Ao companheiro espírita


Ao companheiro espírita
Afirma Allan Kardec “que se reconhece o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar as tendências inferiores”. 

Quem se transfigura por dentro, no entanto, pensa por si, e quem raciocina por si desata as amarras dos preconceitos e escala renovações, no rumo do conhecimento superior pelas vias do espírito. 

É por isso que o raciocínio claro te arrancou ao ninho da sombra. 

Não mais para nós o claustro nebuloso da fé petrificada em que se nos desenvolvia o entendimento, em multimilenária gestação. 

Cessou para nós a nutrição mental por endosmose, no bojo dos pensamentos convencionais. 

Abrigo Íntimo


Pedes abrigo no tumulto que habitualmente aparece diante das grandes renovações. Entretanto, as possibilidades para o levantamento de semelhante refúgio estão em ti mesmo.

Rememora a proteção sob a qual vieste ao Plano Físico. 

De nada dispunhas, além do amor com que te acolheram, no entanto, não te faltou apoio para o crescimento nem luz bastante para que se te clareassem os pensamentos.

Relaciona os empréstimos da vida com que ao mundo te vinculaste:

oportunidades que te honraram;
afetos que te surgiram;
meios que obtiveste;
lições que te enobreceram.

Soma as bênçãos que te enriquecem e pensa na aplicação respectiva que se te pede para a elevação do futuro.

A Lei Moral


A Lei Moral
A posse, a compreensão da lei moral é, com efeito, o que há de mais necessário e de mais precioso para a alma. Ela nos permite medir nossos recursos interiores, regular- lhes o exercício, dispô-los, tendo em vista nosso maior bem. Nossas paixões são forças, perigosas quando nos fazemos escravos, úteis e benfeitoras quando sabemos dirigi-las; dominá-las, é ser grande; deixar-se dominar por elas, é ser pequeno e miserável. 

Leitor, se quer libertar-se dos males terrestres, escapar das reencarnações dolorosas, grave em si essa lei moral e coloque-a em prática. Dê apenas o indispensável ao homem material, ser efêmero que desaparecerá com a morte; cultive, com cuidado, o ser espiritual, que viverá para sempre. Desprenda-se das coisas perecíveis; honras, riquezas, prazeres mundanos, tudo isso é apenas fumaça; somente o bem, o belo, o verdadeiro é que são eternos! 

A Lei dos Destinos


Após a prova das vidas sucessivas, o caminho da existência se acha desobstruído; a rota firme e segura está traçada. A alma vê claramente seu destino, que é a ascensão à mais alta sabedoria, à luz mais viva. A equidade governa o mundo; nossa felicidade está em nossas mãos. Tendo como objetivo a beleza e como meios a justiça e o amor, o Universo não pode mais falir. Desde então, todo temor quimérico, todo pavor do Além se desfazem. Em vez de temer o futuro, o homem desfruta da alegria das certezas eternas. Com a confiança no porvir, suas forças se redobram; seu esforço para o bem será, por isso, centuplicado. 

Todavia, ainda se faz uma pergunta: através de que forças secretas a ação da justiça se exerce no encadeamento de nossas existências?

A Criação Universal


A Criação Universal
Após haver recuado, tanto quanto nos permite a nossa fraqueza, em direção à fonte oculta de onde provêm os mundos, como as gotas de água que se originam de um rio, consideremos a marcha das criações sucessivas e de seus desenvolvimentos seriais. 

A matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que estendem suas magnificências diante da eternidade. Ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira avó 
e, além disso, a eterna geratriz. Essa substância, que dá origem às esferas siderais, absolutamente, não desapareceu. Essa potência não está morta, uma vez que ainda dá luz, incessantemente, a novas criações e recebe, incessantemente, os princípios reconstituídos dos mundos que se apagam do livro eterno. 

Reunião Mediúnica Séria


Comparemos a reunião mediúnica séria a um concerto de orquestra.

O êxito do espetáculo decorre da perfeita sincronização entre os músicos, seus instrumentos, o condutor e o público.

Qualquer destaque entre os membros da orquestra se transforma em prejuízo na harmonia do conjunto.


Qualquer desequilíbrio na plateia resulta em agressão à harmonia musical.

Desse modo, através de uma perfeita sintonia entre aqueles que apresentam a partitura musical e os que se deleitam com ela, logramos o resultado para a manifestação da beleza.

Corpo e alma


Corpo e alma
Reservas tempo e espaço para o corpo, que te exige proteção e cuidados. 

Fazes bem. Todavia, necessitas dispensar assistência à alma que te sustenta e conduz. 

Preservas os equipamentos orgânicos mediante higiene, alimentação, vestuário, remédios. 

É teu dever. Sem embargo, cumpre-te conceder forças morais à alma, que se encarrega de pôr em funcionamento todos esses mecanismos com a indispensável precisão. 

Selecionas acepipes, combinas receitas e dietas, facultas repouso e diversão ao invólucro material. 

O Instinto e a Inteligência


O Instinto e a Inteligência
A controvérsia prosseguia... 

Alfredo e Pirilo, dois amigos dedicados ao estudo da  filosofia, permaneciam, horas inteiras, dialogando sobre a função da alma humana. 

Qual teria sido a primeira força a desdobrar-se na criatura recém-criada pela Sabedoria Divina? A inteligência ou o instinto? 

Alfredo admitia que a inteligência teria tido a prioridade, enquanto Pirilo acreditava que o instinto teria sido o começo das tarefas evolutivas da alma humana. 

O primeiro exaltava os méritos da razão, filha da inteligência, e o segundo se reportava ao instinto como sendo o agente da Natureza que operava lentamente, preparando o caminho para o discernimento e, muitas vezes, Pirilo justificava o seu ponto de vista, acentuando: 

O Reino de Deus está próximo


O Reino de Deus está próximo
Muitas vezes, disse-nos o Senhor: - “O Reino de Deus está próximo.” Marcos 1:15

E até hoje milhares de criaturas aguardam-lhe a vinda, através de espetaculosos eventos exteriores.
Muitos esperam-no, por intermédio de cataclismos inomináveis e mentalizam telas fantasmagóricas, incompatíveis com a Divina Misericórdia que nos preside os destinos…

Trovões ribombando no firmamento…

Maremotos e terremotos…

Plataforma do Mestre


Plataforma do Mestre
“Ele salvará seu povo dos pecados deles.” – (MATEUS, 1:21)

Em verdade, há dois mil anos, o povo acreditava que Jesus seria um comandante revolucionário, como tantos outros, a desvelar-se por reivindicações políticas, à custa da morte, do suor e das lágrimas de muita gente.

Ainda hoje, vemos grupos compactos de homens indisciplinados que, administrando ou obedecendo, se reportam ao Cristo, interpretando-o qual se fora patrono de rebeliões individuais, sedento de guerra civil.

José da Galiléia



José da Galiléia
“E projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: – José, filho de David, não temas receber a Maria.”– Mateus 1:20
Em geral, quando nos referimos aos vultos masculinos que se movimentam na tela gloriosa da missão de Jesus, atendemos para a precariedade dos seus companheiros, fixando, quase sempre, somente os derradeiros quadros de sua passagem no mundo.

É preciso, porém, observar que, a par de beneficiários ingratos, de ouvintes indiferentes, de perseguidores cruéis e de discípulos vacilantes, houve um homem integral que atendeu a Jesus, hipotecando-lhe o coração sem macula e a consciência pura.

O Estudo


O Estudo
O estudo é a fonte de suaves e nobres prazeres; liberta-nos das preocupações vulgares e nos faz esquecer as tribulações da vida. O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins. Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima, e não ao livro frívolo que diverte e, com frequência, desmoraliza. Não nos compenetramos o bastante sobre o verdadeiro caráter do bom livro. É como uma voz que nos fala através dos tempos, relatando-nos os trabalhos, as lutas, as descobertas daqueles que nos precederam no caminho da vida e, em nosso proveito, aplainaram as asperezas.

Entendendo Dependências e Compulsões


Dependências e Compulsões 2











Afinal o que são dependências?

O ser humano nasce dependente e assim permanece por muitos anos. Nessa relação se constrói a personalidade de cada indivíduo nessa encarnação. Entretanto há alguns que distorcem o sentido da dependência e passam a agir assim ao longo da vida, e o excesso favorece o adoecimento. Há as dependências químicas (álcool, drogas e tabaco) e as emocionais. Sendo que a última é a base de todas elas.

O que são compulsões?

As compulsões são saciadas por alguns objetos que aliviam a angústia das necessidades afetivas. Contudo esse alívio é passageiro, decorre daí que a falta que subjaz a toda compulsão nunca é devidamente preenchida por qualquer objeto externo. E a premência de voltar a consumir o tal objeto é tão urgente que em sua ausência se sente dor. Está formado o círculo pernicioso da compulsão alimentando o vazio e criando dependência de algum objeto.

O Amor


O Amor
O amor, tal como se entende comumente, na Terra, é um sentimento, um impulso do ser que o dirige para um outro ser, com o desejo de a ele se unir. Mas, na verdade, o amor reveste-se de formas infinitas, desde as mais vulgares até as mais sublimes. Princípio da vida universal, fornece à alma, em suas manifestações mais elevadas e mais puras, aquela intensidade de irradiação que reconforta, vivifica tudo à volta dela; é através dele que a alma se sente estreitamente ligada à Potência divina, foco ardente de toda vida, de todo amor.

Na Gleba do Mundo


Na Gleba do Mundo
“Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende. Este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.” — Jesus. (Mateus, 13:23) 


Efetivamente, a vida é comparável ao trato de solo que nos é concedido cultivar. 

Ergue-te, cada dia, e ampara o teu campo de serviço, a fim de que esse mesmo campo de serviço te possa auxiliar. 

A sementeira é a empreitada, o dever a cumprir, o compromisso de que te incumbes. O terreno é o próximo que te propicia colheita. 

Lavrar o talhão é dar de nós sem pensar em nós. 

Mediunidade e Privilégios



Mediunidade e Privilégios
Todos estamos concordes em que a Doutrina Espírita revive agora o Cristianismo puro; no entanto, há muita 
gente que lhe estranha a organização, sem os chamados valores nobiliárquicos que assinalam a maioria das instituições terrestres. 

À força de se iludirem com a idolatria, que sempre nos custa caro, muitos companheiros, menos vigilantes, desejariam condecorar trabalhadores da Nova Revelação, criando galerias para o relevo pessoal. E se pudessem determinar o rumo das coisas, no consenso opinativo, decerto que há muito estaríamos mobilizando doutrinadores-chefes e médiuns-titulares, com as nossas casas de serviço perdendo tempo em mesuras e rapapés. 

Eterna sucessão dos Mundos


Eterna sucessão dos Mundos
A eternidade real e efetiva do Universo está assegurada pelas mesmas leis que dirigem as operações do tempo; assim, os mundos sucedem aos mundos, os sóis aos sóis, sem que o imenso mecanismo dos vastos céus jamais seja atingido nas suas gigantescas forças. 

Lá onde os vossos olhos admiram esplêndidas estrelas sob a abóbada da noite, lá onde o vosso espírito contempla irradiações magníficas que resplandecem nos espaços distantes, o dedo da morte há muito extinguiu esses esplendores, há muito o vazio substituiu esses deslumbramentos e recebeu até novas criações ainda desconhecidas. A distância imensa em que esses astros se encontram, que faz com que a luz que emitem leve milhares de anos para chegar até nós, faz com que somente agora recebamos os raios que eles nos enviaram muito tempo antes da criação da Terra e que ainda os admiremos milhares de anos após o seu desaparecimento real. 

Para que serve a dor?


A todos os que perguntam: Por que a dor? Respondo: Por que polir a pedra, esculpir o mármore, fundir o vitral, martelar o ferro? É com o propósito de construir e adornar o templo magnífico, pleno de reflexos, de vibrações, de hinos, de perfumes, onde todas as artes se combinam para exprimir o divino, preparar a apoteose do pensamento consciente, celebrar a liberação do espírito!

E vede o resultado obtido! De tudo o que, em nós, eram elementos esparsos, materiais disformes e, até mesmo, nos viciosos e decaídos, ruínas e destroços, a dor ergueu, construiu, no coração do homem, um esplêndido altar à Beleza Moral, à Verdade Eterna. 

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