Ter e manter


Ter e manter
“Porque ao que tem ser-lhe-á dado; e ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.” — Jesus, Marcos, 4:25.
“Não é Deus quem retira àquele que pouco havia recebido, é o seu próprio espírito que, pródigo e indolente, não sabe conservar o que tem e aumentar, fecundando-a, a dádiva caída em seu coração.Aquele que não cultiva o campo que seu pai ganhou com o trabalho, e lhe deixou como herança, vê esse campo cobrir-se de ervas parasitas.É seu pai quem lhe tira as colheitas que ele não quis preparar?” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 18, item 15)



Reflitamos em alguns quadros da vida: a quem se consagra ao serviço, mantendo o trabalho, mais progresso; a quem auxilia o próximo, mantendo a fraternidade, mais recursos; a quem respeita o esforço alheio, mantendo a colaboração em louvor do bem, mais estima; a quem estuda, mantendo a instrução geral, mais cultura; a quem cultiva compreensão, mantendo a concórdia, mais clareza; a quem confunde os outros, mantendo a obscuridade, mais sombra; a quem se queixa, mantendo o azedume, mais desânimo; a quem se irrita, mantendo a agressividade, mais desespero; a quem cria dificuldades, no caminho dos semelhantes, mantendo obstáculos, mais problemas.

Que buscais?


Que buscais?
Esta simples indagação do Senhor, aos dois discípulos que o seguiam, é dirigida presentemente a todos os lidadores do Espiritismo, diante da Boa-nova renascente no mundo. 

Ao obreiro modesto da assistência fraternal, exprime a Voz Superior a reclamar-lhe os frutos na colheita do bem. 

Ao colaborador da propaganda doutrinária, representa a interpelação incessante acerca da tarefa de resguardar a pureza dos postulados que consolam e instruem. 

Ao orientador das assembleias de nossa fé, é a pergunta judiciosa, quanto à qualidade do esforço no cumprimento dos deveres que lhe competem. 

Ao servidor da evangelização infantil, surge a interrogação do Divino Mestre qual brado de alerta relativamente ao rumo escolhido para a sementeira de luz. 

O pensamento


O pensamento
Para dar ao pensamento toda sua força e sua amplitude, nada é mais eficaz que a pesquisa dos grandes problemas. Para bem exprimir, é preciso sentir intensamente; para apreciar as sensações elevadas e profundas, é necessário remontar à fonte de onde se originam toda vida, toda harmonia, toda beleza.

O que há de nobre e de elevado, no domínio da inteligência, emana de uma causa eterna, viva e pensante. Quanto maior é a impulsão do pensamento em direção a esta causa, mais alto ele paira, mais radiosas são, também, as claridades entrevistas, mais inebriantes as alegrias sentidas, mais poderosas as forças adquiridas, mais geniais as inspirações! Depois de cada voo, o pensamento retorna, vivificado, esclarecido, ao campo terrestre, para retomar a tarefa, através da qual continuará crescendo, pois é o trabalho que faz a inteligência, como é a inteligência que faz a beleza, o esplendor da obra concluída.

O Espiritismo


O Espiritismo
O Espiritismo alarga a noção de fraternidade. Estabelece, através dos fatos, que ela não é apenas um conceito puro, mas uma lei fundamental da Natureza, lei cuja ação se exerce sobre todos os planos da evolução humana, tanto do ponto de vista físico quanto espiritual, no visível como no invisível. Pela sua origem, pelos fins que lhes estão assinalados, todas as almas são irmãs.

Assim, essa fraternidade, que os messias têm proclamado em todas as grandes épocas da História, encontra, no ensino dos espíritos, uma base nova e uma sanção. Não é mais a fria e banal afirmação inscrita na fachada de nossos monumentos; é a fraternidade viva das almas que, em conjunto, emergem das obscuridades do abismo e sobem o calvário das existências dolorosas; é a iniciação comum, através do sofrimento; é a reunião final na luz.

Lugar depois da morte


Lugar depois da morte
Muitas vezes perguntas, na Terra, para onde seguirás quando a morte venha a surgir...

Anseias, decerto, a ilha do repouso ou o lar da união com aqueles que mais amas...

Sonhas o acesso à felicidade, à maneira da criança que suspira pelo colo materno...

Isso, porém, é fácil de conhecer.

Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações: nos compromissos no plano familiar;nas responsabilidades da vida pública; no campo dos negócios materiais; na luta pelo próprio sustento...

O dever, no entanto, é impositivo da educação que nos obriga a parecer o que ainda não somos, para sermos, em liberdade, aquilo que realmente devemos ser.

Estudo


Estudo
“A explicação dos fatos admitidos pelo Espiritismo, suas causas e suas consequências morais, constituem toda uma ciência e toda uma filosofia, que requerem um estudo sério, perseverante e aprofundado.” (O Livro dos Médiuns – Primeira Parte – Cap. II) 


Mediunidade sem estudo pode ser comparável a uma locomotiva correndo fora dos trilhos. 

O primeiro e mais importante dever do médium é, sem dúvida, o de estudar. 

Não basta ser médium para deter o conhecimento espírita, assim como não basta ser espírito liberto da matéria para possuir toda a sabedoria acerca do mundo espiritual. Existem espíritos tão ou mais ignorantes do que os médiuns dos quais se servem. 

Afora a necessidade de tomar parte nas reuniões de estudos do centro espírita a que esteja vinculado, o médium deve estudar por conta própria, procurando ampliar os seus conhecimentos, permutando ideias com os companheiros mais experientes da jornada humana. 

Espiritismo aplicado


Espiritismo aplicado
“Que o homem se utilize do Espiritismo para a sua melhoria moral, eis o essencial; mais que isso constitui apenas uma curiosidade estéril e, muitas vezes, orgulhosa, cuja satisfação não o fará dar nenhum passo adiante; o único meio de progredir é tornar-se melhor.”  (O Livro dos Médiuns, primeira parte, cap. IV)


A finalidade precípua do Espiritismo é melhorar o homem. 

Todos os seus esforços devem concentrar-se neste sentido. 

Aquele que deseje desenvolver as suas potencialidades medianímicas, canalizando-as para o bem, deve aprimorar- se interiormente, aplicando o Espiritismo à sua própria vida. 

Mediunidade sem Doutrina é uma luz que deslumbra. 

Muitos ambicionam incursões pelo mundo da mediunidade, aspirando a revelações para as quais não se encontram preparados. 

A revelação espírita é gradativa e acompanha o progresso da Humanidade.

Companheiros


CompanheirosHá muitos companheiros realmente assim...

Declaram-se espíritas.

Proclamam-se convencidos quanto à sobrevivência.

Relacionam casos maravilhosos.

Exibem apontamentos inatacáveis.

Referem-se, frequentemente, aos sábios, que pesquisaram as forças psíquicas.

Andam de experiência em experiência.

Fitam médiuns como se vissem animais raros.

Não alimentam dúvidas quanto aos fatos inabituais no seio da própria família, mas desconfiam das observações nascidas no lar de outrem.

Caridade Anônima


Caridade anônima
Formam legiões em lamentável agrupamento de dor. 

Agregam-se por afinidades dos malogros e das emoções. 

Perturbam-se, engalfinhados em ruidosas pelejas, e perturbam. 

Experimentam as vicissitudes dos fracassos e reboleiam-se na angústia desarvorada, adensando-se em nuvem fantástica de desespero. 

Ensimesmados, alguns parecem hipnotizados na autopunição, azorragados pelo remorso tardio ou pela  flagelação do arrependimento inoperante. 

São os irmãos desencarnados, que atravessaram os umbrais do túmulo, ignorando as realidades da vida espiritual ou que malsinaram as moedas da fé em loucura inominável. 

Amanhã


Amanhã
Muitas vezes, por semana, repetimos a palavra “amanhã”.

Costumamos dizer “amanhã” para o vizinho que nos pede cooperação e consolo.

Habitualmente relegamos para amanhã toda tarefa espinhosa. 

Sempre que surte a dificuldade, pedindo maior esforço, apelamos para amanhã.

Sem dúvida, o “amanhã” constitui luminosa esperança, com a renovação do Sol no caminho, mas também representa o serviço que deixamos de realizar.

É da lei que a conta durma com o devedor, acordando com ele no dia seguinte.

No instituto da reencarnação, desse modo, transportamos conosco, seja onde for, as oportunidades do presente e os débitos do passado. 

Abordagem Mediúnica


Abordagem Mediúnica
No exato momento do transe, a cabeça do médium se transforma numa espécie de  caixa de  ressonância; talvez fosse apropriado dizermos que a alma do medianeiro se transfigura numa caixa de sons e de imagens — sons e imagens dos dois lados da vida que, por vezes, se confundem, de modo a nem o médium e nem o 
espírito saberem, com clareza, de onde, em realidade, se originam. Por este motivo, na maioria das vezes, o sensitivo encarnado alimenta dúvidas quanto à autenticidade do fenômeno que protagoniza. Por outro lado, dependendo do grau consciencial do desencarnado, poderá ele mesmo, ainda que de maneira fugaz, imaginar-se no corpo, perdendo temporariamente a noção de si mesmo. 

A Reforma do Caráter


A Reforma do Caráter
Não há progresso possível sem uma observação atenta de nós mesmos. É preciso vigiar todos os nossos atos impulsivos, a fim de conseguirmos saber em que sentido devemos direcionar nossos esforços para nos melhorarmos. Primeiro, regular a vida física, reduzir as necessidades materiais ao necessário, para assegurar a saúde do corpo, este instrumento indispensável ao nosso papel na Terra. Depois, disciplinar nossas impressões, nossas emoções; exercitar-nos em dominá-las, em utilizá-las como agentes de nosso aperfeiçoamento moral. Aprender, sobretudo, a esquecer a nós mesmos, a fazer o sacrifício do eu, a nos despojar de qualquer sentimento de egoísmo. Só somos verdadeiramente felizes, neste mundo, na medida em que sabemos esquecer a nós mesmos.

A Consciência. O Sentido Íntimo


A Consciência. O Sentido Íntimo
A consciência é, portanto, como diz W. James, o centro da personalidade, centro permanente, indestrutível, que persiste e se mantém, através de todas as transformações do indivíduo. A consciência é não só a faculdade de perceber, mas também o sentimento que temos de viver, de agir, de pensar, de querer. Ela é una e indivisível. A pluralidade de seus estados nada prova, como vimos, contra essa unidade. Estes estados são sucessivos, como as percepções que a eles se ligam e, não, simultâneos. Para demonstrar que existem, em nós, vários centros autônomos de consciência, ter-se-ia de provar também que há ações e percepções simultâneas e diferentes; mas isto não é assim, nem pode ser. 

Todavia, a consciência, em sua unidade, apresenta, nós o sabemos, vários planos, vários aspectos. Física confunde-se com o que a Ciência chama de sensorium, isto é, a faculdade de concentrar as sensações

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