 |
Desprendimento |
“(...) no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; (...) naqueles sobretudo cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, (...) quanto mais o espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela; ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de modo que, em chegando a morte, ele é quase instantâneo.” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, perg. 155a.)
Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem!
Todos aqueles que pensam que os espíritos se separam abruptamente do corpo só observam a separação física que, mesmo esta, não é tão rápida quanto possa parecer.
Os sinais de decomposição orgânica, as dificuldades próprias de quem se desliga da matéria, a própria observação do espírito, antecipadamente, do mundo que irá habitar brevemente tornam a separação algo diferente; difícil, mesmo, para muitas criaturas.
O que falar daqueles que, sentindo-se presos às emoções terrenais ou ligados pelas emoções às criaturas a quem amam, começam o processo da desencarnação, observando a vida a esvair-se por entre os seus dedos, como que a se antecipar num processo lento, mas seguro da separação? O que falar dos que sentem que em breve deixarão os seus?