Vida em Abudância

Vida em Abudância
Vida em Abudância


Que o amor único de Deus inspire todas as nossas almas para o bem!

Jesus, o grande Mestre de todos nós! Recordemos sua passagem entre os homens na Terra. País distante, provavelmente hostil, em sua natureza, à exceção de alguns lugares, povo voltado para as atividades próprias da região, sacerdotes dotados de conhecimento adequado àquele povo rude, mas dominados pelo prazer do autoritarismo religioso, em meio a toda aquela multidão de pobres, sofredores, corações desejosos de ouvir uma mensagem eminentemente amorosa.

Repassemos o olhar como se estivéssemos em um anfiteatro e observemos um quadro, dentre muitos, da passagem desse Mestre generoso entre nós. Recordemos, por exemplo, um momento tão característico da sua personalidade elevada, em que avisa a todo o povo:

Vim para que tivésseis vida em abundância!

Observemos que a mensagem é eminentemente de amor, mostrando simultaneamente a capacidade de sacrifício e a potencialidade de um espírito que não media condições, consequências, para que pudesse falar de Deus, o Pai, para toda aquela multidão sofrida. Provavelmente, muitos daqueles que o ouviram não o entenderam; mas os que tinham o coração puro perceberam que sua mensagem era toda ela voltada para o engrandecimento do espírito imortal.

Somos de Deus

Somos de Deus
Somos de Deus


Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem!(...)

Jesus, como sempre, nos alerta sobre a necessidade do pensar superiormente. Diz-nos o Mestre: “Onde estiver o teu coração, aí estará o teu tesouro”.

Meus irmãos, pensemos bem na nossa realidade interna. Muitas vezes, proclamamos que fomos atraídos por uma força qualquer, parecendo que a força que nos atrai tem um poder superior ao nosso. Não é bem assim; não há força que atraia um ser que não deseje ser atraído.

Jesus trouxe para junto de si as almas de todos aqueles que já estavam cansados do mal. Jesus trouxe para junto de si todos aqueles que desejavam conhecer o bem, que desejavam ter um momento de paz, que precisavam da paz; entretanto, os sacerdotes e Pôncio Pilatos carregavam consigo, também, os que neles acreditavam. Uns, os bondosos, os caridosos, os desejosos de paz, seguiram Jesus. Os outros, os infelizes, os aproveitadores, os fanáticos, os cruéis, os que não tinham caridade no coração, aqueles seguiram apegados aos sacerdotes. Assim, observamos que o homem busca aquilo com que mais se afine.

Jesus, o Mestre da paciência

Jesus, o Mestre da paciência
Jesus, o Mestre da paciência


E Jesus, aproximando-se da multidão, começou a falar. E o que falou, na ocasião, o Mestre, cujo verbo eloquente e brando, consolando toda aquela multidão, prossegue até os dias de hoje a consolar e a sustentar toda a humanidade que ainda sofre, mercê da própria vida terrena?

“Bem-aventurados os brandos, os pacíficos, os puros de coração.” Como conjugar essa mensagem tão pura, tão bela, eloquente e consoladora de Jesus com um conceito tão retrógrado quanto o das penalidades eternas, sem remissão?

Perguntamos a nós mesmos: Como fomos capazes de, através dos séculos, deixar que fenecesse um sentimento tão profundo quanto o do amor e, ao contrário, crescesse um sentimento tão ruim quanto ignorante como este, o das penalidades sem remissão?

Provavelmente, porque todos nós, moradores do planeta, fossemos exatamente assim: inexperientes, inexpertos e, portanto, sem convicções amorosas, generosas, de bondade; provavelmente, por nós mesmos sentirmos que, para punir, precisaríamos de uma mensagem dolorosa, dura, ao ponto de nos sentirmos feridos em nossos sentimentos, porque não fomos capazes ou não seríamos capazes de ver o belo, o bom, o superior, o puro.

Ao Encontro do Senhor da Vida

Ao Encontro do Senhor da Vida
Ao Encontro do Senhor da Vida


Que o amor único de Deus inspire todas as nossas almas para o bem! (...) O que o Senhor tem-nos feito sempre, senão nos alertar para a necessidade de ultrapassarmos as nossas lutas e dificuldades diárias?

Observamos aqui, acolá, em vários setores da vida, que os homens proclamam: “O que eu mais desejo é a paz!” Entretanto, quase sempre são incapazes de estender as mãos a alguém, até mesmo pretextando amor-próprio.

Ora, ao que me parece, o homem terreno reencarna, justamente, para mudar certos padrões, aprender novos roteiros, transformar os próprios conceitos de vida; mas, por si mesmo, ele não sabe ou não pode ainda conduzir a realidade da sua existência. Ainda somos suscetíveis, ainda pensamos de modo direcionado; falta-nos visão ampla da vida, dos seres, das coisas. Foi por isso que Jesus veio ao nosso encontro(...)

Se prestarmos também atenção aos nossos atos, teremos motivos para observar certas falhas do nosso coração: a intransigência, a incapacidade de compreender as dificuldades dos outros; aquilo que Jesus tão bem traduziu, dizendo assim: “Foi pela dureza dos vossos corações que Moisés proibiu”..
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Substituindo-se essa figura tão importante, como foi a de Moisés, poder-se-ia acrescentar:

“Foi pela dureza dos vossos corações que Jesus veio à Terra”.

O espírita verdadeiro, porque há notoriamente os aprendizes de Espiritismo, dirá:

Centro Espírita

Centro Espírita
Centro Espírita



Filhos, que o centro espírita – célula viva do Cristianismo em suas origens – vos mereça o melhor carinho e consideração.

Sempre que possível, integrai a equipe de companheiros que permanece lutando para que o templo espírita cristão tenha sempre as portas descerradas à comunidade.

Não vos isoleis uns dos outros, fugindo à convivência salutar que vos preserva o discernimento e vos combate o personalismo.

Em contato com os irmãos de ideal, as vossas ideias se reciclarão e a indispensável permuta de experiências vos será uma permanente fonte de inspiração para o trabalho.

Os cristãos dos primeiros tempos do Evangelho na face do mundo, não atuavam isoladamente.

A autossuficiência espiritual carece de ser combatida com determinação.

Se considerais que nada tendes a aprender com os companheiros, não olvideis a vossa obrigação de ensinar.

As Percepções do Espírito

As Percepções do Espírito
As Percepções do Espírito


É evidente que os Espíritos Superiores, na resposta a Kardec, referiam-se à condição natural do espírito, quando afi rmaram que, “no estado de liberdade”, as suas percepções “não estão localizadas”.

O espírito, repetimos, não tem forma definida – ele é puro pensamento! Todavia, quando se reveste de qualquer envoltório, não importando se é mais ou menos grosseiro, as suas percepções se expressam através dos órgãos que as circunscrevem.

No perispírito, por exemplo, que pode ser mais ou menos denso, os sentidos do espírito ainda se manifestam de modo convencional, ou seja: o sentido da visão, através dos olhos; o da fala, pela boca e, assim, sucessivamente. Apenas aos menos apegados às sensações do corpo material que deixaram, comunicam-se telepaticamente; na grande maioria, embora as percepções se mostrem um tanto mais ampliadas, eles continuam se expressando através dos órgãos correspondentes, inclusive no que tange às características da sexualidade.

À questão seguinte, de número 250, os Espíritos responderam: “O Espírito não vê e não ouve senão o que ele quiser. Sito de uma maneira geral, e sobretudo para os Espíritos elevados, porque os imperfeitos ouvem e veem frequentemente, queiram ou não, aquilo que pode ser útil ao seu melhoramento”.

Disciplina do Pensamento e Reforma do Caráter

Disciplina do Pensamento e Reforma do Caráter
Disciplina do Pensamento e Reforma do Caráter



Enfim, é preciso saber suportar todas as coisas com paciência e serenidade. Quaisquer que sejam os procedimentos de nossos semelhantes, com relação a nós, não devemos nutrir, contra eles, animosidade alguma, ressentimento algum, mas, ao contrário, fazer com que todas as causas de aborrecimento ou de aflição sirvam à nossa própria educação moral. Nada poderia nos atingir, se, em nossas vidas anteriores e culposas, não tivéssemos dado margem à adversidade. Eis o que precisamos nos dizer continuamente. Assim, conseguiremos aceitar, sem amargura, todas as provas, considerando-as como uma reparação do passado ou como um meio de aperfeiçoamento.

De degrau em degrau, atingiremos, assim, esta paz de espírito, este domínio de nós mesmos, esta confiança absoluta no porvir, que dão a força, a quietude, a satisfação íntima e permitem que nos mantenhamos firmes, em meio às mais duras vicissitudes.

Roteiro Seguro

Roteiro Seguro
Roteiro Seguro

Meus irmãos,

Os espíritos aqui presentes pedem que se fale, em nome de todos eles, sobre a divulgação de O Evangelho Segundo o Espiritismo, cujo aniversário de lançamento ocorre neste mês de abril.

Para nós, do mundo espiritual, estudar este livro é o mesmo que nos prepararmos para a convivência com os espíritos que sofrem, ao mesmo tempo que pretendem encaminhar-se para as lutas reencarnatórias.

A vida, complexa para quase todos os homens, pede um roteiro, um rumo, para que aqueles que sofrem, seguindo-o, encontrem o melhor caminho na direção do bem.

Devidamente inspirado, Allan Kardec sentiu que nas máximas cristãs, apoiadas nas mensagens do mundo invisível, poderia ele organizar um roteiro que orientasse o homem da Terra para o exame de suas dores, em seus momentos de angústia. Cultivando esse roteiro, o homem chegará ao limite de suas provas amparado por uma força positiva e sempre agindo em consonância com a pureza do Evangelho, com o bem, com a verdade.

O Evangelho Segundo o Espiritismo é dos livros mais apreciados do meio espírita; é dos livros de maior sustentação para a humanidade terrena. Todos aqueles que lhe lerem as páginas encontrarão não somente segurança e apoio, mas roteiro seguro para os problemas dos dias de hoje e para os que possam vir.

O Centro Espírita

O Centro Espírita
O Centro Espírita


O Centro Espírita é uma célula viva e pulsante onde se forjam caracteres, sob a ação enérgica do bem e do conhecimento.

Mais do que uma sociedade de criaturas encarnadas, é um núcleo onde se mesclam os seres desprovidos da carne com os mergulhados no envoltório físico, em intercâmbio que faculta a evolução no programa de amor e trabalho.

Escola – torna-se educandário, graças ao qual a instrução alarga-se, desde a geração de fenômenos educativos de hábitos, para produzir discípulos conscientes da própria responsabilidade, até cidadãos capacitados para a vida.

Oficina – onde se trabalham os sentimentos e se modelam os valores éticos, aos camartelos do sofrimento e da renovação, nas diretrizes que a caridade propõe como método depurativo e elevado.

Hospital – enseja as mais exclusivas terapêuticas para alcançar as causas geradoras do sofrimento, apresentando as ramificações das enfermidades e as expressões das dores morais, que devem ser transformadas em estado de saúde lenificadora.

Santuário – que se converte em altar de holocausto dos valores morais negativos e de soerguimento das virtudes, em intercâmbio saudável com o pensamento cósmico, mediante a oração, a concentração e a atividade libertadora.

Percepções

Percepções
Percepções


Falando-se de sensações no mundo espiritual, deve-se pensar na emoção com que muitos espíritos se veem a braços, quando estão diante de amigos que ficaram na Terra. Referimo-nos àqueles que durante muitos anos, distanciados das vibrações próximas do chão, ao retornar em visita, observam a mudança de vibrações do ambiente em que viveram.

Alguns espíritos passam a enxergar sob outro ângulo os seus amigos a respeito dos quais tinham um certo tipo de ideia, e os veem em lutas com seus problemas, suas dificuldades e algumas vezes até mesmo em quedas. Outros espíritos, distantes muitos séculos das lutas terrenas, têm que voltar pelo processo da reencarnação e sentem o choque vibracional que os caracteriza muito bem.

Todas essas sensações são controladas pela vontade, pelo amor, pelo sentimento de elevação que o espírito traz em si; mas a verdade é que muitos daqueles que visitam a Terra sentem verdadeiros choques vibracionais, precisando alguns, mesmo, passar por período de adaptação, para poderem mergulhar no fluido dos encarnados.

O Pensamento


O Pensamento
O Pensamento

Ó escritores, ó artistas, ó poetas! Vós, que sois mais numerosos a cada dia; vós, cujas produções se multiplicam e crescem, como uma onda que se eleva, produções muitas vezes belas, na forma, mas fracas, no fundo, superficiais e materiais, quanto talento não despendeis por causas medíocres!

Quantos esforços desperdiçados ou postos a serviço de paixões doentias, de volúpias inferiores e interesses vis!

Enquanto vastos e magníficos horizontes se desdobram, enquanto o livro maravilhoso do Universo e da alma se abre, grandioso, diante de vós e enquanto o gênio do pensamento vos convida para nobres tarefas, para obras cheias de substância, fecundas para o adiantamento da Humanidade, frequentemente, vós vos comprazeis em pueris e estéreis estudos em que a consciência se debilita, a inteligência se prostra e se enlanguesce, no culto exagerado dos sentidos e dos instintos impuros.

Quem de vós vai narrar a epopeia da alma, lutando pela conquista de seus destinos, no ciclo imenso das eras e dos mundos; suas dores e suas alegrias, suas quedas e seus reerguimentos, a descida aos abismos da vida, os voos em direção à luz, os sacrifícios, os holocaustos que são um resgate, as missões redentoras, a participação crescente das concepções divinas?

Jesus

Jesus
Jesus



Pela graça infinita de Deus, paz! Balthazar, pela graça de Deus.

Quando os convidamos, caros irmãos, a participar conosco das alegrias do estudo, o fazemos com vistas ao progresso que nos cabe e também ao progresso que todos podem vir a adquirir.

Ora, falar de Jesus é sempre muito interessante, até porque quanto mais altas são a força e a personalidade de um líder, maior oportunidade de exame de seu comportamento nos é dada. São almas multifacetadas que agem. Num simples elevar de mãos, numa simples palestra, em uma bênção, sendo como são, superiores, abrem, para nós outros, os que vimos aprender, visões novas e importantes sobre um mesmo assunto.

Este é o enfoque que iremos dar à figura de Jesus: o grande

Mestre do planeta que nos abriga. Apesar das dores, das dificuldades, dos sofrimentos, dos crimes e da indiferença moral que a humanidade traz como marcas dolorosas no seu coração, existem, também, marcas otimistas, positivas, de elevação: a marca clara e evidente de que Jesus é o nosso governador; a marca excepcional de que ele é o nosso Mestre; a marca interessantíssima de Jesus, sempre o curador, e a marca humana, dos simples, como sendo a da vida comum que o próprio Jesus levou na Terra.

Conversações Doentias

Conversações Doentias
Conversações Doentias


Semelhante a carro de lixo que espalha emanação morbífica por onde passa, as conversações doentias assinalam os roteiros por onde seguem.

Quando se instalam, destroem o domicílio da paz e a suspeita se aloja, vitoriosa, atormentando, implacável.

Como gás de fácil expansão, o tóxico da informação menos digna se expande, asfixiando esperanças e matando aspirações superiores.

Por onde passa, a conversação infeliz gera a hipocrisia, desenvolvendo uma atmosfera antifraterna em que assenta suas afirmações.

A má palestra nada poupa. Facilmente se dissolve em ácido calunioso ou brasa acusadora; atinge corações honestos e enlameia famílias enobrecidas pelo trabalho; deslustra uma existência honrada com uma frase, atirando ignomínia e desdouro; estimula a mentira, que se transforma em injúria, fomentando crime e loucura.

Nutrida pela ociosidade a conversação insidiosa é mãe da corrupção moral.

Se os ensinos edificantes tentam exaltar a dignidade e o dever, oferecendo campo à verdade e ao brio, o veneno da informação descaridosa aparece pretextando ingenuidade e destrói, impiedoso, a cultura da dignidade.

Em Plena Era Nova

Em Plena Era Nova



Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida robusta que usufruíam na carne, o mausoléu esquecido num canto ermo de cemitério.

Nenhuma lembrança útil.

Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.

Nenhum ato que lhes recorde atitudes com padrões de fé.

Nenhum exemplo edifi cante nos currículos da existência.

Nenhuma ideia que vencesse a barreira da mediocridade.

Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho da gratidão.

A terra conservou-lhes, à força, apenas o cadáver – retalho de matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer, no adubo às ervas bravas.

Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de seres amigos.

A Consciência, o Sentido Íntimo

A Consciência, o Sentido Íntimo
A Consciência, o Sentido Íntimo


A consciência é, portanto, como diz W. James, o centro da personalidade, centro permanente, indestrutível, que persiste e se mantém, através de todas as transformações do indivíduo. A consciência é não só a faculdade de perceber, mas também o sentimento que temos de viver, de agir, de pensar, de querer. Ela é una e indivisível. A pluralidade de seus estados nada prova, como vimos, contra essa unidade. Estes estados são sucessivos, como as percepções que a eles se ligam e, não, simultâneos. Para demonstrar que existem, em nós, vários centros autônomos de consciência, ter-se-ia de provar também que há ações e percepções simultâneas e diferentes; mas isto não é assim, nem pode ser.

Facho Libertador

Facho Libertador
Facho Libertador
Consolador prometido por Jesus, o Espiritismo alcança o homem por mensageiro divino, estendendo-lhe as chaves da própria libertação.

Rompe os limites que lhe circunvalam o planeta, em forma de horizontes, e descortina-lhe a visão do Universo, povoado de mundos inumeráveis, rasgando a venda de ilusão que lhe empana a ideia da vida.

Funde as grades da incompreensão, entre as quais se acredita cobaia pensante em vale de lágrimas, e fala-lhe da justiça perfeita e da bondade incomensurável do Criador que concede oportunidades iguais a todas as criaturas, nos planos multiformes da Criação, extirpando a cegueira que lhe obscurece o entendimento e ensinando-lhe a reconhecer que deve a si mesmo o bem ou o mal, que lhe repontem da senda.

Parte as grilhetas de sombra, que lhe encerram a inteligência em falsos princípios de maldição e favor, impropriamente atribuídos à Excelsa Providência, e oferece-lhe o conhecimento de reencarnação do espírito, em aperfeiçoamento gradativo na Terra ou em outros mundos.

Derrete as algemas de tristeza que lhe aprisionam o sentimento, na tenebrosa perspectiva de eterno adeus perante a morte, e clareialhe o raciocínio na consoladora luz da sobrevivência, para além da estância física.

Mistificações na Mediunidade

Mistificações na Mediunidade
Mistificações na Mediunidade
O exercício da mediunidade correta impõe disciplinas que não podem ser desconsideradas, seriedade e honradez que lhe conferem firmeza de propósitos com elevada qualidade para o ministério.

Porque independe dos requisitos morais do intermediário, este há de elevar-se espiritualmente, a fim de atrair as entidades respeitáveis que o podem promover, auxiliando-o na execução do delicado programa a que se deve ajustar.

Pelo fato de radicar-se no organismo, o seu uso há que ser controlado e posto em regime de regularidade, evitando-se o abuso da função, que lhe desgasta as forças mantenedoras, como a ausência da ação, que lhe obstrui mais amplas aptidões que somente se desenvolvem através de equilibrada aplicação.

Face à sintonia psíquica responsável pela atração daqueles que se comunicam, a questão da moralidade do médium é de relevante importância, preponderando, inclusive, sobre os requisitos culturais, porquanto estes últimos podem constituir-lhe uma provação, jamais um impedimento, enquanto a primeira favorece a união com os espíritos de igual nível evolutivo.

Enriquece o Teu Dia

Enriquece o Teu Dia
Enriquece o Teu Dia
Cada dia é uma reencarnação simbólica para nós outros, no círculo de lutas purificadoras da Terra.

Não te esqueças de semelhante verdade, se desejas realmente preparar o coração para a vida imperecível.

Não desperdices a riqueza dos minutos na indiferença, na teimosia, no isolamento ou na inércia.

Cada vez que o sol reaparece no horizonte, é possível melhorar o padrão do próprio entendimento com os familiares, auxiliar ao próximo com mais segurança, amparar a natureza com mais alta compreensão.

Hoje é nova oportunidade a fim de renovar-nos, quanto possível, para o Infinito Bem.

Planta uma árvore amiga e, mais tarde, recolher-lhe-ás o tesouro de bênçãos.

Aceita o desafeto de ontem, oferecendo-lhe simpatia e, em futuro próximo, terás um irmão compreensivo e devotado.

Paciência e Bondade

Paciência e Bondade
Paciência e Bondade
Se o orgulho é o pai de uma multidão de vícios, a caridade gera muitas virtudes. Desta derivam a paciência, a doçura, a reserva nas intenções. É fácil para o homem caridoso ser paciente e doce, perdoar as ofensas que lhes são feitas. A misericórdia é companheira da bondade. Uma alma elevada não pode conhecer o ódio, nem praticar a vingança. Ela plana acima dos mesquinhos rancores: é do alto que observa as coisas. Compreendendo que os erros dos homens são apenas o resultado de sua ignorância, não concebe nem amargor, nem ressentimento. Sabe que perdoar, esquecer os erros do próximo, é anular qualquer gérmen de inimizade, é apagar toda causa de discórdia no futuro, tanto na Terra quanto na vida do Espaço.

A caridade, a mansuetude, o perdão das injúrias tornam-nos invulneráveis, insensíveis às baixezas e às perfídias. Provocam nosso desligamento progressivo das vaidades terrestres e habituam-nos a dirigir nosso olhar para as coisas que a decepção não pode atingir.

Ouvindo o Convite de Jesus

Ouvindo o Convite de Jesus
Ouvindo o Convite de Jesus
Vinde a mim... Eis o convite que o Senhor repete, na noite de hoje, aos nossos corações.

Através dos séculos tem ele, nos feito esse convite e, apesar da insistência do convite, muitos têm buscado outras soluções para vencerem os seus problemas e, as dificuldades, para superarem as lutas, nem sempre optando por soluções mais afinadas com as Leis de Deus. Por isso mesmo, muitas almas têm acumulado, através dos tempos, mais dores e sofrimentos.

Nesta noite, renova-se o convite do Senhor, chamando-nos para que aprendamos com ele, que é manso e pacífico, que está plenamente sintonizado com Deus.

Convida-nos gng a confi ar ao seu coração nossas dores, angústias, aflições, sofrimentos.

Convida-nos mais uma vez para que, através da reflexão da sua mensagem, possamos nós, encarnados e desencarnados, assumir uma nova postura dentro da vida e, através dessa modificação, trilharmos caminhos mais seguros que possam nos desviar de outras tantas quedas que acabariam por acumular novas dores e sofrimentos.

Convite ao Estudo

Convite ao Estudo
Convite ao Estudo
“O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem e o homem mau, do mau tesouro tira a mal; porque a sua boca fala o de que está cheio o coração.” (Lucas, 6:45.)

Pugnadores do ceticismo diante das investigações das ciências modernas apresentam apressadas conclusões pessimistas através das quais subestimam os informes espiritualistas com sarcasmos e azedumes.

Tratadistas da negação arremetem, desesperados, contra as expressões imortalistas, apoiando-se nas filosofias do desespero como se elas pudessem equacionar todos os enigmas da inquietação humana.

Anarquistas apaixonados, face às alterações econômico-sociais, arremetem revoltados, em fúria brutal, contra as vivas lições cristãs, como desejando tudo romper e aniquilar.

Assumem atitudes aberrantes os hodiernos condutores da mente e do comportamento do homem, a reivindicar chegado o período da felicidade, que é aflição disfarçada pelos alucinógenos e gozos fugazes em prenúncio da grande degradação em massa...

Jovens

Jovens
Jovens
No estudo das ideias inatas, pensemos nos jovens, que somam às tendências do passado as experiências recém-adquiridas.

Com exceção daqueles que renasceram submetidos à observação da patologia mental, todos vieram da estação infantil para o desempenho de nobre destino.

Entretanto, quantas ansiedades e quantas flagelações quase todos padecem, antes de se firmarem no porto seguro do dever a cumprir!...

Ao mapa de orientação respeitável que trazem das Esferas Superiores, a transparecer-lhes do sentimento, na forma de entusiasmos e sonhos juvenis, misturam-se as deformações da realidade terrestre que neles espera a redenção do futuro.

Muitos saem da meninice moralmente mutilados pelas mãos mercenárias a que foram confiados no berço, e outros tantos acordam no labirinto dos exemplos lamentáveis, partidos daqueles mesmos de quem contavam colher as diretrizes do aprimoramento interior.

Doutrina Consoladora

Doutrina Consoladora
Doutrina Consoladora
Assim, o Espiritismo proporciona o que Jesus disse sobre o consolador prometido: conhecimento dos fatos(...) retorno aos verdadeiros princípios da Lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança. (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 4, último parágrafo.)

O homem é um ser progressista(…) Progredir é sua missão na Terra, é seu maior dever. (Léon Denis. O Progresso, cap. I.)

Conforta-nos saber que esta Instituição mantém o trabalho evocativo dos mortos. Eles estão presentes, sempre, nunca ausentes de todos os que lhes buscam a mensagem de apoio e paz.

Já Allan Kardec ensinava que a vida continua, na conceituação firme do fato e na clara evidência da comunicação.

Na Doutrina Espírita há dois conceitos elucidativos: o da sobrevivência da alma e o da comunicação dos espíritos.

A Crise Moral

A Crise Moral
Uma sociedade sem esperança, sem fé no futuro, é como um homem perdido no deserto, como uma folha morta que rola ao sabor dos ventos. É bom combater a ignorância e a superstição, mas é preciso substituí-las pelas crenças racionais. Para caminhar com passo firme na vida, para se preservar das falhas e das quedas, é necessária uma convicção robusta, uma fé que nos eleve acima do mundo material; é preciso ver o obje tivo e atingi-lo, retamente. A arma mais segura no combate terrestre é uma consciência reta e esclarecida.

Mas se a ideia do nada nos domina, se cremos que a vida não tem amanhã e que com a morte tudo termina, então, para ser lógicos, o cuidado da existência material e o interesse pessoal deverão se sobrepor a qualquer outro sentimento. Pouco nos importará um futuro que não deveremos conhecer! A que título nos falarão de progresso, de reformas, de sacrifícios? Se apenas há para nós uma existência efêmera, só nos resta aproveitar o momento presente, tomar as alegrias e abandonar os sofrimentos e os deveres! Tais são os raciocínios aos quais chegam, forçosamente, as teorias materialistas; raciocínios que ouvimos formular e que vemos aplicar todo dia em torno de nós.

Convite a resignação

Convite a resignação
Convite a resignação
Enquanto debandam das lides enobrecedoras trabalhadores que te pareciam exemplo de estoicismo, sentes o coração dilacerar-se e tens a impressão de que não suportarás os rudes embates que se sucedem,
contínuos...

À medida que o entusiasmo diminui e a realidade das tarefas apresenta as legítimas dimensões do empreendimento espiritual, consignas a presença do desânimo...

Afinal, refletes, estão escassos os líderes autênticos, aos teus olhos, enquanto a confusão aumenta e a face do ceticismo gargalha vitoriosa...

Tudo te parece sombrio com perspectivas ainda mais tristes.

Não descoroçoes, porém.

Não tomes como modelo para meditação os exemplos dos maus exemplos.

Malgrado as dificuldades aparentes, a vitória do bem e do amor é óbvia, não dando margem à controvérsia.

Contradição Mediúnica

Contradição Mediúnica
Contradição Mediúnica
Meditemos com atenção na resposta que os Espíritos deram a Allan Kardec sobre o tema ora em estudo.

Os Espíritos Superiores jamais se contradizem. Os médiuns, entretanto, podem adulterar, consciente ou inconscientemente, o pensamento dos Espíritos.

Os próprios Espíritos, quando se servem de intermediários entre si e os homens, podem ter as suas ideias deturpadas.

Explicamo-nos melhor.

Dependendo da formação doutrinária do médium, ele pode intervir na opinião do Espírito sobre determinada questão. É aqui que fica mais caracterizada a participação do médium no intercâmbio espiritual.

Essa “interferência” pode ser positiva ou negativa.

Se o médium não concorda com o que o Espírito escreve ou fala por seu intermédio, ele irá oferecer-lhe certa resistência.

De outras vezes, é o Espírito que, emitindo a distância o seu pensamento ao médium, carece servir-se de intermediários espirituais que estejam mais próximos ao medianeiro, consequentemente se sentindo prejudicado no assunto sobre o qual foi questionado ou, espontaneamente, deseja abordar.

Pontos perigosos para os Pais

Pontos perigosos para os Pais
Pontos perigosos para os Pais
Desconsiderar a importância do exemplo na escola do lar. Ignorar que os filhos chegam à reencarnação através deles, sem serem deles.

Transformar as crianças em bibelôs da família, fugindo de ajudá-las na formação do caráter desde cedo.

Ajudar os filhos inconsideradamente tanto quanto sobrecarregá-los de obrigações incompatíveis com a saúde ou a disposição que apresentem.

Distanciar-se da assistência necessária aos pequeninos sob o pretexto de poderem remunerar empregados dignos, mas incapazes de substituílos nas responsabilidades que receberam.

Desconhecer que os filhos são Espíritos diferentes, portadores da herança moral que guardam em si mesmos, por remanescentes felizes ou infelizes de existências anteriores.

Desejar que os filhos lhes sejam satélites, olvidando que eles caminham na trajetória que lhes é peculiar, com pensamentos e atitudes pessoais.

Desinteressar-se dos estudos que lhes dizem respeito.

Resignação na Adversidade

Resignação na Adversidade
Resignação na Adversidade
Eis a obra do sofrimento! Não é a maior de todas as que se realizam na Humanidade? Ela prossegue em silêncio, secretamente, mas os resultados são incalculáveis. Desligando a alma de tudo o que é baixo, transitório, ela eleva, desvia-a para o futuro, para os mundos superiores. Fala-lhe de Deus e das leis eternas. Certamente, é belo ter um fim glorioso, morrer jovem, combatendo pelo seu país. A História registra o nome dos heróis, e as gerações rendem um justo tributo de admiração à sua memória. Porém, uma longa vida de dores, de males pacientemente suportados, é ainda mais fecunda para o adiantamento do espírito. A História nada dirá, sem dúvida. Todas essas vidas obscuras e mudas, vidas de luta silenciosa e de recolhimento, caem no esquecimento, mas aqueles que as viveram encontram na luz espiritual sua recompensa. Só a dor abranda nosso coração, aviva os ardores da nossa alma. É a tesoura que lhe dá suas proporções harmônicas, afina seus contornos, fá-la resplandecer com sua mais perfeita beleza. Uma obra de sacrifício, lenta, contínua, produz maiores efeitos do que um ato sublime, mas isolado.

Suicidas

Suicidas
Suicidas

Ninguém lhes viu talvez a luta insana. E não sabes até que ponto sorveram o veneno da angústia na taça de fel!

Faze silêncio, diante dos que caíram no paroxismo da desesperação e da dor.

Na batalha do mundo, quantos despem o manto da carne, roídos no âmago da alma pelas chagas de aflitivas desilusões!... Quantos procuram fugir ao nevoeiro do vale, arrojando-se às trevas do despenhadeiro cruel!...

E, pedindo a paz do Senhor para os que descem à sombra da rendição antes do triunfo, ora também pelos que armam as garras da treva contra si próprios no pelourinho da maldade e da calúnia:

Pelos que perturbam o caminho alheio, aniquilando a própria existência;

Pelos que rendem culto à perversidade, consumindo-se na ilusão de que destroem o próximo.

Tesouros ocultos

Tesouros ocultos
Tesouros ocultos
Ainda existe quem se dirija aos companheiros desencarnados perguntando por tesouros ocultos.

Tais consulentes, guardando imaginação doentia, mentalizam recipientes encravados no subsolo ou no corpo de lodosas paredes, a vazarem moedas e preciosidades que lhes atendam aos pruridos de usura.

E martelam a mediunidade inexperiente e pedem sonhos reveladores...

Mas os amigos espirituais, realmente esclarecidos, tudo fazem para que os irmãos da escola física não encontrem semelhantes bombas douradas que, provavelmente, lhes explodiriam nas mãos, em forma de crime.

Entretanto, cada criatura humana surge do berço para descobrir os talentos que traz, independentemente da fortuna terrestre, a fim de ajudar aos outros, valorizando a si mesma.

A mulher e o homem aproveitam o amor que dimana gratuitamente de Deus e erguem o santuário do lar, em que se escondem imperecíveis tesouros da alma.

Desvinculação

Desvinculação
Desvinculação
A desvinculação entre os que se amam com a necessidade de sanar os enganos e erros do amor assume habitualmente o aspecto de dolorosa cirurgia psíquica.

Por semelhante razão, a Divina Sabedoria concede às criaturas tempo e condições renovadas na preparação gradual do acontecimento.

Essa desvinculação, via de regra, se verifica numa constante digna de nota – a posição de pais e filhos, incluindo-se nela os pais e filhos adotivos –, de vez que, no enternecimento do lar, todos os jogos da ternura são colocados na mesa do cotidiano, revestidos de encantamento construtivo. No fundo, porém, da personalidade paterna ou do maternal coração, descansam os remanescentes de grandes afeições, às vezes desequilibradas e menos felizes, trazidos de outras estâncias, nos domínios da reencarnação.(... )

Óbvio que nem todos os filhos aparecem no lar categorizados à conta da desvinculação afetiva, porquanto milhões de Espíritos no corpo da Humanidade tomam a estrutura física, no desempenho de encargos simples ou complexos, valendo-se da colaboração dos pais, à maneira de amigos que se entreajudam, nas faixas da confiança e da afinidade recíprocas.

A Eduacação

A Eduacação
A Eduacação
Não confiem seus filhos a outros, a não ser que sejam a isso obrigados. A educação não deve ser mercenária. Que importa a uma babá que uma criança fale ou ande antes de outra? Ela não tem nem o orgulho, nem o amor maternos. Mas que alegria para a mãe nos primeiros passos do seu querubim! Nenhuma fadiga, nenhuma dor a detém. Ela ama! Façam pela alma dos seus filhos o mesmo. Tenham mais solicitude ainda pela sua alma do que pelo seu corpo. Este consumir-se-á, em breve, e será lançado a uma sepultura, enquanto que a alma imortal, resplandecendo pelos cuidados com que foi cercada, pelos méritos adquiridos, pelos progressos realizados, viverá através dos tempos para abençoálos e amá-los.

Deus é o Supremo

Deus é o Supremo
Deus é o Supremo 
O homem sempre se julgou o senhor da própria vida e, por um delírio, julga-se senhor da vida do próximo também.

Bastaria que ele refletisse melhor sobre isso, para entender que é um direito falso o de dispor da vida do seu próximo ou mesmo pôr termo às suas lutas.

Ao espiritista, este assunto é de profundo interesse, pois muitas vezes, embora não se declare formalmente que o próximo deva desencarnar, encontramos criaturas, mesmo no meio espírita, que julgam ser o momento adequado para que este ou aquele companheiro pare de sofrer.

A Lei de Deus, entretanto, ignora tais apelos e faz prosseguir sua justiça junto àqueles que sofrem, e sofrem porque procuraram resgatar suas dívidas de outras vidas.

Concebamos, na nossa existência, que cada um de nós passa adequadamente pelas lutas e pelos sofrimentos de que precisa. Busquemos aliviar, busquemos cooperar, busquemos ensinar, busquemos ajudar e estimular, mas sempre guardemos no coração a certeza absoluta de que Deus é o supremo juiz para decidir sobre a continuidade ou não das lutas de cada um.

Que, de nossa parte, saibamos respeitar a Lei de Deus, para que amanhã não venhamos a chorar por tê-la desrespeitado.

Que Deus a todos nos ajude, abençoe e conduza, hoje e sempre!

Muita paz!



Autor: Hermann
Do livro: Palavra do Coração, vol. 2.

Espíritos Familiares

Espíritos Familiares
Espíritos Familiares
No intercâmbio entre encarnados e desencarnados, é justo lembrar que a morte nem sempre é sublimação espiritual, que a mediunidade, em sua expressão fenomênica, não é atestado de progresso moral definitivo da criatura terrestre e que os problemas do mundo prosseguem na alma que se transferiu de plano, quando a mente não conseguiu desvencilhar-se das ilusões da existência física.

Muitos companheiros atravessam o túmulo conduzindo consigo paixões e frustrações que lhes constituem doloroso purgatório na vida espiritual, e muitos médiuns, não obstante respeitáveis pelas boas intenções em que se inspiram, permanecem jungidos ao passado inquietante, trazendo faculdades cativas às provas e angústias pelas quais se redimem.

Desse modo, é necessário compreender que a palavra dos familiares desencarnados, muito embora doce e amiga pelo carinho que traduz, pode conter o envenenado vinho da lisonja, que sorvido por nossa leviandade nos prejudica o soerguimento e a recuperação.

Homosexualidade

Homosexualidade
Homosexualidade
A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação.

Observada a ocorrência, mais com os preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais.

A Prece

A Prece
A Prece
Quando uma pedra toca na água, vê-se vibrar sua superfície em ondulações concêntricas. Dessa forma, o fluido universal coloca-se em vibração através das nossas preces e dos nossos pensamentos, com essa diferença de que as vibrações das águas são limitadas, enquanto que as do fluido universal propagam-se ao Infinito. Todos os seres, todos os mundos estão banhados nesse elemento, como nós próprios o estamos na atmosfera terrestre. Daí resulta que nosso pensamento movido por uma força de impulsão, por uma vontade satisfatória, vai impressionar as almas a distâncias incalculáveis. Uma corrente fluídica estabelece-se de umas para as outras e permite aos espíritos elevados responder aos nossos apelos e de influenciar-nos através do Espaço.

Kardec, o renovador de ideias

Kardec, o renovador de ideias
Kardec, o renovador de ideias
Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

Há homens na Terra que têm um condão de multiplicar ideias, de renovar concepções e de fermentar os sentimentos das criaturas. Entre muitos que desceram à Terra, está o nosso homenageado de hoje, Allan Kardec, alma de escol, mas, acima de tudo, espírito com as qualidades, já citadas, de fazer multiplicar ideias, valorizar sentimentos e tornar compreensíveis atos e sentimentos dos homens.

Deve-se olhar para a figura de Kardec também sob este aspecto: somente um homem com conhecimento, com estrutura emocional e com profunda fé em Deus seria capaz de perceber uma ideia de renovação no campo da espiritualidade, das religiões de um modo geral, do próprio homem, que tanto necessita de transformar-se, no dia a dia.

A doutrina dos espíritos, que ele tão bem soube traduzir para os homens da Terra, teve nele um elemento que impulsionou, certamente, a ideia que trazia. Não fosse ele um ser dedicado, mesmo obstinado, na implantação de uma ideia, talvez a Doutrina demorasse para ser compreendida por muitos homens. Sua obstinação fez com que a ideia varasse as dificuldades daquela época, superasse a inércia natural da coletividade, se chocasse com a doutrina dominante e trouxesse, enfim, a possibilidade de penetrar nos corações dos simples, dos humildes e também daqueles que desejavam libertar-se de ideias ultrapassadas, no campo da religiosidade.

O que esperais?

O que esperais?
O que esperais?
Quando o homem se propõe a servir e a trabalhar compara-se a alguém que dispõe de algumas sementes na mão, encontrando aqui e acolá a oportunidade de semear.

Quando, no entanto, suas intenções se solidificam, e como servo fiel se firma no dever, as sementes se multiplicam; multiplicando-se, igualmente, as ocasiões para o plantio.

Urge que o semeador dinamize o ato de semear, sem se perder à procura da melhor hora, pois ele tem condições de ampliar seu serviço, quando se ampliarem as necessidades.

O tempo, na Terra, convoca os trabalhadores ao exercício ativo, constante.

A semeadura não espera, já que as sementes aí já estão, em vossas mãos, prontas para germinar!

Neste momento, o trabalho é responsabilidade daquele que recebeu a tarefa, cabendo-lhe, portanto, não desanimar, intensificar as forças, não desprezar oportunidades.

Esquecimento do Passado

Esquecimento do Passado
Esquecimento do Passado
Inutilmente se faz objeção ao esquecimento do passado como um obstáculo para que se possa aproveitar a experiência de existências anteriores. Se Deus considerou conveniente lançar um véu sobre o passado, é porque isso deve ser útil. Realmente, essa lembrança teria inconvenientes muito graves; ela poderia, em certos casos, humilhar muito, ou, então, estimular o nosso orgulho e, dessa forma, obstruir o nosso livre-arbítrio. De qualquer forma, causaria perturbações inevitáveis nas relações sociais.

É comum o espírito renascer no mesmo meio em que já viveu e se encontrar em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes fez. Se reconhecesse nessas pessoas aquelas a quem havia odiado, talvez seu ódio reaparecesse; e, de qualquer forma, ficaria humilhado diante das pessoas que tivesse ofendido.

Para nos melhorarmos, Deus nos deu exatamente o que necessitamos e o que nos basta: a voz da consciência e as tendências intuitivas, tirando-nos o que poderia nos prejudicar.

Eles todos te ouvem

Eles todos te ouvem
Eles todos te ouvem
O item 21 do capítulo V deO Evangelho Segundo o Espiritismo é uma mensagem mediúnica do Sr. Sanson, dada em Paris em 1863, e tem por título “Perda de pessoas amadas e mortes prematuras”. Como vemos nas reuniões com Chico Xavier as lições desse livro, que é sempre aberto ao acaso por um dos presentes, caem num tema referente à maior preocupação dos participantes. Sanson, ex-materialista que se converteu ao Espiritismo lendo O Livro dos Espíritos, foi companheiro constante de Kardec na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

Na sua mensagem, como nesta de Emmanuel, Sanson adverte que os nossos mortos amados necessitam de nossos bons pensamentos, de nossas preces, mas não do nosso desespero que só serve para fazê-los sofrer, e acentua: “Mães, sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós”. Emmanuel exclama: “Eles todos te ouvem o coração na Vida Superior”.

Livre-arbítrio e providência

Livre-arbítrio e providência
Livre-arbítrio e providência
A liberdade é a condição indispensável à alma humana, que, sem ela, não poderia edificar seu destino. Foi em vão que os filósofos e os teólogos argumentaram longamente sobre esta questão. Rivalizando-se com suas teorias, com seus sofismas, obscureceram-na, condenando a Humanidade à servidão, em vez de conduzi-la à luz libertadora. A noção é simples e clara. Os druidas haviam-na formulado, desde os primeiros tempos de nossa História. Ela está expressa nestes termos, nas Tríades: “Há três unidades primitivas: Deus, a luz e a liberdade”.

De relance, à primeira vista, a liberdade do homem parece bem restrita, em meio ao círculo de fatalidades que o cerca: necessidades físicas, condições sociais, interesses ou instintos. Mas, considerando mais cuidadosamente a questão, vê-se que tal liberdade é sempre suficiente para permitir que a alma quebre este círculo e escape às forças opressivas.

A liberdade e a responsabilidade do ser são interdependentes e aumentam com sua elevação. É a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e sua moralidade; sem ela, ele seria apenas uma máquina cega, um joguete das forças ambientes. A noção de moralidade é inseparável da de liberdade.

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