Renunciar

Renunciar
Renunciar

“E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna.” — Jesus. (Mateus, 19:29.)



Neste versículo do Evangelho de Mateus, o Mestre Divino nos induz ao dever de renunciar aos bens do mundo para alcançar a vida eterna. Há necessidade, proclama o Messias, de abandonar pai e mãe, mulher e irmãos do mundo. No entanto, é necessário esclarecer como renunciar.

Jesus explica que o êxito pertencerá aos que assim procederem por amor de seu nome.

À primeira vista, o alvitre divino parece contrassenso.

Como olvidar os sagrados deveres da existência, se o Cristo veio até nós para santificá-los? Os discípulos precipitados não souberam atingir o sentido do texto, nos tempos mais antigos. Numerosos irmãos de ideal recolheram-se à sombra do claustro, esquecendo obrigações superiores e inadiáveis.

Todos somos médiuns

Todos somos médiuns
Todos somos médiuns

“Toda pessoa que sente, em um grau qualquer, a influência dos espíritos, por isso mesmo, é médium.”       (O Livro dos Médiuns — Segunda Parte. — Cap. XIV)



Todos são médiuns — uns mais, outros menos. 

Mas nem todos renascem para uma tarefa específica na mediunidade.

A mediunidade é exercitada no dia a dia, das mais variadas formas. 

Como o tato e a visão, que foram desenvolvendo-se no curso dos milênios, a mediunidade vem-se desenvolvendo na criatura, desde tempos remotos. 

Em algumas pessoas, a mediunidade, de quando em quando, dá sinal de sua presença, através de pressentimentos, visões, sonhos reveladores (...)

Existem pessoas que, seja pelo seu débito cármico, seja pelo seu merecimento, trazem a mediunidade “à flor da pele”... Elas tiveram no passado um tipo de vida que lhes possibilitou o progresso nesse sentido. Aprenderam a exercitar a mente, viveram de forma solitária, foram vampirizadas por entidades espirituais que lhes “precipitaram” as forças de natureza psíquica. 

Querer é poder

Querer é poder
Querer é poder

Querer é poder! A potência da vontade é ilimitada. O homem consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente que suas forças crescem proporcionalmente a seus esforços. Sabe que tudo o que deseje de bem e de bom e deve cumprir-se, cedo ou tarde, inevitavelmente, seja no presente, seja na sequência de suas existências, desde que seu pensamento esteja de acordo com a Lei Divina. E é nisto que se confirma a palavra celeste: “A fé transporta montanhas”.

Não é consolador e belo poder dizer a si mesmo: Sou uma inteligência e uma vontade livres; construí-me a mim mesmo, inconscientemente, através dos tempos; edifiquei lentamente minha individualidade e minha liberdade e, agora, conheço a grandeza e a força que estão em mim. Apoiar-me-ei nelas; não permitirei que uma só dúvida as tolde nem por um instante e, através delas, com a ajuda de Deus e de meus irmãos do Espaço, superarei todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; libertar-me-ei de tudo o que me atrela às coisas grosseiras, para empreender meu voo em direção aos mundos felizes. 

Vidência

Vidência
Vidência

O médium vidente não vê os espíritos quando deseja. 

Para que consiga ver os espíritos, o médium que possui a rara faculdade da clarividência necessita estar num estado de concentração vizinho do transe. 

O vidente vê os espíritos não com os olhos do corpo, mas com os da alma; por isto, mais facilmente poderá enxergá-los com os olhos fechados. 

O fenômeno da clarividência mediúnica, mesmo com os mais desenvolvidos videntes, acontece esporadicamente. 

Cada médium vidente vê a seu modo os quadros da vida espiritual: o médium espírita simplesmente verá homens e mulheres sem o corpo físico, ao passo que o católico verá anjos e demônios... 

O trabalho

O trabalho
O trabalho

O trabalho é a comunhão dos seres. Através dele, aproximamo-nos uns dos outros, aprendemos a nos ajudar, a nos unir; daí à fraternidade, é só um passo. A Antiguidade Romana havia desonrado o trabalho fazendo dele o quinhão do escravo. Isso explica sua esterilidade moral, sua corrupção, suas secas e frias doutrinas.

Os tempos atuais têm uma outra concepção da vida. Buscam a plenitude num labor fecundo, regenerador. A filosofia dos espíritos amplia ainda mais essa concepção, indicando-nos na lei do trabalho o princípio de todos os progressos, de todos os aperfeiçoamentos, mostrando-nos a ação dessa lei estendendo-se à universalidade dos seres e dos mundos. É por isso que estamos autorizados a dizer: Despertem, ó todos vocês que deixam adormecer suas faculdades, suas forças latentes. De pé, mãos à obra! 

O Julgamento


O Julgamento
O Julgamento
Uma lei, tão simples em seu princípio quanto admirável em seus efeitos, preside a classificação das almas no Espaço. 

Quanto mais sutis e rarefeitas forem as moléculas constituintes do perispírito, mais a desencarnação será rápida e mais amplos os horizontes abertos ao espírito. Em razão até da sua natureza fluídica e das suas afinidades, eleva-se em direção aos grupos espirituais que lhe são similares. Seu grau de depuração determina seu nível e o classifica no meio que lhe convém. Comparou-se com alguma justeza, a situação dos espíritos nos céus à dos balões cheios de gás de densidades diferentes que, em razão de seu peso específico, subiriam a alturas variadas. É preciso apressar-se e acrescentar que o espírito é dotado de liberdade, que ele não está imobilizado num ponto, que pode, dentro de certos limites, deslocar-se e percorrer as regiões etéreas. Pode sempre modificar suas tendências, transformar-se pelo trabalho e pela prova e, por conseguinte, elevar-se à vontade na escala dos seres. 

O egoísmo

O egoísmo
O egoísmo

O egoísmo traz em si seu próprio castigo. O egoísta não vê senão a sua pessoa no mundo. Assim, suas horas estão semeadas de tédio. Encontra o vazio por toda a parte, na existência terrestre como depois da morte, pois, homens ou espíritos, todos lhe fogem.

Aquele que, ao contrário, coopera na medida de suas forças na obra social, que vive em comunhão com seus semelhantes, fazendo-os compartilhar de suas faculdades e seus bens, como ele compartilha dos seus, espalhando ao seu redor o que há de bom em si, este se sente mais feliz. Tem consciência de obedecer à lei, de ser um membro útil da sociedade. Tudo o que se realiza nesse mundo o interessa; tudo o que é grande e belo, sensibiliza-o e o comove; sua alma vibra em uníssono com todas as almas esclarecidas e generosas e o tédio, o desencanto não têm poder sobre ele. 

Memórias

Memórias
Memórias

“Deve ser horrível — diz você — o escândalo em torno de nossa memória. O homem arrastado ao pelourinho do escárnio público e ao pasto da maledicência, deve ser uma fogueira de angústia para o coração acordado, além da morte.”


Você tem razão. A ave, em pleno céu, que se visse constrangida a voltar à casca do ovo, ou a árvore luxuriante que fosse obrigada a retornar para a cova de lodo, sofreriam menos que a alma desencarnada, sob a intimação de regresso às perigosas infantilidades da experiência humana.

Em tais circunstâncias, laços mais pesados nos religam o espírito, com mais intensidade, à gleba da carne, e a voz dos nossos julgadores, não raro, nos converte os ouvidos em receptores gigantescos para os quais convergem todos os apontamentos justos ou injustos de quantos nos apreciam a conduta e as decisões.

Você já pensou num homem, cujo corpo seja uma chaga viva, tangido violentamente por milhares de mãos descaridosas e rudes?

Intuição

Intuição
Intuição

Sempre que te disponhas à tarefa de servir, na mediunidade, és alguém interpretando alguém, junto de alguém.

Vaso em que se transporte a mensagem do amor infinito para os caminhantes da Terra, deixa que a compaixão seja em tua alma o fixador do divino auxílio.

Contempla os sofredores que te procuram, por mais desarvorados, na categoria de irmãos que trazem na própria dor o sinal da altura a que não puderam chegar.

Diante de todos aqueles que o mundo reprova, pensa no supremo esforço que fizeram para serem bons, sem que pudessem atingir o ideal a que se propunham.

À frente dos companheiros incursos em faltas graves, medita na extrema luta que sustentaram consigo mesmos, antes de se arrojarem à delinquência e, perante os que se mergulham na corrente do vício, imagina-te à beira das armadilhas em que caíram sem perceber.

Encontrando a mulher que te parece desprezível, reflete nas longas noites de aflição que atravessou, padecendo na resistência moral para não cair no infortúnio, e, surpreendendo o celerado que se te afigura cruel, mentaliza o seio maternal que o acalentou, entre preces e lágrimas, supondo amamentar a boca de um anjo.

Em torno da morte

Em torno da morte
Em torno da morte

Consideram, os homens, a morte como fantasma apavorante, capaz de aprisionar pela eternidade o espírito humano. 

Capitulamos em sofrimentos inauditos diante do corpo querido, emudecido e pálido, distanciando-nos da realidade sob o véu do pranto e da dor inominável. Vertemos para o imo d’alma o veneno do materialismo, concebendo os entes queridos ocultos pela morte, no sorvedouro do nada. 

Grande é a missão do Cristianismo arrebatando do túmulo os corações estremecidos e dando-lhes a posição de seres imortais. Imenso o poder do Consolador, o Cristianismo redivivo, que liberta dos grilhões da ignorância a mente humana, apresentando- lhe a visão da grandeza universal, iluminada pelo amor de um Pai de infinita bondade. 

Hoje, na fonte luminosa do conhecimento maior, consideramos a morte, o espírito divino da libertação para os caminhos da evolução. 

Discípulos


Discípulos
Discípulos
“E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo.”                          Jesus. (LUCAS, 14:27.)


Os círculos cristãos de todos os matizes permanecem repletos de estudantes que se classificam no discipulado de Jesus, com inexcedível entusiasmo verbal, como se a ligação legítima com o Mestre estivesse circunscrita a problema de palavras.

Na realidade, porém, o Evangelho não deixa dúvidas a esse respeito.

A vida de cada criatura consciente é um conjunto de deveres para consigo mesma, para com a família de corações que se agrupam em torno dos seus sentimentos e para com a Humanidade inteira.

E não é tão fácil desempenhar todas essas obrigações com aprovação plena das diretrizes evangélicas.

Imprescindível se faz eliminar as arestas do próprio temperamento, garantindo o equilíbrio que nos é particular, contribuir com eficiência em favor de quantos nos cercam o caminho, dando a cada um o que lhe pertence, e servir à comunidade, de cujo quadro fazemos parte.

Desquite e divórcio

Desquite e divórcio
Desquite e divórcio

O casamento é contrato de deveres recíprocos, em que se devem empenhar os contratantes a fim de lograrem o êxito do cometimento. 

A sociedade materialista, embora disfarçada de religiosa, facilita o rompimento dos liames que legalizam o desposório por questões de somenos importância, facultando à grande maioria dos comprometidos perseguirem sensações novas, com que desbordam pela via de alucinações decorrentes de sutis como vigorosas obsessões resultantes do comportamento passado e do desassisamento do presente. 

O divórcio como o desquite são, em consequência, soluções legais para o que moralmente já se encontra separado. 

Evidente, que, tal solução é sempre meritória, por evitar atitudes mais infelizes que culminam em agravamento de conduta para os implicados na trama dos reajustamentos de que não se evadirão. 

Depois da morte

Depois da morte
Depois da morte

A situação do espírito, depois da morte, é consequência direta de suas propensões, para a matéria ou para os bens da inteligência e do sentimento. Se os pendores sexuais dominam, forçosamente, o ser se imobiliza nos planos inferiores, que são os mais densos, os mais grosseiros. Se se alimenta de pensamentos belos e puros, eleva-se em direção a esferas que tenham relação com a própria natureza de seus pensamentos. 

Swedenborg disse, com razão: “O céu está no lugar em que o homem pôs seu coração”.

Todavia, o encaminhamento não é imediato, nem a transição é súbita. Se o olho humano não pode passar bruscamente da escuridão a uma luz viva, o mesmo ocorre com a alma. A morte faz-nos entrar num estado transitório, espécie de prolongamento da vida física e prelúdio da vida espiritual. É o estado de perturbação de que falamos, estado mais ou menos prolongado, segundo a natureza espessa ou etérea do perispírito do defunto.

Culto aos mortos

Culto aos mortos
Culto aos mortos

Se alguém guardar a minha palavra, nunca, jamais, provará a morte. — João, 8:52. O respeito que aos mortos se consagra não é a matéria que o inspira; é, pela lembrança, o espírito ausente quem o infunde.  Cap. XXIII – item 8, § 2. 


Em memória dos teus mortos queridos, que vivem, não lhes açules as paixões subalternas com oferendas de ordem material. Já não necessitam dos mimos enganadores nem das demonstrações exteriores do mundo da forma. Têm agora outro conceito, compreendem melhor o que foram, como poderiam e deveriam ter sido, e lamentam, se não souberam conduzir a experiência pelas nobres linhas da elevação moral. 

Respeita-lhes a memória, mas desvincula-os das coisas transitórias.

Ama-os, e liberta-os das evocações dolorosas do vaso carnal. 

Ajuda, através da tua valiosa dádiva de amor, os que se demoram ao teu lado experimentando aflições e desesperos. 

Antes do berço

Antes do berço
Antes do berço

Antes do berço, na espiritualidade, examinando as suas próprias necessidades de aperfeiçoamento terá você pedido:

A deficiência corpórea que induza à elevação de sentimentos;

A enfermidade de longa duração, capaz de educar-lhe os impulsos;

Essa ou aquela lesão física que favoreça os exercícios de disciplina;

Determinada mutilação que lhe iniba o arrastamento à agressividade exagerada;

O complexo psicológico que lhe renove as ideias;

O lar amargo onde possa aprender quanto vale a afeição;

O traço de prova que lhe impõe obstáculos no grupo social, a fim de esquecer inquietações de orgulho;

O reencontro com os adversários do passado, então na forma de parentes difíceis, atendendo a resgate de antigos débitos;

Amizades e afeições


Amizades e aflições
Amizades e afeições
Não apenas a simpatia como ingrediente único para facultar que os afagos da amizade te adornem e enlevem o espírito. 

Muito fácil ganhar como perder amigos. Quiçá difícil se apresente a tarefa de sustentar amizades, ao invés de somente consegui-las.

O magnetismo pessoal é fator importante para promover a aquisição de afetos. Todavia, se o comportamento pessoal não se padroniza e sustenta em diretrizes de enobrecimento e lealdade, as amizades e afeições não raro se convertem em pesada canga, desagradável parceria que culmina em clima de animosidade, gerando futuros adversários. 

Nesse particular existem pequenos fatores que não podem nem devem ser relegados a plano secundário, a fi m de que sejam mantidas as afeições. 

A planta não irrigada sucumbe sob a canícula.

O grão não sepulto morre. 

O lume sem combustível se apaga. 

A máquina sem graxa arrebenta-se. 

Assim, também, a amizade que sem o sustento da cortesia e da gentileza se estiola. 

Ciência comprova elo entre saúde e espiritualidade



Bons sentimentos reduzem os riscos de doenças cardíacas
Rio - Tomar um comprimido a cada seis horas, perdoar desavenças e ser otimista. Em breve,  pacientes poderão sair de consultas médicas com recomendações parecidas com esta. Estudos norte-americanos apontam que pessoas espiritualizadas têm saúde melhor. No Brasil, 500 cardiologistas começaram a pesquisar o comportamento dos brasileiros
.De acordo com o médico Álvaro Avezum, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, nos Estados Unidos o nível de espiritualidade foi medido por meio de um questionário. Em seguida, foi associado a questões biológicas, como ocorrência de problemas cardiovasculares (derrame e infarto) e índice de mortalidade.

A faculdade de curar


A faculdade de curar
A faculdade de curar
A faculdade de curar, para manter-se íntegra, não deve permanecer precavida tão somente contra o pagamento em dinheiro amoedado. 

Há outras gratificações negativas a que lhe cabe renunciar, a fim de que não seja corroída por paixões arrazoadas que começam nos primeiros sinais de personalismo excessivo. 

Imprescindível saber olvidar o vinho venenoso da bajulação, a propaganda jactanciosa, o perigoso elixir da lisonja e a aprovação alheia como paga espiritual. 

Quem se proponha a auxiliar aos enfermos, há que saber respirar no convívio da humildade sincera, equilibrando-se, cada instante, na determinação de servir. 

Para curar é preciso trazer o coração por vaso transbordante de amor e quem realmente ama não encontra ensejo de reclamar. 

Compreendendo as nossas responsabilidades com o Divino Médico, se queres efetivamente curar, cala-te, aprende, trabalha honrando a posição de servidor de todos a que Jesus te conduziu. 

A espada simbólica


A espada simbólica
A espada simbólica
“Não cuideis que vim trazer a paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada.”                                    Jesus. (MATEUS, 10: 34.)


Inúmeros leitores do Evangelho perturbam-se ante essas afirmativas do Mestre Divino, porquanto o conceito de paz, entre os homens, desde muitos séculos foi visceralmente viciado. Na expressão comum, ter paz significa haver atingido garantias exteriores, dentro das quais possa o corpo vegetar sem cuidados, rodeando-se o homem de servidores, apodrecendo na ociosidade e ausentando- se dos movimentos da vida.

Jesus não poderia endossar tranquilidade desse jaez, e, em contraposição ao falso princípio estabelecido no mundo, trouxe consigo a luta regeneradora, a espada simbólica do conhecimento interior pela revelação divina, a fim de que o homem inicie a batalha do aperfeiçoamento em si mesmo. O Mestre veio instalar o combate da redenção sobre a Terra. Desde o seu ensinamento primeiro, foi formada a frente da batalha sem sangue, destinada à iluminação do caminho humano. E ele mesmo foi o primeiro a inaugurar o testemunho pelos sacrifícios supremos.

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