aurora pálida, os primeiros rudimentos das faculdades. No estado de humanidade, a alma atingiu a liberdade moral. Seu raciocínio, sua consciência desenvolvem-se cada vez mais, à medida que percorre sua imensa jornada. Colocada entre o bem e o mal, compara e escolhe livremente. Esclarecida através de suas decepções e seus males, é no meio das provas que sua experiência se forma, que sua força moral se tempera.

Jesus e Kardec



Jesus e Kardec
Ante a revelação divina, assevera Jesus:

“— Eu não vim destruir a Lei.”

E reafirma Allan Kardec:

“— Também o Espiritismo diz: — não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.”

Perante a grandeza da vida, exclama o Divino Mestre:

“— Há muitas moradas na casa de meu Pai.”

E Allan Kardec acentua:

“— A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no Espaço Infinito e oferecem aos espíritos, que neles reencarnam, moradas correspondentes ao adiantamento que lhes é próprio.”

Grupos



Grupos
“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles.” (Jesus - Mateus, 18:20.) 


Em se tratando das tarefas conferidas aos discípulos novos, portas adentro do Espiritismo Cristão, não é difícil traçar normas para as reuniões de intercâmbio com o plano espiritual, mas o que não é fácil será organizá-las em nome de Jesus.

A circunstância de se comunicarem entidades invisíveis, em determinadas assembleias, não é bastante para 
lhes imprimir um caráter de santidade. 

Antes de mais nada, é preciso considerar os fins que as movem. Nem todos os aprendizes chegam a compreender que a esfera invisível é a continuidade da sua própria.

Espírito



Espírito
Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independente da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. 

São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuando na Obra Divina como cooperadores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. 

Perdendo-se suas origens no intrincado da complexidade das leis, transcende ao entendimento humano o mecanismo de seu nascimento e formação, princípio inteligente que são, a glorificar a Obra de Deus em toda parte. 

Em torno da virtude




Em torno da virtude
Se uma criatura possui enorme fortuna, podendo desmandar-se na prodigalidade ou na avareza, e busca empregá-la no bem-estar e no progresso, na educação e no aprimoramento dos semelhantes...

Se dispõe de autoridade com recursos para manejar a própria influência em seu exclusivo proveito, e procura aplicá-la no auxílio aos outros...

Se sofre acusação indébita com elementos para justiçar-se do modo que considere mais justo, e prefere esquecer a ofensa recebida, reconhecendo-se igualmente passível de errar...

Se já efetuou, em favor de alguém, todos os serviços ao seu alcance, recolhendo invariavelmente a incompreensão por resposta, e prossegue amparando esse alguém, através dos meios que se lhe fazem possíveis, sem exigência e sem queixa...

Caridade e Tolerância




Caridade e Tolerância
Milhares de criaturas esperavam-no coroado de louros, numa carruagem de glória.

Ele, o Grande Renovador, deveria surgir numa apoteose de exaltação individual.

O trono dourado.

O cetro imponente.

O laurel dos triunfadores.

A túnica solar.

Os olhos injetados de orgulho.

O verbo supremo.

A exibição de riquezas.

Os espetáculos de poder.

A escolta angélica.

As sentenças inapeláveis.

Auxiliar




Auxiliar
“Eis que o semeador saiu a semear...” (Jesus — Mateus, 13:3.)

“A perfeição está toda inteira, como disse o Cristo, na prática da caridade absoluta; mas os deveres da caridade se estendem a todas as posições sociais, desde a mais humilde até a mais elevada.” (O Evangelho Segundo o  Espiritismo, cap. 17, item 10.)


 Auxiliar, amparar, consolar, instruir!...

 Para isso, não aguardes o favor das circunstâncias.

 Jesus foi claro no ensinamento.

 O semeador da parábola não esperou chamado algum.

 Largou simplesmente as conveniências de si mesmo e saiu para ajudar.

O Mestre não se reporta à leiras adubadas ou a talhões escolhidos. Não menciona temperaturas ou climas. Não diz se o cultivador era proprietário ou rendeiro, se moço no impulso ou amadurecido na experiência, se detinha saúde ou se carregava o ônus da enfermidade.

Atualidade Espírita




Atualidade Espírita
Espíritas!

O mundo de agora é o campo de luta a que fostes conclamados para servir.

Todas as rotas oferecem contradições terríveis.

A cada trecho, surpreendemos os que falam em Cristo, negando-lhe testemunho.

Ouvimos os que pregam desinteresse, agarrando-se à posse; os que se referem à união, disseminando a discórdia; os que exaltam a humildade, embriagando-se de orgulho; e os que receitam sacrifício para uso dos outros, sem se animarem a tocar com um dedo os fardos de trabalho que os semelhantes carregam!...

Ontem, contudo, noutras reencarnações, éramos nós igualmente assim...

Administradores



Administradores
“Honrai o rei.” (I Pedro 2:17.)


O espírito desprevenido que lesse superficialmente a recomendação de Pedro, talvez fosse induzido a inferiores considerações.

Não seria manifestação servil do apóstolo recomendar os príncipes do mundo ao respeito dos aprendizes do Evangelho?

Não seria expressão de medo, o propósito de cativar a atenção de dominadores?

Entretanto, aquele Simão muito amado, cheio de luz do Pentecostes, escreveu a pequenina indicação, evidenciando sabedoria divina.

A Prece



A Prece
Orar pelos espíritos infelizes, orar com compaixão, com amor, é uma das formas mais eficazes da caridade. Todos podem exercê-la, todos podem facilitar o desligamento das almas, abreviar a duração da perturbação que ressentem após a morte, por um impulso caloroso do pensamento, por uma lembrança benévola e afetuosa. A prece facilita a desagregação corporal, ajuda o espírito a desvencilhar-se dos fluidos grosseiros que o acorrentam à matéria. Sob a influência das ondas magnéticas que projeta uma vontade poderosa, o torpor cessa, o espírito reconhece- se, retoma a posse de si mesmo.

A prece por outrem, por nossos próximos, pelos infortunados e os doentes, quando feita com um coração reto e uma fé ardente, pode também produzir efeitos salutares. Mesmo quando as leis do destino causam-lhe obstáculos, quando a provação deve ser cumprida até o fim, a prece não é inútil. Os fluidos benévolos que traz em si acumulam-se para derramarem-se, durante a morte, no perispírito do ser amado.

A Fé



A Fé
A fé é a confiança do homem nos seus destinos, o sentimento que o leva na direção da Potência Infinita; é a certeza de estar seguro no caminho que conduz à verdade. A fé cega é como um fanal, cujo foco vermelho não pode atravessar o nevoeiro; a fé esclarecida é um farol poderoso que ilumina com uma viva claridade a estrada a percorrer.

Não se adquire essa fé sem ter passado pelas provas da dúvida, por todas as angústias que vêm sitiar os investigadores. Há aqueles que não atingem senão a uma opressiva incerteza e que flutuam, longo tempo, entre correntes contraditórias. Feliz daquele que crê, sabe, vê e caminha com segurança! Sua fé é profunda, inabalável. Ela o torna capaz de superar os maiores obstáculos. É nesse sentido que se pode dizer, no sentido figurado, que a fé transporta montanhas; as montanhas representam, aqui, as dificuldades no caminho dos inovadores, as paixões, a ignorância, os preconceitos e o interesse material. 

A marca de um dever



A marca de um dever
“O dever é a obrigação moral, diante de si mesmo em primeiro lugar, e, depois, dos outros. O dever é a lei da vida; ele se encontra nos mínimos detalhes e também nos atos mais elevados(...)” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. CELD,  Cap. XVII, item 7)


As alegrias de um encontro espiritual são inúmeras e os homens que se dedicam a utilizar horas, mentes, destinos na direção do bem multiplicam seus créditos na espiritualidade, em função dos trabalhos que assumem. 

Cada um traz em si a marca de um dever: há o dever do mundo, há o dever mediúnico, há o dever do aprendizado, há o dever do ensino, há o dever da maternidade e há o dever que a profissão impõe. Cada um traz em si a função para a qual veio talhado. 

A educação




A educação
É através da educação que as gerações se transformam e se aperfeiçoam. Para se ter uma sociedade nova é preciso homens novos. Por isso, a educação, desde a infância, é de uma importância capital.

Não basta ensinar à criança os elementos da Ciência. Tão essencial quanto saber ler, escrever, calcular, é ensinar a governar-se, a conduzir-se como ser racional e consciente; é entrar na vida, armado não apenas para a luta material, mas sobretudo para a luta moral. Ora, é com isso que menos se ocupa. Presta-se mais atenção em desenvolver as faculdades e os lados brilhantes da criança, não, porém, suas virtudes. Na escola, como na família, negligencia-se muito em esclarecê-la sobre seus deveres e sobre seu destino. Assim, desprovida de princípios elevados, ignorando o objetivo da vida, no dia em que entra na vida pública, entrega-se a todas as armadilhas, a todos os arrastamentos da paixão, num meio sensual e corrompido.

O Perispírito



O Perispírito
Como será o tecido sutil da espiritual roupagem que o homem envergará, sem o corpo de carne, além da morte?

Tão arrojada é a tentativa de transmitir informes sobre a questão aos companheiros encarnados, quão difícil se faria esclarecer à lagarta com respeito ao que será ela depois de vencer a inércia da crisálida.

Colado ao chão ou à folhagem, arrastando-se, pesadamente, o inseto não desconfia que transporta consigo os germes das próprias asas.

O perispírito é, ainda, corpo organizado que, representando o molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro, demorando-se na região que lhe é própria, em conformidade com o seu peso específico...

Organismo delicado, com extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento. É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir.

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