O Papel dos Espíritos |
“O papel dos Espíritos não é o de vos esclarecer sobre as coisas desse mundo, mas o de vos guiar com segurança no que vos pode ser útil para o outro. Quando vos falam das coisas desse mundo é porque julgam necessário, mas não a vosso pedido. Se vedes nos Espíritos os substitutos dos adivinhadores e dos feiticeiros, então é certo que sereis enganados.” (O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, cap. XXVII.)
Quando Moisés, o grande legislador hebreu, proibiu a evocação dos mortos, conforme pode-se ler no livro Deuteronômio, objetivava impedir que se vulgarizasse a comunicação entre os dois planos da vida.
Os judeus, no exercício da mediunidade, entravam em contato com os espíritos com tal facilidade que passaram a consultá-los sobre os mais comezinhos acontecimentos do cotidiano, eximindo-se de toda e qualquer responsabilidade em suas ações.
A maioria dos medianeiros daquela época, entretanto, cobravam pelos seus ofícios, estabelecendo um verdadeiro “comércio” entre os vivos e os “mortos”, atraindo quase que somente espíritos que nada poderiam acrescentar à moral de seu povo.