Sejamos Piedosos


Sejamos Piedosos
Sejamos piedosos para com os pequenos, os débeis, os aflitos, para com todos aqueles que sangram os ferimentos da alma e do corpo. Procuremos os lugares onde as dores abundam, onde os corações se partem, onde as existências se ressecam no desespero e no esquecimento. Desçamos nesses abismos de miséria, a fim de aí levar as consolações que restauram, as boas palavras que reconfortam, as exortações que vivificam, a  fim de ali fazer luzir a esperança, esse sol dos desgraçados. Esforcemo-nos para daí arrancar alguma vítima, para purificá-la, salvá-la do mal, abrir-lhe o caminho honroso. Será somente pelo devotamento e a afeição que aproximaremos as distâncias, que preveniremos os cataclismos sociais, exterminando o ódio que se incuba no coração dos deserdados.

Tudo o que o homem faz pelo seu irmão grava-se no grande livro fluídico cujas páginas se desenrolam através do Espaço, páginas luminosas onde se inscrevem nossos atos, nossos sentimentos, nossos pensamentos. E essas dívidas nos serão pagas, amplamente, nas existências futuras.

Ricos e Riquezas


Ricos e Riquezas
Habituamo-nos a considerar riqueza exclusivamente como sendo os chamados bens móveis, imóveis e semoventes, que constem do balanço patrimonial de instituições ou pessoas. 

Riqueza, porém, é todo valor que consiga atender às necessidades humanas. Abastança pode estar nisso ou naquilo. 

Há ricos de todas as condições.

Companheiros existem que, com os títulos acadêmicos que lhes exornam a personalidade, possuem as mais 
avançadas aquisições de conhecimento, categorizados em si por verdadeiras enciclopédias. 

São os ricos de cultura, ante os necessitados de instrução que se erguem do mais rigoroso analfabetismo. 

Reino dos Céus


Reino dos Déus
Pesquisaste, arrebatado, páginas comoventes e nobres que encerravam a linguagem do Reino dos Céus. 

Ouviste expositores fluentes, informando as excelências do Reino dos Céus. 

Acompanhaste missionários que erigiram templos onde se pudessem guardar as mensagens do Reino dos Céus. 

Meditas, extasiado, sobre as paisagens do Reino dos Céus. 

E sonhas, fascinado, ante a esperança de entrares no Reino dos Céus. 

Todavia estás na Terra... 

Lama e dor em toda parte.

Pobreza e Riqueza


Pobreza e Riqueza
O pobre, pobre de humildade e de espírito de serviço, é o irmão dileto do rico, rico de avareza e indiferença. 

O pobre, rico de resignação e de atividade no bem, é o companheiro ideal do rico, rico de bondade e entendimento. 

Pobreza e riqueza são portas abertas à glorificação espiritual.

Na primeira, é mais fácil aprender a servir; na segunda, a ciência de dar exibe agradável acesso. 

Não vale a pobreza sem a conformação e ruinosa é a riqueza insensata. 

Pedidos


Pedidos
Não peças aos amigos espirituais para que te rasguem um veio de ouro. 

A fortuna imerecida pode sepultar-te o coração na cova da preguiça. 

Não peças aos benfeitores da Vida Maior para que sejas conduzido ao leme do poder. 

A autoridade inoportuna pode encurralar-te no fogo da violência.

Não peças aos instrutores de outras esferas que te ofertem segredos da perfeição corpórea.

A beleza efêmera pode situar-te no vício.

Tudo se encadeia


Tudo se encadeia
Tudo se encadeia e se liga no Universo, tanto no moral como no físico, dizem-nos os espíritos. Na ordem dos fatos, do mais simples ao mais complexo, tudo é regulado por uma lei; cada efeito se refere a uma causa, e cada causa engendra um efeito idêntico a ela própria. Daí, no domínio moral, o princípio de justiça, a sanção do bem e do mal, a lei distributiva que dá a cada um segundo suas obras. Como as nuvens formadas pela vaporização solar recaem fatalmente como chuva sobre o solo, assim também as consequências dos atos efetuados recaem sobre seus autores. Cada um desses atos, cada uma das volições do nosso pensamento, segundo a força de impulsão que lhe foi impressa, efetua sua evolução para retornar com seus efeitos, bons ou maus, em direção à fonte que os produziu.

Orgulho e Humildade

Orgulho e Humildade



Bate papo com Paulo Cordeiro





Pergunta: Qual é a origem do orgulho?


Orgulho, definição segundo o Aurélio: "Sentimento de dignidade pessoal, brio, altivez e conceito elevado ou exagerado de si mesmo." 

Definição da Doutrina Espírita: "Imperfeição espiritual que demonstra ausência de humildade."

O orgulho se contrapõe à humildade.

Concluímos que o orgulho é um exagero de auto-valorização como sendo uma opinião a nosso próprio respeito que não se iguala à nossa realidade interior. 


Pergunta: Sabemos, pelos ensinamentos da Doutrina Espírita, que cada pessoa tem seu livre arbítrio, e que não devemos intervir nele. Porém, como atuar com caridade, no sentido de auxiliar a uma pessoa que, por orgulho, mergulha cada vez mais fundo num poço de tristeza e sofrimentos?


O Mestre Jesus sempre ensinou a seus apóstolos, dando como exemplo a Natureza e demonstrando através dela, que as leis de Deus são perfeitas no mundo natural. Nada está fora do lugar na Natureza, nada é falseado no cumprimento das leis de Deus no mundo natural. Com a Doutrina Espírita aprendemos que o espírito também é uma das potências da natureza e criado por Deus para agir naturalmente sob as Leis Divinas. É nosso dever de caridade lembrarmos aos apaixonados pelo orgulho que esse sentimento nos leva a um profundo desequilíbrio dentro do universo, colocando-nos em posição desarmônica com as Leis Superiores. Deus age no universo por nosso intermédio. Devemos, portanto, harmonizar a nossa visão anterior com a Lei de Amor que a tudo preside e lembrarmos aos orgulhosos que ninguém piora. A Lei é de evolução e melhoria infinitas.

Orgulho


Orgulho
De todos os vícios, o mais terrível é o orgulho, pois semeia, na sua passagem, os germens de quase todos os outros vícios. Desde que tenha penetrado numa alma, assim como numa praça conquistada, estabelece-se como senhor, instala-se, aí, à vontade, e fortifica-se ao ponto de se tornar inexpugnável. É a hidra monstruosa, sempre a procriar e cujos rebentos são monstruosos como ela.

Infeliz do homem que se deixou apanhar pelo orgulho! Só poderá libertar-se ao preço de terríveis lutas, depois de dolorosas provações, de existências obscuras, de um futuro todo de rebaixamento e de humilhação, pois aí está o único remédio eficaz para os males que o orgulho engendra.

O dever


O dever
O dever é o conjunto das prescrições da lei moral, a regra de conduta do homem nas suas relações com seus semelhantes e com o Universo inteiro. Figura nobre e santa, o dever plana acima da Humanidade, inspira os grandes sacrifícios, os puros devotamentos, os belos entusiasmos. Risonho para uns, temível para outros, sempre inflexível, ergue-se diante de nós e nos mostra essa escada do progresso, cujos degraus se perdem nas alturas incomensuráveis. 

O dever não é idêntico para todos. Varia segundo nossa condição e nosso saber. Quanto mais nos elevamos, mais ele adquire aos nossos olhos grandeza, majestade, extensão. Seu culto, porém, é sempre agradável ao sábio, e a submissão às suas leis é fértil de alegrias íntimas, às quais nada pode se igualar. Por

Mordomias


Mordomias
— Estamos construindo um mundo novo — disse Cláudio ao jovem advogado que aderia ao trabalho do grupo, e sem criticar os costumes de vários países, desejaria conhecer o pensamento de Cristo sobre mordomias. Não me lembro de nenhuma passagem do Novo Testamento que nos conduza às ideias e opiniões do Divino Mestre nesse sentido... Um professor dos que se achavam presentes tomou a palavra e informou: 

— Jesus era contrário a semelhante sistema de privilégios inaceitáveis. 

— Em que tópico será possível encontrar as conclusões a que o senhor terá chegado? Falou o rapaz... 

O educador buscou um exemplar do Novo Testamento e em voz alta narrou a expressiva história de um homem avaro entre os capítulos 19 a 21 do Evangelho do Apóstolo São Lucas: 

Lázaro e o rico


Lázaro e o rico
Recordemos a lição de Jesus na Parábola, para que não Lhe percamos a bênção do conteúdo. 

Não se ergueu Lázaro ao paraíso por que fosse pobre, nem desceu o rico aos abismos da sombra por que houvesse granjeado a fortuna entre os homens. 

O primeiro elevou-se à glória de Abrahão pela humildade com que se portou na prova recebida. 

Arrojou-se o segundo ao seio atormentado das trevas pela displicência com que usufruiu da posição e do dinheiro que o mundo lhe oferecia. 

Enganos ante os espíritos


Enganos ante os espíritos
Julgar que todos os espíritos benevolentes que se comunicam na Terra são instrumentos imaculados. Desencarnação é vida em outra face. 

Considerar que eles veiculam princípios de virtude, como se fossem anjos flanando nos céus, dando conselhos que nada lhes custa. O professor reconhece-se impelido a disciplinas mais austeras que as dos alunos para ser digno da missão de ensinar. 

Chamá-los, a propósito de bagatelas. Criaturas relativamente educadas sabem respeitar os horários alheios. 

Solicitar-lhes concurso em problemas estritamente materiais. Nenhum de nós, conquanto satisfeitos de ser úteis, furtará obrigações dos outros, das quais eles necessitam para a segurança da própria felicidade. 

Censurá-los por não estarem à nossa inteira disposição. Amigos sinceros e conscientes não escravizam amigos. 

Contradições Mediúnicas


Contradições Mediúnicas
“O mesmo espírito, comunicando-se em dois centros diferentes, poderá  transmitir-lhes, sobre o mesmo assunto, respostas contraditórias? Se os dois centros diferem, entre si, relativamente às opiniões e às ideias, a resposta poderá chegar-lhes desfigurada, porque eles se encontram sob a influência de diferentes colunas de espíritos; não é a resposta que é contraditória, é a maneira pela qual é dada.” (O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, Cap. 27.)

Meditemos com atenção na resposta que os espíritos deram a Allan Kardec sobre o tema ora em estudo. 

Os Espíritos Superiores jamais se contradizem. 

Os médiuns, entretanto, podem adulterar, consciente ou inconscientemente, o pensamento dos espíritos. 

Os próprios espíritos, quando se servem de intermediários entre si e os homens, podem ter as suas ideias deturpadas. 

Conhecimento do futuro


Conhecimento do futuro
Em todos os tempos os homens quiseram conhecer o futuro, e faríamos vários volumes sobre os meios inventados pela superstição para levantar o véu que cobre nosso destino. Escondendo-o de nós, a Natureza 
foi muito sábia; cada um de nós tem sua missão providencial na grande colmeia humana, e concorre para a obra comum na sua esfera de atividade. Se soubéssemos, com antecedência, o  final de cada coisa, não se duvida de que a harmonia geral com isso não sofreria. Um futuro feliz, seguro, tiraria do homem qualquer atividade, já que não teria necessidade de esforço algum para chegar ao objetivo a que ele se propõe: seu bem-estar. Todas as forças físicas e morais estariam paralisadas, e a marcha progressiva da Humanidade teria parado. A certeza da infelicidade teria as mesmas consequências, por efeito do desencorajamento; cada um renunciaria a lutar contra a perda definitiva do destino. O conhecimento absoluto do futuro seria, portanto, um presente

Amor de Deus


Amor de Deus
Na majestosa harmonia do Universo e na sua impenetrável grandiosidade, ressalta, eloquente, a presença do 
amor de Deus. 

Somente o amor é o programador perfeito para a exuberância infinita das galáxias e o matemático exato para dar-lhe equilíbrio cósmico com tal precisão que extasia a mente humana, que ora começa a compreender as leis de sustentação e de ordem vigentes em toda parte. 

Esse amor se manifesta no hálito da vida, que dá, a uma débil raiz, a força de fender uma rocha ou de extrair 
do húmus da terra o perfume da flor e o sabor do fruto, transmutando a água e o ácido carbônico em madeira e em açúcar...  

A sua força atrai as moléculas e perpetua as espécies, estabelecendo, nos códigos genéticos da hereditariedade, as leis de vinculação com os ancestrais e as diretrizes para a posteridade. 

A presença de Deus


A presença de Deus
Em plena glória da Criação o homem vê, ouve, sente, pensa e, não poucas vezes, dá-se conta da presença de Deus. 

Busca-o na dor, roga-lhe auxílio quando se lhe debilitam as forças, suplica-lhe soluções para os problemas que engendra, e tomba na revolta caso não seja atendido no que deseja e conforme aspira. A sua imaturidade psicológica supõe-no um Ser com pendores protecionistas e com paixões humanas, capaz de conceder privilégios a uns em detrimento de outros, simultaneamente portador de caprichos que se exteriorizam em indiferença pelas criaturas como desforços e vinganças ao encontrar-se contrariado... 

Normalmente ficam de lado, nos programas de reflexões, os pensamentos e análises sobre a Divindade. 

Aqueles que a aceitam, fazem-no por automatismo; aqueloutros que a negam, não se preocupam em reconsiderar os conceitos. Dizem-se brigados, há muito tempo, decepcionados. Outros, porém, desistem de meditar em torno da questão, porque se creem incapazes de qualquer entendimento. 

Tesouros ocultos


Tesouros ocultos
Ainda existe quem se dirija aos companheiros desencarnados perguntando por tesouros ocultos. 

Tais consulentes, guardando imaginação doentia, mentalizam recipientes encravados no subsolo ou no corpo de lodosas paredes, a vazarem moedas e preciosidades que lhes atendam aos pruridos de usura. 

E martelam a mediunidade inexperiente e pedem sonhos reveladores... 

Mas os amigos espirituais, realmente esclarecidos, tudo fazem para que os irmãos da escola física não encontrem semelhantes bombas douradas que, provavelmente, lhes explodiriam nas mãos, em forma de crime. Entretanto, cada criatura humana surge do berço para descobrir os talentos que traz, independentemente da fortuna terrestre, a fim de ajudar aos outros, valorizando a si mesma. 

A mulher e o homem aproveitam o amor que dimana gratuitamente de Deus e erguem o santuário do lar, em 
que se escondem imperecíveis tesouros da alma. 

União do princípio espiritual e a matéria


União do princípio espiritual e a matéria
Devendo a matéria ser o objeto do trabalho do espírito para o desenvolvimento das suas faculdades, seria necessário que ele pudesse agir sobre a matéria, razão pela qual ele veio habitá-la, assim como o lenhador habita a floresta. A matéria tendo que ser, ao mesmo tempo, objeto e instrumento do trabalho, Deus, em vez de unir o espírito à pedra rígida, criou, para o seu uso, corpos organizados, flexíveis, capazes de receber todos os impulsos da sua vontade e de se prestarem a todos os seus movimentos.

Assim, o corpo é simultaneamente o envoltório e o instrumento do espírito e, à medida que este adquire novas aptidões, reveste um envoltório adequado ao novo gênero de trabalho que deve realizar, assim como se dá a um operário ferramentas menos grosseiras, à medida que ele é capaz de fazer uma obra mais delicada.

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