Reencarnação e bondade Divina

Reencarnação e bondade Divina
Reencarnação e bondade divina
Todos ouvimos falar da reencarnação. Neste mês, estamos falando sobre esse tema. E as meditações ocorrem naturalmente e as pessoas buscam entender o motivo do retorno das almas para a nova vida material. Em nossas meditações, devemos pensar, principalmente, na bondade de Deus, que nos permite o retorno para acertar os débitos de vidas anteriores.

Como nós pensamos neste aspecto da bondade do Senhor, podemos dizer, sem medo de errar, que estamos sob a direção de um Pai de amor e de bondade, que não quer a nossa destruição, mas quer a nossa transformação.

Busquemos entender, desse modo, as lutas da vida humana, os problemas por que todos passam, as dificuldades que as criaturas vivenciam, as inquietações dos seres, como sendo, todas elas, episódios do progresso da própria alma.

Não nos desestimulemos nem nos achemos abandonados pela bondade de Deus, quando estivermos

A Alma

134. Que é a alma?
“Um Espírito encarnado.”

a) Que era a alma antes de se unir ao corpo?
“Espírito.”

b) As almas e os espíritos são, portanto, identicamente, a mesma coisa?
“Sim, as almas são apenas os Espíritos. Antes de se unir ao corpo, a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível e que revestem, temporariamente, um envoltório carnal, para se purificarem e se esclarecerem.”

135. Há no homem outra coisa além da alma e do corpo?
“Há o elo que une a alma e o corpo.”

a) Qual a natureza desse elo?
“Semimaterial, isto é, intermediária entre o Espírito e o corpo. E é preciso que assim seja, para que eles possam comunicar-se um com o outro. É através desse elo que o Espírito age sobre a matéria e reciprocamente.”

O homem é, assim, formado de três partes essenciais:

1o – O corpo, ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital;

2o – A alma, Espírito encarnado cujo corpo é a habitação;

3o – O princípio intermediário, ou perispírito, substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito e une a alma ao corpo. Tais são, num fruto, o gérmen, o perisperma e a casca.

136. A alma é independente do princípio vital?
“O corpo é apenas o envoltório, repetimo-lo incessantemente.”

a) O corpo pode existir sem a alma?
“Sim, entretanto, desde que o corpo cesse de viver, a alma o abandona. Antes do nascimento, ainda não há

Rivalidades

Rivalidades
Rivalidades
“(...) aqueles que estão imbuídos dos verdadeiros princípios desta Doutrina veem irmãos em todos os espíritas e não rivais”. (O Livro dos Médiuns. Cap. XXXI, Segunda Parte, item 22.)
A rivalidade entre os adeptos do Espiritismo é um dos principais fatores de enfraquecimento de suas atividades doutrinárias.

Espíritas rivais entre si são, no mínimo, contraditórios.

Grupos espíritas que se rivalizam estão contrariando os interesses da Doutrina.

Onde não existir união os espíritos superiores não estarão presentes.

A vaidade é uma erva daninha que, sutilmente, se alastra onde o trigo do desinteresse não é cultivado.

A pretexto de estar com a razão, ninguém tem o direito de ofender o outro, porque a razão está sempre com quem se mostra disposto a compreender e a superar as desavenças.

Médium algum deve invejar a tarefa mediúnica de um companheiro de ideal, desvalorizando ele mesmo o trabalho que lhe compete.

Prossegue lutando

Prossegue lutando
Prossegue lutando
Levanta o espírito combalido e prossegue lutando: 

a terra sofrida pelo arado mais produz; 
a fonte visitada pelo balde mais dessedenta;
a árvore abençoada pela poda mais frutifica;
o coração mais visitado pela dor mais se aprimora.

Não te canses de lutar!

A reencarnação é oportunidade abençoada que os Céus concedem para refazimento moral, ajuste de contas e saldamento de dívidas.

Não te aflijas ante a imperiosa necessidade de resgatar.

Bendize as horas de dor, que passam como passam os momentos de prazer, avançando na tua luta, caindo para levantar, chorando por amor ao ideal e sofrendo por servir. Para onde sigas, defrontarás a luta em nome do trabalho sulcando o solo da Humanidade.

A luta é clima em que são forjados os verdadeiros heróis e o sofrimento é a célula sublime que dá origem aos servidores verdadeiros.

Há mães que no sofrimento se converteram em anjos estelares; há corações que no sofrimento se transformaram em urnas sublimes de amor; há criaturas que no sofrimento se renovaram, fazendo de si mesmas sentinelas vigilantes, em defesa dos infelizes.

Objetivo da Encarnação

132. Qual é o objetivo da encarnação dos Espíritos?
“Deus impõe-lhes a encarnação com o objetivo de fazê-los chegar à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, é uma missão. Porém, para chegar a essa perfeição, devem suportar todas as vicissitudes da existência corporal: nisto é que está a expiação. A encarnação tem também um outro objetivo, que é o de colocar o espírito em condições de suportar sua parte na obra da criação; é para executá-la que, em cada mundo, ele toma um instrumento em harmonia com a matéria essencial desse mundo para aí executar, daquele ponto de vista, as ordens de Deus; de tal forma que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”

A ação dos seres corporais é necessária à marcha do Universo; Deus, porém, na sua sabedoria, quis que, nessa mesma ação, eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar dele. É assim que, por uma admirável lei de sua providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.

133. Os Espíritos que, desde o princípio, seguiram o caminho do bem, têm necessidade da encarnação?
“Todos são criados simples e ignorantes; instruem-se nas lutas e nas tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer alguns felizes, sem atribulação e sem trabalho e, por conseguinte, sem mérito.”

a) Mas, então, de que serve aos Espíritos terem seguido o caminho do bem, se isto não os isenta

Hahnemann - Pai da Medicina Homeopática



"Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao espírito, sem isso onde estaria o mérito e a responsabilidade?”    E.S.E – cap. IX, item 10 (Hahnemann, em Paris, 1863).
           
“Christian Friedrich Samuel Hahnemann nasceu em 10 de abril de 1755, em Meissen, na Alemanha. Seus pais lhe deram o nome de Christian, seguidor de Cristo.

Seu pai era pintor de porcelana e ele mesmo foi preparado para seguir a carreira paterna. Desta forma, aprendeu na Escola várias línguas estrangeiras: inglês, francês, espanhol, latim, árabe, grego, hebreu e caldeu, além da língua nacional. O objetivo era poder, no futuro, comercializar em outros países a porcelana.
            

Único mediador

Único mediador
Único mediador
“Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: Cristo Jesus, homem.” — 1 Timóteo, cap. 2: 5.


A lógica diz que tudo procede de cima para baixo, ou seja, todo foco de luz emana de um único ponto.

Na realidade, todos não passamos de intérpretes do Cristo, a fonte de que provém toda a Verdade e todo o Amor para a Terra.

Originariamente, nenhuma ideia nos pertence; não somos autores, mas sim coautores.

O médium não passa de, simbolicamente, ser o leito por onde a água do rio se escoa, de novo à procura do mar...

São vários os intérpretes da luz, que a refletem de acordo com as suas características.

O médium, por este motivo, dependerá de sua formação como um todo — não há como se separar a mediunidade do médium.

Ao longo do tempo, em várias partes do mundo, mensageiros do Senhor enunciaram a mesma Verdade, no entanto adaptando-a às condições espirituais que encontraram nas regiões em que viveram: Lao-Tsé, Buda, Sócrates...

Pouco a pouco

Pouco a pouco
Pouco a pouco
“Se o Espiritismo deve, assim como está anunciado, ocasionar a transformação da Humanidade, isso não pode ocorrer senão pelo melhoramento das massas, o qual não chegará, gradualmente e pouco a pouco, senão pelo melhoramento dos indivíduos.” (O Livro dos Médiuns. Cap. XXIX. Segunda Parte, item 350.)



Realmente, a tarefa do médium na Doutrina Espírita está revestida de significativa importância na obra de espiritualização da Humanidade, sob a égide do Cristo.

Fazendo-se intérprete dos espíritos, o médium pode cooperar no despertamento das almas adormecidas, conscientizando-as quanto à finalidade da vida no corpo denso.

Entretanto, nenhum médium deve ignorar que a evolução espiritual dos homens não acontecerá de improviso.

Há dois mil anos, o Evangelho trabalha, pacientemente,  na edificação do reino divino sobre a Terra.

Lentamente, as ideias das pessoas se modificam...

Anjos e Demônios

128. Os seres que chamamos anjos, arcanjos, serafins, formam uma categoria especial, de natureza diferente dos outros Espíritos?
“Não; são os espíritos puros: os que estão no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições.”

A palavra anjo desperta, geralmente, a idéia da perfeição moral; todavia, ela é aplicada, freqüentemente, a todos os seres, bons e maus, que estão fora da Humanidade. Diz-se: o anjo bom e o anjo mau; o anjo da luz e o anjo das trevas; neste caso, ela é sinônimo de Espírito ou de gênio. Nós a tomamos, aqui, na sua melhor acepção.

129. Os anjos percorreram todos os graus da escala?
“Percorreram todos os graus, mas como já o dissemos: uns aceitaram suas missões sem murmúrio e chegaram mais depressa; outros levaram um tempo mais ou menos longo para chegar à perfeição.”

130. Se a opinião que admite seres criados perfeitos e superiores a todas as outras criaturas é errônea, como se explica que ela esteja na tradição de quase todos os povos?
“Fica sabendo que teu mundo não existe de toda a eternidade e que, muito tempo antes que ele existisse, espíritos já haviam atingido o grau supremo; então, os homens acreditaram que eles sempre tivessem sido dessa forma.”

131. Há demônios, no sentido que se dá a esta palavra?
“Se houvesse demônios, seriam obra de Deus. E Deus seria justo e bom tendo criado seres eternamente

Página de coragem

Página de coragem
Página de coragem
Tempo de provação – horas de resistência.

Não esmoreças.

Terás tido lutas ou estarás dentro delas, qual ocorre a tantos outros companheiros.

Observas lares numerosos em dificuldade pela própria sobrevivência.

Notaste almas queridas em processo de desvinculação violenta.

Acompanhaste a desencarnação imprevista de pessoas amadas.

Por outro lado, encontras novas telas de sofrimento como sejam:

Acidentes de resultados amargos; moléstias obscuras; milhares de criaturas em fuga para as drogas de excitação ou de inércia; experiências estranhas; desajustes psicológicos.

Entretanto, não te deixes abater e caminha para diante.

Progressão dos Espíritos

114. Os Espíritos são bons ou maus por sua natureza, ou são os próprios espíritos que se melhoram?
“Os próprios Espíritos que se melhoram; melhorando-se, passam de uma ordem inferior para uma ordem superior.”

115. Dentre os espíritos, uns foram criados bons e outros maus?
“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. Deu, a cada um deles uma missão, com o objetivo de esclarecê-los e de fazê-los chegar, progressivamente, à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para aproximá-los dele. A felicidade eterna e sem mescla está, para eles, nesta perfeição. Os Espíritos adquirem esses conhecimentos passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam estas provas com submissão e chegam mais prontamente ao objetivo que lhes está destinado; outros só as suportam murmurando e, assim, permanecem, por sua culpa, afastados da perfeição e da felicidade prometida.”

a) Conforme dizeis, os Espíritos, em sua origem, se assemelhariam a crianças, ignorantes e sem experiência, adquirindo, porém, pouco a pouco, os conhecimentos que lhes faltam, ao percorrerem as diferentes fases da vida?
“Sim, a comparação é correta; a criança rebelde permanece ignorante e imperfeita; aproveita, mais ou menos, conforme sua docilidade; mas, a vida do homem tem um termo e a dos Espíritos estende-se ao infinito.”

O homem perante o Espiritismo

O homem perante o Espiritismo
O homem perante o Espiritismo
O homem moderno, fascinado pelas conquistas tecnológicas e ávido pelos prazeres anestesiantes, ensoberbece-se e, ignorando a destinação espiritual que o aguarda, deixa-se tresvariar pela alucinação da violência, derrapando na delinquência e na desesperação (...)

Embora enriquecido pela cultura hodierna, após a grande viagem exterior, na busca desesperada do poder transitório e dos valores de pequena monta, deixa-se conduzir por manifestações psicopatológicas, que caracterizam este como sendo o “Século da angústia.”

No báratro das suas aflições, no entanto, volta-se, sob injunções de dor e lágrimas, na direção do túmulo, e começa a interrogar a vida a respeito das realidades legítimas que não tem sabido compreender nem valorizar...

Nesse homem aturdido, porém, encontra-se a oportunidade de construir o mundo novo, a era melhor do

Primeira Ordem — Espíritos Puros

112. Caracteres gerais. — Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos espíritos das outras ordens.

113. Primeira classe. Classe única. — Percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo atingido a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, para eles é a vida eterna que realizam no seio de Deus.

Gozam de uma felicidade inalterável, porque não estão sujeitos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material; mas, esta felicidade não é, absolutamente, a de uma ociosidade monótona vivida numa perpétua contemplação.

Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam, para a manutenção da harmonia universal. Comandam todos os Espíritos que lhes são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoar e lhes designam sua missão. Assistir os homens no seu desespero, concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os afastam da felicidade suprema, constitui para eles uma suave ocupação. São designados, algumas vezes, sob os nomes de anjos, arcanjos ou serafins.

Os homens podem entrar em comunicação com eles, mas, seria muito presunçoso aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.


Autor: Allan Kardec
Livro: O Livro dos Espíritos

O egoísmo

O egoísmo
O egoísmo
Não nos sentemos jamais a uma mesa bem servida sem pensar naqueles que sofrem de fome. Esse pensamento tornarnos-á mais sóbrios, comedidos nos nossos apetites e gostos. Pensemos nos milhões de homens curvados sob os ardores do estio ou sob as duras intempéries e que, em troca de um magro salário,
retiram do solo os produtos que alimentam nossos festins e enfeitam nossas residências. Lembremo-nos de que, para iluminar nossa casa com uma luz resplandecente, para fazer jorrar nos nossos lares a chama benfeitora, homens, nossos semelhantes, capazes como nós de amar, de sentir, trabalham sob a terra, longe do céu azul e do alegre Sol, e, de picareta em punho, perfuram durante toda sua vida as entranhas da terra. Saibamos que, para ornar nossos salões de

Segunda Ordem — Bons Espíritos

107. Caracteres gerais. — Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e seu poder para fazer o bem estão na razão do grau que atingiram: uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade; os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente
desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme sua categoria, os traços da existência corporal, quer na forma da linguagem, quer nos seus hábitos onde se encontram até algumas de suas manias; de outro modo, seriam Espíritos perfeitos.

Compreendem Deus e o infinito e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem e pelo mal que impedem. O amor que os une é para eles a fonte de uma felicidade inefável que nem a inveja, nem os remorsos, nem nenhuma das más paixões, que constituem o tormento dos espíritos imperfeitos, conseguem alterar; todos, porém, têm ainda provas a suportar, até que tenham atingido a perfeição absoluta.

Como Espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens do caminho do mal, protegem na vida os que disto se tornam dignos e neutralizam a influência dos espíritos imperfeitos, sobre aqueles que não se comprazem em sofrê-la. Os que estão encarnados são bons e benevolentes para com seus semelhantes; não são movidos pelo orgulho, nem pelo egoísmo, nem pela ambição; não experimentam ódio, nem rancor, nem inveja, nem ciúme e fazem o bem pelo bem.

A esta ordem pertencem os espíritos designados, nas crenças populares, como bons gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Nos tempos de superstição e ignorância, tomaram-nos por divindades benfazejas.

Pode-se dividi-los em quatro grupos principais:

Majestade Serena

Majestade Serena
Majestade Serena
Ó morte! Ó majestade serena! Tu, de quem fazem um espantalho, és, para o pensador, apenas um instante de repouso, a transição entre dois atos do destino, quando um se acaba e o outro se prepara! Quando minha pobre alma, errante pelos mundos há tantos séculos, após muitas lutas, vicissitudes e decepções, depois de tantas ilusões desfeitas e esperanças adiadas, for novamente repousar em teu seio, será com alegria que ela saudará a aurora da vida fluídica. Inebriada, ela se elevará do ambiente do pó terrestre, através dos Espaços insondáveis, ao encontro daqueles que, aqui embaixo, ela amou e que a esperam.

Para a maioria dos homens, a morte continua sendo o grande mistério, o sombrio problema que não se ousa
olhar de frente. Para nós, é a hora bendita em que o corpo fatigado retorna à grande Natureza, para permitir a Psique, sua prisioneira, livre passagem, em direção à pátria eterna.

Essa pátria é a imensidão radiosa, pontilhada de sóis e esferas. Perto deles, como nossa pobre Terra pareceria minúscula! O Infinito a envolve completamente. Assim como não tem fim a extensão, também a duração não tem fim, quer se trate da alma ou do Universo.

Da mesma forma que cada uma de nossas existências tem seu termo e tem de findar, para dar lugar a uma

Terceira Ordem — Espíritos Imperfeitos

101. Caracteres gerais. — Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhes são consequentes.

Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem.

Nem todos são, essencialmente, maus; em alguns há mais leviandade, inconsequência e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, simplesmente por não fazerem o bem, denotam sua inferioridade.

Outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos, quando encontram oportunidade de praticá-lo.

Eles podem aliar a inteligência à maldade ou à malícia; porém, qualquer que seja o seu desenvolvimento intelectual, suas idéias são pouco elevadas e seus sentimentos mais ou menos abjetos.

Seus conhecimentos sobre as coisas do mundo espírita são limitados e o pouco que sabem se confunde com

As guerras

As guerras
As guerras
Dentre todas as calamidades que periodicamente assolam a Humanidade, a guerra é a mais hedionda pelas altas cargas de barbárie que revela. Remanescente do primarismo do homem na luta pela sobrevivência, impõe-se o instinto que busca segurança submetendo os mais fracos, exaurindo-lhes os recursos, enquanto
se locupleta sobre os despojos que aniquila.

Estimulado pela ganância da propriedade, arbitrariamente, o homem crê-se com permissão de vencer o próximo dando expansão à agressividade, quando se deveria impor a disciplina da superação dos males que nele mesmo residem, vitória que se torna imperiosa, para atribuir-se os requisitos de homem integral.

Confiando mais no seu “direito da força” do que no valor moral de que se deve investir, quando alcança conquistas técnicas logo lhe acorrem a aplicação da capacidade para desencadear conflitos externos, exteriorização natural dos múltiplos conflitos que lhe espocam nas torpes paisagens interiores(...)

A guerra, conforme demonstra a História, não tem ensinado as lições que seriam de esperar-se, exceto a

Escala Espírita

100. Observações preliminares.
— A classificação dos Espíritos está baseada no grau de adiantamento deles, nas qualidades que adquiriram e nas imperfeições de que ainda têm que se despojar. Esta classificação, aliás, nada tem de absoluta; cada categoria, apenas no seu conjunto, apresenta um caráter distinto; porém, de um grau a outro, a transição é insensível e, nos limites, o matiz se apaga como nos reinos da Natureza, como nas cores do arco-íris, ou ainda, como nos diferentes períodos da vida do homem. Portanto, pode ser formulado um maior ou menor número de classes, segundo o ponto de vista sob o qual se considere a coisa. Ocorre, com este, o mesmo que com todos os sistemas de classificações científicas; estes sistemas podem ser mais ou menos completos, mais ou menos racionais, mais ou menos cômodos para a inteligência. Porém, sejam quais forem, nada mudam na base da Ciência. Os Espíritos, interrogados sobre esse ponto, podem, portanto, ter divergido, quanto ao número das categorias, sem que isso tenha importância. Armaram-se com esta contradição aparente, sem refletir que eles nenhuma importância dão ao que é puramente convencional; para eles o pensamento é tudo: deixam para nós a forma, a escolha dos termos, as classificações, numa palavra, os sistemas.

Acrescentemos ainda esta consideração, que não se deve jamais perder de vista: é que, entre os Espíritos, assim como entre os homens, há os muito ignorantes e não seria demais acautelar-se contra a tendência a crer que todos devem tudo saber, porque são Espíritos. Qualquer classificação exige método, análise e o conhecimento aprofundado do assunto. Ora, no mundo dos Espíritos, os que possuem conhecimentos limitados são, como neste mundo, os ignorantes, incapazes de apreender um conjunto, de formular um sistema; só imperfeitamente conhecem ou compreendem qualquer classificação; para eles, todos os Espíritos
que lhes são superiores pertencem à primeira ordem, pois não podem apreciar os matizes de saber, de capacidade e de moralidade que os distinguem, como entre nós, um homem rude, com relação a homens civilizados. Mesmo aqueles que são capazes disto, podem divergir quanto às particularidades, conforme

De tocaia

De tocaia
De tocaia
Luís Borges, denodado tarefeiro da Causa Espírita, em São Paulo, atravessava calmamente a Avenida São João, na capital bandeirante, quando foi alvejado por um tiro de revólver, estabelecendo-se o rebuliço.

Populares e guardas. Assobios e exclamações.

Pobre moço desconhecido e armado foi preso e trazido à presença da vítima.

Borges mostrava-se assustado, mas sereno. A bala atingira simplesmente o livro que sobraçava da mão encostada ao peito. E esse livro era O Evangelho Segundo o Espiritismo, com que se dirigia a certa reunião em favor de um enfermo.

— Peço desculpas. O tiro foi casual — rogou o jovem, pálido.

Os policiais, contudo, retinham-no furiosos.

Luís Borges, no entanto, buscando a paz, abriu o volume chamuscado e falou:

— Vejamos a mensagem do Evangelho.

Diferente ordens de espíritos

96. Os Espíritos são iguais, ou existe, entre eles, algum tipo de hierarquia?
“São de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham chegado.”

97. Há um número determinado de ordens ou de graus de perfeição entre os espíritos?
“Este número é ilimitado, porque, entre essas ordens, não há uma linha de demarcação traçada como barreira e, desta forma, podem-se multiplicar ou restringir as divisões à vontade; todavia, considerando-se os caracteres gerais, pode-se reduzi-las a três principais.”

“Na primeira ordem, situam-se os que atingiram a perfeição: os puros Espíritos; os da segunda chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é a preocupação deles. Os da última ordem ainda estão na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. São caracterizados pela ignorância, o desejo do mal e todas as más paixões que retardam o seu adiantamento.”

98. Os espíritos da segunda ordem possuem somente o desejo do bem; têm eles, também, o poder de praticá-lo?
“Eles têm este poder, conforme o seu grau de perfeição: uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade, todos, porém, ainda têm provas a suportar.”

99. Os Espíritos da terceira ordem são todos essencialmente maus?
“Não; uns não fazem o bem nem o mal; outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos, quando encontram ocasião de praticá-lo. E há, ainda, os Espíritos levianos ou travessos, mais perturbadores do que maus, que se comprazem muito mais na malícia do que na maldade, encontrando prazer em mistificar e em causar pequenas contrariedades, de que se riem.”


Autor: Allan Kardec
Livro: O Livro dos Espíritos

Corpo Físico

Corpo Físico
Corpo Físico
Alguns daqueles que abordam a luz renovadora dos princípios espíritas, deslumbram-se diante das perspectivas do Universo, enternecem-se com as revelações da imortalidade, capacitam-se da grandeza da vida e, quase sem perceber, se alheiam do corpo físico que lhes serve de bendito instrumento ao desempenho de valiosos encargos na estância terrestre.

Há mesmo quem chegue a desprezá-lo, no pressuposto de que semelhante comportamento lhes abrevia o trabalho de burilamento moral. Simples ilusão dos que se ausentam da lógica que orienta os processos da Natureza.

Antes que o pão abrilhante a mesa, o trigo que lhe deu forma passou pelo claustro materno da terra benfazeja, a fim de constituir-se.

No mesmo sentido, que adiantaria ao aluno de letras primárias frequentar a universidade, claramente sem bases para assimilar as lições dos cursos superiores?

A cela física, na escola do Planeta, é a carteira de estudo ou o cubículo de retificação que nos patrocina o progresso. Abençoá- la, através de hábitos baseados em equilíbrio e retidão, nos quais os recursos da existência sejam usados sem excessos, é simples dever.

Perispírito

93. O Espírito, propriamente dito, está a descoberto ou, como alguns o pretendem, encontra-se envolto numa substância qualquer?
“O Espírito é envolvido por uma substância vaporosa para ti, porém, ainda muito grosseira para nós; todavia, bastante vaporosa para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se para onde ele queira.”

Como o gérmen de um fruto está envolto pelo perisperma, assim também o Espírito, propriamente dito, reveste-se de um invólucro que, por comparação, pode-se chamar de perispírito.

94. De onde o Espírito retira seu envoltório semi-material?
“Do fl uido universal de cada globo. É por isso que não é idêntico em todos os mundos; passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.”

a) Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm até nós, tomam um perispírito mais grosseiro?
“É preciso que se revistam da vossa matéria; já o dissemos.”

95. O envoltório semimaterial do Espírito dispõe de formas determinadas e pode ser perceptível?
“Sim, uma forma correspondente à vontade do Espírito; é assim que ele vos aparece algumas vezes, quer nos sonhos, quer no estado de vigília, e que pode tomar uma forma visível e até mesmo palpável.”


Autor: Allan Kardec
Livro: O Livro dos Espíritos

Calamidades

Calamidades
Calamidades
Com frequência regular a Terra se faz visitada por catástrofes diversas que deixam rastros de sangue, luto e dor, em veemente convite à meditação dos homens.

Consequência natural da lei de destruição que enseja a renovação das formas e faculta a evolução dos seres, sempre conseguem produzir impactos, graças à força devastadora de que se revestem.

Cataclismos sísmicos e revoluções geológicas que irrompem voluptuosos em forma de terremotos, maremotos, erupções vulcânicas, obedecem ao impositivo das adaptações, acomodações e estruturação das diversas camadas da Terra, no seu trânsito de “mundo expiatório” para “regenerador”.

Tais desesperadores eventos impõem ao homem invigilante a necessidade da meditação e da submissão à vontade divina, do que resultam transformações morais que o incitam à elevação.

Olhados sob o ponto de vista espiritual esses flagelos destruidores têm objetivos saneadores que removem

Forma e ubiquidade dos espíritos

88. Os Espíritos têm uma forma determinada, limitada e constante?
“Aos vossos olhos, não; aos nossos, sim; são, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea.”

a) Esta chama ou centelha tem uma cor qualquer?
“Para vós, ela varia do opaco ao brilho do rubi, conforme o espírito seja mais ou menos puro.”

Comumente, representam-se os gênios com uma chama ou uma estrela na fronte; é uma alegoria que lembra a natureza essencial dos Espíritos. É colocada no topo da cabeça, porque aí está a sede da inteligência.

89. Os Espíritos levam algum tempo para percorrer o espaço?
“Sim; porém, rápido como o pensamento.”

a) O pensamento não é a própria alma que se transporta?
“Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também aí está, visto que é a alma quem pensa. O pensamento é um atributo.”

90. O Espírito que se transporta de um lugar para outro tem consciência da distância que percorre e dos espaços que atravessa, ou é subitamente transportado ao lugar onde quer ir?
“As duas coisas; o Espírito pode muito bem, se o quiser, dar-se conta da distância que atravessa; mas também esta distância pode apagar-se completamente; isto depende de sua vontade e, ainda, de sua natureza mais ou menos depurada.”

Ante as crises do Mundo

Ante as crises do Mundo
Ante as crises do Mundo
As crises, as dificuldades, os desregramentos do mundo!...

De modo habitual, referimo-nos às provações terrestres, mormente nas épocas de transição, como se nos regozijássemos em ser folha inerte nas convulsões da torrente.

Em verdade, o mundo se encontra em renovação incessante, qual sucede a nós próprios, e, nas horas de transformações essenciais, é compreensível que a Terra pareça uma casa em reforma,  temporariamente atormentada pela transposição de linhas e reajustamento de valores tradicionais. Tudo em reexame, a fim de que se revalidem os recursos autênticos da civilização, escoimados da ganga dos falsos conceitos de progresso, dos quais a vida se despoja para seguir adiante, mais livre e mais simples, conquanto mais responsável e mais culta.

Natural que a existência em si mesma, nessas ocasiões, se nos afigure como sendo um painel torturado de paixões à solta.

Mundo normal e primitivo

84. Os Espíritos constituem um mundo à parte, fora daquele que vemos?
“Sim, o mundo dos Espíritos ou das inteligências incorpóreas.”

85. Qual dos dois, o mundo espírita ou o mundo corporal, é o principal, na ordem das coisas?
“O mundo espírita; ele é preexistente e sobrevive a tudo.”

86. O mundo corporal poderia deixar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do mundo espírita?
“Sim; eles são independentes e, todavia, a correlação entre eles é incessante, pois reagem, incessantemente, um sobre o outro.”

87. Os Espíritos ocupam uma região determinada e circunscrita no espaço?
“Os Espíritos estão por toda a parte; povoam os espaços sem fim, até o infinito. Estão, constantemente, ao vosso lado, vos observam e atuam sobre vós, sem que o percebais, pois os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para o cumprimento de seus desígnios providenciais. Porém, nem todos vão a toda parte, porquanto há regiões interditadas aos menos adiantados.”



Autor: Allan Kardec
Livro: O Livro dos Espíritos

A vontade

A vontade
A vontade
A todos vós que, vergados ao peso da vida, julgando-vos sozinhos e frágeis, sucumbis à tristeza e ao desespero ou que aspirais ao nada, venho dizer: O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhamento para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas. A vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.

A todos vós que vos sentis esgotados pelos sofrimentos e decepções, pobres seres aflitos, corações ressequidos pelo áspero vento das provas, espíritos feridos, machucados pela roda de ferro da adversidade, venho dizer: Não existe alma incapaz de renascer e de florescer novamente. Basta que queirais e sentireis despertar em vós forças desconhecidas. Acreditai em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus, Sol dos sóis, foco imenso do qual uma faísca brilha em vós e pode dar lugar a uma ardente e generosa chama!

Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para tornar-se tal, basta que ele o queira com energia e constância. Esta concepção mental do ser, amadurecida na obscuridade das existências dolorosas, preparada pela lenta evolução dos tempos, florescerá à luz das vidas superiores, e todos adquirirão a magnífica individualidade que nos está reservada.

Origem e natureza dos espíritos

76. Que definição se pode dar dos Espíritos?
“Pode-se dizer que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo fora do mundo material.”

Nota: A palavra Espírito é empregada, aqui, para designar as individualidades dos seres extracorpóreos e não mais o elemento inteligente universal.

77. Os Espíritos são seres distintos da Divindade, ou seriam, apenas emanações ou porções da Divindade e chamados, por essa razão, de filhos de Deus?
“Meu Deus! São obra sua, exatamente como um homem que fabrica uma máquina; essa máquina é obra do homem e não ele próprio. Sabes que, quando o homem faz uma coisa bela, útil, ele a chama de sua filha, sua criação. Pois bem! O mesmo se dá com relação a Deus: somos seus filhos, visto que somos sua obra.”

78. Os Espíritos tiveram um início, ou existem, como Deus, de toda eternidade?
“Se os Espíritos não tivessem tido início, seriam iguais a Deus, ao passo que são sua criação e estão submetidos à sua vontade. Deus existe de toda eternidade, isto é incontestável; nada sabemos, porém, sobre quando e como nos criou. Podes dizer que não tivemos início, se entendes com isso que Deus, sendo eterno, deve ter criado ininterruptamente; mas, quando e como cada um de nós foi feito, repito-te, ninguém o sabe: aí é que está o mistério.”

79. Visto que há dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material, poder-se-ia dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material?

A vida no espaço

A vida no espaço
A vida no espaço
A vida do espírito evoluído é essencialmente ativa, embora sem fadigas. As distâncias não existem para ele. Transporta-se com a rapidez do pensamento. Seu envoltório, semelhante a um vapor tênue, adquiriu uma tal sutileza que se torna invisível aos espíritos inferiores. Ele vê, ouve, sente, percebe, não mais através dos órgãos materiais que se interpõem entre a Natureza e nós e interceptam a passagem da maior parte das sensações, mas, diretamente, sem intermediário, através de todas as partes de seu ser. Suas percepções são, também, mais precisas e em maior número do que as nossas. O espírito elevado nada, de alguma maneira, no meio de um oceano de sensações deliciosas. Quadros que mudam, desenrolam-se à sua vista, harmonias suaves embalam-no e encantam-no. Para ele, as cores são perfumes, os perfumes são sons. Mas, por mais delicadas que possam ser suas impressões, pode delas subtrair-se e recolher-se à vontade, envolvendo-se com um véu fluídico, isolando-se no seio dos Espaços.

O espírito evoluído está liberto de todas as necessidades corporais. A alimentação e o sono não têm para ele nenhuma razão de ser. Partindo da Terra, deixa para sempre os cuidados vãos, os sobressaltos, todas as quimeras que envenenam a existência nesse mundo. Os espíritos inferiores levam consigo, além-túmulo, seus

Inteligência e instinto

71. A inteligência é um atributo do princípio vital?
“Não, visto que as plantas vivem e não pensam: elas só possuem a vida orgânica. A inteligência e a matéria são independentes, já que um corpo pode viver sem a inteligência; mas, a inteligência só pode manifestar-se por meio dos órgãos materiais; é necessária a união do espírito para intelectualizar a matéria animalizada.”

A inteligência é uma faculdade especial, própria a algumas classes de seres orgânicos e que lhes dá, com o pensamento, a vontade de agir, a consciência de sua existência e de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer relações com o mundo exterior e de proverem às suas necessidades.

Podem distinguir-se assim: 1o) os seres inanimados, constituídos unicamente de matéria, sem vitalidade nem inteligência: são os corpos brutos; 2o) os seres animados que não pensam, formados de matéria e dotados de vitalidade, porém, desprovidos de inteligência; 3o) os seres animados que pensam, formados de matéria, dotados de vitalidade e que possuem a mais um princípio inteligente que lhes dá a faculdade de pensar.

72. Qual é a fonte da inteligência?
“Nós o dissemos: a inteligência universal.”

a) Poder-se-ia dizer que cada ser haure uma porção de inteligência da fonte universal e a assimila, como haure e assimila o princípio da vida material?
“Isto é apenas uma comparação, mas que não é exata, porque a inteligência é uma faculdade peculiar a cada

A sobriedade e a continência

A sobriedade e a continência
A sobriedade e a continência
A sobriedade e a continência caminham juntas. Os prazeres da carne enfraquecem-nos, enervam-nos, desviam-nos do caminho da sabedoria. A volúpia é como um mar onde o homem vê soçobrar todas as suas qualidades morais. Desde que a deixamos penetrar em nós, é uma onda que nos invade, nos absorve, e que apaga tudo o que há de luzes, de generosas chamas no nosso ser. Longe de satisfazer-nos, ela apenas atiça nossos desejos. Modesta visitante no início, termina por dominar-nos, por possuir-nos completamente. 

Evitem os prazeres corruptores, onde a juventude estiola-se, onde a vida se desseca e se altera. Escolham cedo uma companheira e sejam-lhe fiel. Constituam uma família. É o quadro natural de uma existência honesta e regular. O amor da esposa, a afeição dos filhos, a atmosfera sã do lar são preservativos soberanos contra as paixões. No meio desses seres que nos são caros, que veem em nós seu único apoio, o sentimento de nossa responsabilidade cresce. Nossa dignidade, nossa circunspecção aumentam; compreendemos melhor nossos

A vida e a morte

68. Qual é a causa da morte nos seres orgânicos?
“Esgotamento dos órgãos.”

a) Poder-se-ia comparar a morte à cessação do movimento numa máquina desorganizada?
“Sim, se a máquina está desajustada, cessa a atividade; se o corpo está enfermo, a vida se extingue.”

69. Por que uma lesão do coração causa mais a morte do que a de outros órgãos?
“O coração é uma máquina de vida; mas o coração não é o único órgão cuja lesão ocasiona a morte; ele é apenas uma das peças essenciais.”

70. O que se tornam a matéria e o princípio vital dos seres orgânicos, quando da morte destes?
“A matéria inerte se decompõe e forma outros; o princípio vital retorna à massa.”

Estando morto o ser orgânico, os elementos dos quais é formado sofrem novas combinações, que constituem novos seres; estes haurem na fonte universal o princípio da vida e da atividade, absorvem-no e o assimilam, para devolvê-lo a essa fonte, quando deixarem de existir.

Os órgãos são impregnados, por assim dizer, de fluido vital. Esse fluido dá a todas as partes do organismo

A porta de entrada

A porta de entrada
A porta de entrada
O processo da reencarnação tem, no berço, a sua porta de entrada, aureolada pelas bênçãos do amor de Deus.

Aí prosseguem os compromissos e cuidados de todo um projeto que teve início antes da fecundação e que não se acabará quando ocorrer a morte do corpo.

Através desse admirável mecanismo — o do renascimento — o berço passa a ensejar aos recomeçantes da experiência carnal: crescimento intelecto-moral; reparação de faltas que lhe pesam na economia espiritual; refazimento do caminho, antes percorrido com insensatez; edificação de propósitos superiores no mundo íntimo; esquecimento do mal, a fim de adaptar-se ao bem; aprendizagem das leis de amor que lhe vigem no imo, ainda desconsideradas; aproximação de adversários para a ampliação da comunidade fraternal; a conquista da família-provação ou missão, de acordo com os títulos de enobrecimento ou de débito que se possua; testes de paciência, de modo a compreender-se a grandeza do tempo sem limite; desdobramento de recursos que jazem adormecidos, e que, diante dos ensinamentos humanos, desatam ramos carregados com os tesouros de sabedoria e de luz...(...)

Cabe ao homem inteligente investir no berço os seus mais valiosos esforços, de maneira a formar uma família equilibrada e sábia.

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